Na Europa, mercados recuam após leilão da Alemanha
Londres - Os principais índices das bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, com investidores afetados por um decepcionante leilão de bônus da Alemanha e um dado fraco sobre a atividade industrial na China. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,33%, ou 2,96 pontos, fechando em 220,31 pontos. As perdas ocorreram após a demanda fraca […]
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 16h36.
Londres - Os principais índices das bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, com investidores afetados por um decepcionante leilão de bônus da Alemanha e um dado fraco sobre a atividade industrial na China. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,33%, ou 2,96 pontos, fechando em 220,31 pontos.
As perdas ocorreram após a demanda fraca em um leilão de bônus de 10 anos realizado pelo governo federal da Alemanha. O yield (retorno ao investidor) dos bônus alemães subiu, enquanto o euro caiu ante o dólar. O leilão de títulos do governo alemão "foi realmente um grande golpe, e mostra que a crise está agora totalmente no centro da Europa", afirmou Steen Jakobsen, economista-chefe do Saxo Bank, em nota a investidores.
Em Frankfurt, o DAX caiu 1,44%, para 5.457,77 pontos, com HeidelbergCement perdendo 3,7%. As ações do Commerzbank subiram 1,7%, recuperando parte das perdas na sessão anterior após notícias na imprensa afirmarem que a instituição pode precisar de mais capital. O executivo-chefe do banco, Martin Blessing, afirmou que o Commerzbank pode precisar se recapitalizar.
Em Milão, o FTSE MIB registrou queda de 2,59%, para 13.915,78 pontos, pressionado pelas perdas entre os bancos, como Mediobanca (-7,9%) e Intesa Sanpaolo (-3,7%).
Na China, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo HSBC, caiu drasticamente para 48,0 em novembro em comparação com a leitura final de 51,0 em outubro. O dado afetou bolsas sensíveis às indicações de crescimento global, entre elas a fabricante de automóveis Volkswagen, que perdeu 4,4%. Também prejudicou fabricantes do setor de luxo, como Burberry Group (-4,5%) e LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton (-2%).
Edmund Shing, estrategista de ações do Barclays Capital, afirmou que o dado da China elevou os temores existentes na Europa e nos EUA. "Com todos os yields de bônus de países europeus periféricos que não recuam de níveis altos, não é surpreendente que os mercados de ações europeus estejam flutuando antes do feriado de Ação de Graças nos EUA", afirmou Shing.
No Reino Unido, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, registrou baixa de 1,29%, para 5.139,78 pontos, com as mineradoras pressionadas. Rio Tinto perdeu 2,3%. As ações do grupo do setor de energia BP caíram 2,2%.
Enquanto isso, o Banco da Grécia afirmou que a nação pode ser forçada a deixar o euro, a menos que cumpra todas as metas previstas em um acordo em outubro. O índice grego ASE Composite recuou 1,2%, para 675,93 pontos.
Também nesta quarta-feira, os yields dos bônus de França e Bélgica subiram, após um jornal belga informar que um plano de ajuda para o banco franco-belga Dexia esta à beira de um colapso, pois os belgas terão dificuldade em financiar sua parte do acordo. Uma renegociação pode fazer com que a França assuma uma parcela maior do financiamento, o que segundo observadores poderia ameaçar o rating AAA do país. Um porta-voz do Dexia não foi localizado para comentar o tema. As ações do subiram 12,6%, após registrarem queda na sessão anterior.
O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, teve queda de 1,68%, chegando aos 2.822,43 pontos, com ArcelorMittal perdendo 4,2% e Société Générale cedendo 2,7%.
A agência Fitch afirmou que o rating de crédito AAA da França pode estar em risco, se a crise na zona do euro piorar e afetar o país em demasia. Paris também precisa de medidas adicionais de consolidação para cumprir sua metas de déficit, segundo a Fitch.
Na contramão da tendência negativa na Europa, as ações da Arkema dispararam 14%, após a fabricante de produtos químicos francesa informar que venderá sua unidade de produtos de vinil, que dá prejuízo, e se concentrará em produtos químicos industriais especiais.
Na Espanha, o índice Ibex 35 fechou em -2,09%, em 7.739,30 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,65%, para 5.229,39 pontos. As informações são da Dow Jones.
Londres - Os principais índices das bolsas europeias fecharam em queda nesta quarta-feira, com investidores afetados por um decepcionante leilão de bônus da Alemanha e um dado fraco sobre a atividade industrial na China. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,33%, ou 2,96 pontos, fechando em 220,31 pontos.
As perdas ocorreram após a demanda fraca em um leilão de bônus de 10 anos realizado pelo governo federal da Alemanha. O yield (retorno ao investidor) dos bônus alemães subiu, enquanto o euro caiu ante o dólar. O leilão de títulos do governo alemão "foi realmente um grande golpe, e mostra que a crise está agora totalmente no centro da Europa", afirmou Steen Jakobsen, economista-chefe do Saxo Bank, em nota a investidores.
Em Frankfurt, o DAX caiu 1,44%, para 5.457,77 pontos, com HeidelbergCement perdendo 3,7%. As ações do Commerzbank subiram 1,7%, recuperando parte das perdas na sessão anterior após notícias na imprensa afirmarem que a instituição pode precisar de mais capital. O executivo-chefe do banco, Martin Blessing, afirmou que o Commerzbank pode precisar se recapitalizar.
Em Milão, o FTSE MIB registrou queda de 2,59%, para 13.915,78 pontos, pressionado pelas perdas entre os bancos, como Mediobanca (-7,9%) e Intesa Sanpaolo (-3,7%).
Na China, a leitura preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo HSBC, caiu drasticamente para 48,0 em novembro em comparação com a leitura final de 51,0 em outubro. O dado afetou bolsas sensíveis às indicações de crescimento global, entre elas a fabricante de automóveis Volkswagen, que perdeu 4,4%. Também prejudicou fabricantes do setor de luxo, como Burberry Group (-4,5%) e LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton (-2%).
Edmund Shing, estrategista de ações do Barclays Capital, afirmou que o dado da China elevou os temores existentes na Europa e nos EUA. "Com todos os yields de bônus de países europeus periféricos que não recuam de níveis altos, não é surpreendente que os mercados de ações europeus estejam flutuando antes do feriado de Ação de Graças nos EUA", afirmou Shing.
No Reino Unido, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, registrou baixa de 1,29%, para 5.139,78 pontos, com as mineradoras pressionadas. Rio Tinto perdeu 2,3%. As ações do grupo do setor de energia BP caíram 2,2%.
Enquanto isso, o Banco da Grécia afirmou que a nação pode ser forçada a deixar o euro, a menos que cumpra todas as metas previstas em um acordo em outubro. O índice grego ASE Composite recuou 1,2%, para 675,93 pontos.
Também nesta quarta-feira, os yields dos bônus de França e Bélgica subiram, após um jornal belga informar que um plano de ajuda para o banco franco-belga Dexia esta à beira de um colapso, pois os belgas terão dificuldade em financiar sua parte do acordo. Uma renegociação pode fazer com que a França assuma uma parcela maior do financiamento, o que segundo observadores poderia ameaçar o rating AAA do país. Um porta-voz do Dexia não foi localizado para comentar o tema. As ações do subiram 12,6%, após registrarem queda na sessão anterior.
O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, teve queda de 1,68%, chegando aos 2.822,43 pontos, com ArcelorMittal perdendo 4,2% e Société Générale cedendo 2,7%.
A agência Fitch afirmou que o rating de crédito AAA da França pode estar em risco, se a crise na zona do euro piorar e afetar o país em demasia. Paris também precisa de medidas adicionais de consolidação para cumprir sua metas de déficit, segundo a Fitch.
Na contramão da tendência negativa na Europa, as ações da Arkema dispararam 14%, após a fabricante de produtos químicos francesa informar que venderá sua unidade de produtos de vinil, que dá prejuízo, e se concentrará em produtos químicos industriais especiais.
Na Espanha, o índice Ibex 35 fechou em -2,09%, em 7.739,30 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,65%, para 5.229,39 pontos. As informações são da Dow Jones.