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Na contramão de NY, Bovespa encerra em alta de 1,27%

A CESP PNB liderou as altas e registrou avanço de 8,88%, em pregão com foco nas elétricas

Interior do prédio da Bovespa: o desempenho da bolsa pode estar sendo impulsionado pela expectativa de novas quedas do juro (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 17h35.

São Paulo - A Bovespa começou o mês em alta, na contramão de Nova York. Notícias sobre a Europa e a economia chinesa deram um fôlego inicial, que foi reduzido após a divulgação de dados mistos sobre os Estados Unidos. No front interno, enquanto Petrobras puxou a Bolsa para cima, Vale fez pressão contrária.

As ações de elétricas seguiram no foco das atenções nesta segunda-feira, na véspera do prazo para que as concessionárias de energia assinem os novos contratos de renovação nos termos da proposta da Medida Provisória 579.

O Ibovespa encerrou o dia com valorização de 1,27%, aos 58.202,35 pontos, elevando o ganho no ano para 2,55%. Na mínima, o índice atingiu 57.479 pontos (+0,01%) e, na máxima, 58.332 pontos (+1,49%). O giro financeiro somou R$ 6,927 bilhões. Os dados são preliminares.

Para o responsável pela área de renda fixa da Queluz Asset Management, Luiz Augusto do Rego Monteiro, a alta pode ser atribuída, em parte, à mudança de percepção sobre a taxa de juro básica, a Selic. Até a reunião do Copom, na semana passada, o mercado acreditava que o colegiado do BC poderia, em algum momento, elevar a Selic em 2013.

O cenário mudou após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na semana passada, que mostrou crescimento de apenas 0,60% ante o segundo trimestre do ano. "A mudança de expectativa de que o juro vai cair mais pode estar ajudando a Bolsa. Num primeiro momento, a Bolsa acaba sendo o melhor lugar para colocar o dinheiro", declarou Monteiro.


Para o operador de uma grande corretora, a Bolsa está barata e, como não há um noticiário negativo, os investidores aproveitam para ir às compras.

Entre as blue chips, Petrobras e Vale tiveram direções distintas. A ação ON da petroleira subiu 1,73% e a PN avançou 1,82%. Já o papel ON da mineradora registrou recuo de 0,59% e o PNA cedeu 0,05%. A Vale divulgou mais cedo seu plano de negócios para 2013. O programa de investimentos somará US$ 16,3 bilhões. O montante inclui dispêndios na execução de projetos (US$ 10,1 bilhões), para sustentação das operações existentes (US$ 5,1 bilhões) e para pesquisa e desenvolvimento (US$ 1,1 bilhões). A Agência Estado havia antecipado que o programa de investimentos da mineradora para o próximo ano chegaria próximo de US$ 17 bilhões.

Entre as elétricas, CESP PNB liderou as altas do Ibovespa, com ganho de 8,88%. Transmissão Paulista PN figurou entre os destaques de queda, -2,72%. Das 15 ações que compõem o índice do setor (IEEX), seis fecharam em queda, oito em alta e uma estável.

Suzano PNA foi a segunda entre os destaques de alta do Ibovespa (+5,98%). Já Fibria ON avançou (+4%). As duas empresas foram beneficiadas por notícias de reajuste de preços. Em reunião com analistas, a Suzano informou que reajustará a celulose em janeiro. Os aumentos serão de US$ 20 a US$ 30 por tonelada e entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Em Nova York, às 17h52 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,40%, o S&P 500 perdia 0,37% e o Nasdaq tinha perda de 0,22%.

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As ações de elétricas seguiram no foco das atenções nesta segunda-feira, na véspera do prazo para que as concessionárias de energia assinem os novos contratos de renovação nos termos da proposta da Medida Provisória 579.

O Ibovespa encerrou o dia com valorização de 1,27%, aos 58.202,35 pontos, elevando o ganho no ano para 2,55%. Na mínima, o índice atingiu 57.479 pontos (+0,01%) e, na máxima, 58.332 pontos (+1,49%). O giro financeiro somou R$ 6,927 bilhões. Os dados são preliminares.

Para o responsável pela área de renda fixa da Queluz Asset Management, Luiz Augusto do Rego Monteiro, a alta pode ser atribuída, em parte, à mudança de percepção sobre a taxa de juro básica, a Selic. Até a reunião do Copom, na semana passada, o mercado acreditava que o colegiado do BC poderia, em algum momento, elevar a Selic em 2013.

O cenário mudou após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na semana passada, que mostrou crescimento de apenas 0,60% ante o segundo trimestre do ano. "A mudança de expectativa de que o juro vai cair mais pode estar ajudando a Bolsa. Num primeiro momento, a Bolsa acaba sendo o melhor lugar para colocar o dinheiro", declarou Monteiro.


Para o operador de uma grande corretora, a Bolsa está barata e, como não há um noticiário negativo, os investidores aproveitam para ir às compras.

Entre as blue chips, Petrobras e Vale tiveram direções distintas. A ação ON da petroleira subiu 1,73% e a PN avançou 1,82%. Já o papel ON da mineradora registrou recuo de 0,59% e o PNA cedeu 0,05%. A Vale divulgou mais cedo seu plano de negócios para 2013. O programa de investimentos somará US$ 16,3 bilhões. O montante inclui dispêndios na execução de projetos (US$ 10,1 bilhões), para sustentação das operações existentes (US$ 5,1 bilhões) e para pesquisa e desenvolvimento (US$ 1,1 bilhões). A Agência Estado havia antecipado que o programa de investimentos da mineradora para o próximo ano chegaria próximo de US$ 17 bilhões.

Entre as elétricas, CESP PNB liderou as altas do Ibovespa, com ganho de 8,88%. Transmissão Paulista PN figurou entre os destaques de queda, -2,72%. Das 15 ações que compõem o índice do setor (IEEX), seis fecharam em queda, oito em alta e uma estável.

Suzano PNA foi a segunda entre os destaques de alta do Ibovespa (+5,98%). Já Fibria ON avançou (+4%). As duas empresas foram beneficiadas por notícias de reajuste de preços. Em reunião com analistas, a Suzano informou que reajustará a celulose em janeiro. Os aumentos serão de US$ 20 a US$ 30 por tonelada e entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Em Nova York, às 17h52 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,40%, o S&P 500 perdia 0,37% e o Nasdaq tinha perda de 0,22%.

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