Morgan Stanley derruba preço-alvo para papéis da Petrobras
Apesar disso, banco manteve a recomendação de alocação acima da média para a estatal
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2010 às 16h10.
São Paulo - O banco Morgan Stanley derrubou o preço-alvo para os papéis da Petrobras, mas manteve a recomendação de alocação acima da média para a estatal, revela relatório assinado pelo analista Subhojit Daripa. O preço-alvo para os papéis representativos das ações ordinárias passou de 61 dólares para 45 dólares e, para os preferenciais, o valor foi estabelecido em 39 dólares.
As estimativas, segundo o relatório, foram revisadas para incorporar a menor projeção para os preços do petróleo, a redução na estimativa para a produção no curto prazo, menor expectativa de margens no refino e os efeitos da capitalização. Para Daripa, o banco se diferencia do consenso do mercado porque não foca no pré-sal, mas também no valor existentes nas atuais reservas.
"Achamos que o mercado subestima o potencial da base de reservas existente em relação à do pré-sal. Acreditamos que a reserva existente é muito mais importante do que a do pré-sal em termos de valor para a companhia", explica o documento.
"Acreditamos que a capitalização é o primeiro passo na direção da realização completa do nosso cenário base para o valor líquido dos ativos (NAV, na sigla em inglês) já que muitos dos projetos existentes exigem o financiamento da oferta", mostra o relatório. Além disso, o Morgan Stanley nota que o preço pago pela Sinopec por 40% da Repsol Brasil cria uma importante leitura de preço para a Petrobras.
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