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Moody's mantém perspectiva negativa de bancos brasileiros

Agência prevê que o Brasil não voltará ao crescimento econômico "por várias razões, entre elas o declínio dos preços globais das commodities"

Segundo a Moody's, o desemprego e a produção industrial "se deterioraram significativamente neste ano" (REUTERS/Brendan McDermid)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 19h29.

São Paulo - A Moody's Investors Service manteve perspectiva negativa para os ratings do sistema bancário brasileiro.

"Pensamos que a recessão econômica no Brasil vai continuar no próximo ano, elevando os riscos dos ativos e pressionando a lucratividade dos bancos - por isso a decisão de manter nossa perspectiva negativa", disse Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody's.

O relatório, intitulado "Recessão econômica e riscos crescentes dos ativos conduzem perspectiva negativa", prevê que o Brasil não voltará ao crescimento econômico "por várias razões, entre elas o declínio dos preços globais das commodities que o Brasil exporta, risco político mais elevado, uma investigação sobre corrupção de longo alcance que afetou os setores de petróleo, construção e engenharia e os esforços do governo para reduzir seu déficit".

Segundo a Moody's, o desemprego e a produção industrial "se deterioraram significativamente neste ano, apontando para um aumento da taxa de inadimplência, que até agora tem se mantido estável em torno de 3%".

A agência ressalva que "do lado positivo a capitalização continua ampla, o que deve permitir à maioria dos bancos absorver um aumento das perdas sem um estresse financeiro significativo. O crescimento da concessão de crédito desacelerou na maioria dos bancos, o que reduziu o estresse em seus perfis de financiamento e de liquidez.Além disso, os bancos têm pouca dívida em moeda estrangeira, o que ajudará a isolá-los da volatilidade nos mercados globais. O acesso a depósitos de clientes e a outros instrumentos em moeda local continua forte, embora uns poucos bancos pequenos e médios estejam vulneráveis a riscos de financiamento, por causa da escala limitada de seus negócios e concentração elevada de fontes de financiamento".

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"Pensamos que a recessão econômica no Brasil vai continuar no próximo ano, elevando os riscos dos ativos e pressionando a lucratividade dos bancos - por isso a decisão de manter nossa perspectiva negativa", disse Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody's.

O relatório, intitulado "Recessão econômica e riscos crescentes dos ativos conduzem perspectiva negativa", prevê que o Brasil não voltará ao crescimento econômico "por várias razões, entre elas o declínio dos preços globais das commodities que o Brasil exporta, risco político mais elevado, uma investigação sobre corrupção de longo alcance que afetou os setores de petróleo, construção e engenharia e os esforços do governo para reduzir seu déficit".

Segundo a Moody's, o desemprego e a produção industrial "se deterioraram significativamente neste ano, apontando para um aumento da taxa de inadimplência, que até agora tem se mantido estável em torno de 3%".

A agência ressalva que "do lado positivo a capitalização continua ampla, o que deve permitir à maioria dos bancos absorver um aumento das perdas sem um estresse financeiro significativo. O crescimento da concessão de crédito desacelerou na maioria dos bancos, o que reduziu o estresse em seus perfis de financiamento e de liquidez.Além disso, os bancos têm pouca dívida em moeda estrangeira, o que ajudará a isolá-los da volatilidade nos mercados globais. O acesso a depósitos de clientes e a outros instrumentos em moeda local continua forte, embora uns poucos bancos pequenos e médios estejam vulneráveis a riscos de financiamento, por causa da escala limitada de seus negócios e concentração elevada de fontes de financiamento".

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