MMX “ganha” R$ 1,4 bilhão, mas não a confiança dos analistas
Recursos não alteram a percepção negativa sobre a relação de risco e retorno
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 10h15.
São Paulo – A oferta de ações que deve trazer mais 1,4 bilhão de reais para o caixa da MMX ( MMXM3 ) deve ajudar a mineradora de Eike Batista a tocar os seus projetos, mas ainda não altera a percepção negativa dos analistas sobre a relação de risco e retorno para os papéis e a execução sob as atuais estimativas de prazo e custos.
De acordo com um comunicado enviado ontem após o fechamento dos mercados, serão emitidas 349 milhões de novas ações, ao preço por papel de 3,92 reais, mediante subscrição privada. Os recursos serão utilizados no projeto de expansão da Unidade Serra Azul, em Minas Gerais, em conjunto com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dúvidas e atrasos
A percepção dos analistas é de que o valor, aliado aos estimados 3 bilhões de reais do BNDES e os 600 milhões de reais em crédito para exportação (ECA), resolva o problema de financiamento dos investimentos de 4,8 bilhões de reais para aumentar a capacidade de produção de minério de ferro da unidade de 8,7 milhões a 29 milhões de toneladas anuais até 2014. A desconfiança, contudo, permanece na execução das metas.
“A construção está dentro do cronograma e a autorização de instalação de Serra Azul já foi concedida, mas a licença para a barragem de rejeitos ainda está para ser emitida”, ressaltam Edmo Chagas, Antonio Heluanye e Gregory Goldfinger, analistas do BTG Pactual. Eles também estimam que os custos do projeto sejam ampliados para 6 bilhões de reais.
“Após o anúncio de hoje, acreditamos que o foco dos investidores irá mudar do financiamento para execução”, opinam Felipe Hirai, Thiago Lofiego e Karel Luketic, analistas do Bank of America Merrilll Lynch. “Serra Azul é um projeto viável, mas estamos preocupados com a execução, investimentos e riscos de custos”, alertam.
Em conjunto ao anúncio da emissão de ações, a MMX revisou ontem a previsão de início das operações do Superporto Sudeste do 2º trimestre para o 4º trimestre de 2013. O Superporto se ligará à malha ferroviária da MRS com ligação direta até as unidades Serra Azul e Bom Sucesso, também da MMX.
Ações
Os papéis da mineradora dispararam nesta terça-feira e, na máxima do dia, mostravam uma alta de 9,95% negociados a 4,09 reais. Ainda assim, a cautela permanece entre os analistas do BTG e do BofA. “Em nossa visão, o balanço entre o risco e o retorno continua desfavorável, apesar de melhor do que antes. Gostaríamos de esperar por um melhor ponto de entrada”, dizem os analistas do BTG, que têm um preço-alvo de 6,60 reais.
“Mantemos a nossa recomendação de desempenho abaixo da média para a MMX, já que ainda existem riscos de execução e, sob o atual cenário para o minério de ferro, preferimos sólidos geradores de fluxo de caixa”, afirma o BofA Merrill Lynch. O preço-alvo estimado pelo banco é de 5 reais. No ano, as ações da MMX acumulam uma desvalorização de 40%.
São Paulo – A oferta de ações que deve trazer mais 1,4 bilhão de reais para o caixa da MMX ( MMXM3 ) deve ajudar a mineradora de Eike Batista a tocar os seus projetos, mas ainda não altera a percepção negativa dos analistas sobre a relação de risco e retorno para os papéis e a execução sob as atuais estimativas de prazo e custos.
De acordo com um comunicado enviado ontem após o fechamento dos mercados, serão emitidas 349 milhões de novas ações, ao preço por papel de 3,92 reais, mediante subscrição privada. Os recursos serão utilizados no projeto de expansão da Unidade Serra Azul, em Minas Gerais, em conjunto com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dúvidas e atrasos
A percepção dos analistas é de que o valor, aliado aos estimados 3 bilhões de reais do BNDES e os 600 milhões de reais em crédito para exportação (ECA), resolva o problema de financiamento dos investimentos de 4,8 bilhões de reais para aumentar a capacidade de produção de minério de ferro da unidade de 8,7 milhões a 29 milhões de toneladas anuais até 2014. A desconfiança, contudo, permanece na execução das metas.
“A construção está dentro do cronograma e a autorização de instalação de Serra Azul já foi concedida, mas a licença para a barragem de rejeitos ainda está para ser emitida”, ressaltam Edmo Chagas, Antonio Heluanye e Gregory Goldfinger, analistas do BTG Pactual. Eles também estimam que os custos do projeto sejam ampliados para 6 bilhões de reais.
“Após o anúncio de hoje, acreditamos que o foco dos investidores irá mudar do financiamento para execução”, opinam Felipe Hirai, Thiago Lofiego e Karel Luketic, analistas do Bank of America Merrilll Lynch. “Serra Azul é um projeto viável, mas estamos preocupados com a execução, investimentos e riscos de custos”, alertam.
Em conjunto ao anúncio da emissão de ações, a MMX revisou ontem a previsão de início das operações do Superporto Sudeste do 2º trimestre para o 4º trimestre de 2013. O Superporto se ligará à malha ferroviária da MRS com ligação direta até as unidades Serra Azul e Bom Sucesso, também da MMX.
Ações
Os papéis da mineradora dispararam nesta terça-feira e, na máxima do dia, mostravam uma alta de 9,95% negociados a 4,09 reais. Ainda assim, a cautela permanece entre os analistas do BTG e do BofA. “Em nossa visão, o balanço entre o risco e o retorno continua desfavorável, apesar de melhor do que antes. Gostaríamos de esperar por um melhor ponto de entrada”, dizem os analistas do BTG, que têm um preço-alvo de 6,60 reais.
“Mantemos a nossa recomendação de desempenho abaixo da média para a MMX, já que ainda existem riscos de execução e, sob o atual cenário para o minério de ferro, preferimos sólidos geradores de fluxo de caixa”, afirma o BofA Merrill Lynch. O preço-alvo estimado pelo banco é de 5 reais. No ano, as ações da MMX acumulam uma desvalorização de 40%.