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Mesmo em cenário negativo, Santander recomenda compra para Vale

Rio de Janeiro - Mesmo que o preço do minério de ferro volte a assustar as mineradoras como fez ao despencar no mercado à vista da China de US$187 em abril para US$117 em julho, a Vale continuará sendo atraente para investidores, concluiu uma análise do Santander divulgada na quinta-feira. De acordo com o analista […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2010 às 21h43.

Rio de Janeiro - Mesmo que o preço do minério de ferro volte a assustar as mineradoras como fez ao despencar no mercado à vista da China de US$187 em abril para US$117 em julho, a Vale continuará sendo atraente para investidores, concluiu uma análise do Santander divulgada na quinta-feira.

De acordo com o analista Felipe Reis, após o recuo dos preços, que trouxe apreensão ao mercado, o banco refez suas contas e decidiu manter a recomendação de compra.

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"Mesmo assumindo que os preços FOB para o minério de ferro da Vale apresentem queda de 42 por cento a partir do terceiro trimestre de 2010 até o primeiro trimestre de 2011 (chegando a 80 dólares/tonelada em 2011 e então caindo gradualmente até a perpetuidade de 50 dólares/tonelada), chegaríamos a um preço-alvo de 32 dólares (62,00 reais) por ação", explicou Reis no relatório.

Segundo os cálculos de Reis, se o minério estiver a 80 dólares durante todo ano de 2011, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) da Vale seria de 22 bilhões de dólares. Em 2009 o Ebitda da empresa foi de 9 bilhões de dólares, por conta da crise, e em 2008, também influenciado em parte pela crise, o Ebitda foi de 19 bilhões de dólares.

Mas a companhia ainda tem riscos, segundo o relatório de Reis, como o eventual aumento dos royalties da mineração; possível nova queda nos preços de commodities, principalmente minério de ferro e níquel; crescimento macroeconômico abaixo da expectativa na Ásia e valorização cambial.

"Mas no mercado já não está se achando que o governo chinês vá fazer novos apertos, e até pode retirar alguns, como o aperto ao crédito", disse Reis sobre o principal mercado da Vale e que tem guiado os contratos da companhia.

O analista espera lucros fortes pelo menos nos segundo e terceiro trimestres da companhia. No segundo trimestre, previsto para ser conhecido no dia 29 de julho, o preço do minério quase dobrou, e no terceiro trimestre a expectativa de Reis é de que o ajuste fique em 35 por cento.

Nesta quinta-feira, a ação da Vale fechou com alta de 1,8 por cento, cotada a 41,87 reais.

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