Merrill Lynch: Modelo do relógio indica boa fase para ações brasileiras
A partir de um ambiente inflacionário, o mundo caminhou no sentido anti-horário para a "reflação"
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2010 às 16h25.
São Paulo - Agora que o medo de uma guinada para cima nos preços em todo o mundo passou - principalmente depois da constatação de que os estímulos fiscais no mundo inteiro não geraram uma aceleração nos preços - a expectativa agora é por uma "reflação". Ao menos é o que constata um relatório publicado hoje pelo Bank of America Merrill Lynch.
"Desde a primavera, [entre março e junho, no hemisfério norte] a inflação desacelerou dos 3,2% para 2,7%. Dados de inflação nos EUA, Reino Unido, Brasil e Índia baixaram das recentes altas, e o Fed [BC americano] surpreendeu os mercados em sua mais recente reunião do Fomc [comitê de política monetária] ao focar nos riscos de queda da inflação", escreveram Michael Penn e Michael Hartnett, estrategistas globais do banco.
Para indicar quem ganha e quem perde em um ambiente como esse, os analistas traçaram um modelo, como um relógio, que reúne dados sobre os mercados desde 1990. Agora, o "relógio" sugere que os vencedores são: ações, mercados dos BRIC, Hong Kong, Coréia do Sul, Zona do Euro e setor de tecnologia. "A posição atual do nosso relógio em "reflação" suporta a nossa visão de alocação acima da média para ações globais, mercados emergentes e crescimento de large caps".
Segundo o relatório, o ganho anualizado das ações durante esse período de "reflação" no Brasil chega a 56,1%. É a melhor posição do relógio para o Brasil. Em um ambiente inflacionário, as ações por aqui ganhariam apenas 1%. Na mudança para a deflação, o mercado de ações veria um recuo de 11% e, em uma estagflação, a queda chegaria a 7,6%. Confira o relógio:
Relógio dos investimentos http://d1.scribdassets.com/ScribdViewer.swf?document_id=38422177&access_key=key-pw6vwiu0nvsvcklnf7y&page=1&viewMode=list
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