Merkel defende proibição de venda a descoberto
Berlim - A proibição da venda a descoberto (quando o negociador vende um contrato futuro de um ativo sem possuí-lo, apostando na queda do valor para lucrar na transação no dia do vencimento) especulativa vai ter efeito até que regras europeias correspondentes sejam implementadas, afirmou a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel. A chanceler acrescentou que […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Berlim - A proibição da venda a descoberto (quando o negociador vende um contrato futuro de um ativo sem possuí-lo, apostando na queda do valor para lucrar na transação no dia do vencimento) especulativa vai ter efeito até que regras europeias correspondentes sejam implementadas, afirmou a chanceler da Alemanha, Ângela Merkel. A chanceler acrescentou que o euro está atualmente sofrendo um "teste existencial" e disse que, se a moeda fracassar, então toda a Europa vai fracassar.
Durante discurso à Câmara Baixa do Parlamento alemão sobre o plano de resgate para a Grécia, Merkel defendeu a proibição desse tipo de negociação em ações de 10 das principais instituições financeiras alemãs, em bônus governamentais denominados em euros e em CDS relacionados a esses bônus, que foi implementada desde esta madrugada. "Isso vai ter vigência até que outras regras sejam estabelecidas no nível europeu", disse Merkel.
O Ministério de Finanças alemão afirmou que proibições adicionais a posições vendidas a descoberto estão planejadas, além das que começaram hoje. Essas proibições adicionais se aplicariam a todas as ações alemãs, a derivativos de ações, a derivativos relacionados a bônus do governo da zona do euro, bem como a derivativos relacionados ao euro que "não desempenhem um papel de proteção contra riscos no mercado cambial".
Merkel também afirmou que "o euro está sob risco" e que a situação atual é o "maior teste" da Europa em décadas. "Se nós não revertermos esse perigo, então as consequências para a Europa serão inevitáveis ", disse Merkel. A Câmara Baixa deverá votar no dia 21 de maio sobre a contribuição do país, de até 147,6 bilhões de euros, para o pacote de resgate de 750 bilhões de euros que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) elaboraram para evitar que países europeus declarem default da dívida.
Merkel disse ainda que a Alemanha fará campanha na Europa e em todo o mundo para que o setor financeiro ajude a pagar os custos gerados pela recente crise global. A chanceler afirmou que é necessária uma taxação dos mercados financeiros. A Alemanha vai defender um imposto internacional sobre transação financeira ou um imposto sobre atividades financeiras. Se não houver acordo em nível internacional, então uma abordagem europeia será considerada, segundo Merkel. As informações são da Dow Jones.