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Mercados monitoram Grécia sem perder EUA do radar

São Paulo - A Grécia começa a discutir as medidas fiscais que agentes financeiros e autoridades globais esperam ver aprovadas até o final desta semana, embora sem expectativa de uma votação fácil. O ministro da Defesa da Grécia, Panos Beglitis, disse que votar contra o plano de austeridade levaria o país a grandes dificuldades, falência […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 07h53.

São Paulo - A Grécia começa a discutir as medidas fiscais que agentes financeiros e autoridades globais esperam ver aprovadas até o final desta semana, embora sem expectativa de uma votação fácil.

O ministro da Defesa da Grécia, Panos Beglitis, disse que votar contra o plano de austeridade levaria o país a grandes dificuldades, falência e default. Ele ainda alertou que novas eleições que ocorreriam inevitavelmente com a derrota seriam uma "catástrofe" para o país.

Ao mesmo tempo, negociações com os credores do setor privado seguem, com reunião em Roma entre representantes da União Europeia, de bancos e do Instituto Internacional de Finanças (IIF).

Governo e bancos franceses aprovaram um plano para reestruturação de dívida da Grécia envolvendo prazos mais longos, afirmou uma fonte do setor bancário no domingo, confirmando informação do jornal Le Figaro.

De acordo com o plano publicado no jornal, os credores reinvestiriam apenas 70 por cento dos recursos obtidos no vencimento de papéis gregos, sendo 50 por cento em títulos de 30 anos, em vez de 5 anos. Os outros 20 por cento seriam colocados em fundos com "cupom zero" voltados para ações de alta qualidade com perspectivas de crescimento, substituindo uma garantia estatal.

Mas a Europa não centraliza todas as atenções, com a agenda incluindo dados sobre gasto e renda do consumidor nos Estados Unidos --outro foco de preocupação. Números norte-americanos mais fracos do que o previsto podem desestimular ainda mais o apetite a risco diante do estágio vulnerável da maior economia do mundo, com um quadro de desaquecimento da atividade e inflação acelerando.

A expectativa é de alta de 0,1 por cento no consumo e de 0,4 por cento na renda, após acréscimo de 0,4 por cento registrado em ambos em abril. A pesquisa inclui um indicador de preço (PCE) acompanhado pelo Federal Reserve, que deve apresentar acréscimo de 0,2 por cento no núcleo ante mesma alta no último mês.

Ainda nos EUA, e no mesmo horário, o Federal Reserve de Chicago informa o seu índice de maio da atividade manufatureira na região Meio-Oeste norte-americana. Em abril, o indicador ficou em 83,6. A pesquisa cobre os cinco Estados que formam o sétimo distrito do Fed: Illinois, Indiana, Iowa, Michigan e Wisconsin.

Nos mercados, o tom era indefinido. O índice MSCI para ações globais recuava 0,12 por cento às 7h20 (horário de Brasília) e para emergentes, 0,56 por cento. O MSCI região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,88 por cento.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 avançava 0,27 por cento, mesma direção do futuro do norte-americano S&P 500. Em Tóquio, o Nikkei perdeu 1,04 por cento. O índice da bolsa de Xangai subiu 0,44 por cento.

Entre as moedas, o euro era transacionado a 1,4215 dólar, frente a 1,4190 dólar na sexta-feira. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, registrava variação negativa de 0,17 por cento. Em relação à moeda japonesa, o dólar era transacionado a 80,77 ienes ante 80,41 ienes na última sessão.

No segmento de commodities, o petróleo nas operações eletrônicas em Nova York desvalorizava-se 0,61 por cento, a 90,60 dólares. Em Londres, o Brent cedia 1,02 por cento, a 104,05 dólares. Ainda na City londrina, o cobre era cotado em baixa de 0,21 por cento.

A cena doméstica destaca números do balanço de pagamentos do país apurados pelo Banco Central, em particular os indicadores de conta corrente e de investimentos estrangeiros diretos, mas também dados de inflação corrente e expectativas, com a prévia do IPC-S e o INCC-M, além do relatório Focus.

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São Paulo - A Grécia começa a discutir as medidas fiscais que agentes financeiros e autoridades globais esperam ver aprovadas até o final desta semana, embora sem expectativa de uma votação fácil.

O ministro da Defesa da Grécia, Panos Beglitis, disse que votar contra o plano de austeridade levaria o país a grandes dificuldades, falência e default. Ele ainda alertou que novas eleições que ocorreriam inevitavelmente com a derrota seriam uma "catástrofe" para o país.

Ao mesmo tempo, negociações com os credores do setor privado seguem, com reunião em Roma entre representantes da União Europeia, de bancos e do Instituto Internacional de Finanças (IIF).

Governo e bancos franceses aprovaram um plano para reestruturação de dívida da Grécia envolvendo prazos mais longos, afirmou uma fonte do setor bancário no domingo, confirmando informação do jornal Le Figaro.

De acordo com o plano publicado no jornal, os credores reinvestiriam apenas 70 por cento dos recursos obtidos no vencimento de papéis gregos, sendo 50 por cento em títulos de 30 anos, em vez de 5 anos. Os outros 20 por cento seriam colocados em fundos com "cupom zero" voltados para ações de alta qualidade com perspectivas de crescimento, substituindo uma garantia estatal.

Mas a Europa não centraliza todas as atenções, com a agenda incluindo dados sobre gasto e renda do consumidor nos Estados Unidos --outro foco de preocupação. Números norte-americanos mais fracos do que o previsto podem desestimular ainda mais o apetite a risco diante do estágio vulnerável da maior economia do mundo, com um quadro de desaquecimento da atividade e inflação acelerando.

A expectativa é de alta de 0,1 por cento no consumo e de 0,4 por cento na renda, após acréscimo de 0,4 por cento registrado em ambos em abril. A pesquisa inclui um indicador de preço (PCE) acompanhado pelo Federal Reserve, que deve apresentar acréscimo de 0,2 por cento no núcleo ante mesma alta no último mês.

Ainda nos EUA, e no mesmo horário, o Federal Reserve de Chicago informa o seu índice de maio da atividade manufatureira na região Meio-Oeste norte-americana. Em abril, o indicador ficou em 83,6. A pesquisa cobre os cinco Estados que formam o sétimo distrito do Fed: Illinois, Indiana, Iowa, Michigan e Wisconsin.

Nos mercados, o tom era indefinido. O índice MSCI para ações globais recuava 0,12 por cento às 7h20 (horário de Brasília) e para emergentes, 0,56 por cento. O MSCI região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,88 por cento.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 avançava 0,27 por cento, mesma direção do futuro do norte-americano S&P 500. Em Tóquio, o Nikkei perdeu 1,04 por cento. O índice da bolsa de Xangai subiu 0,44 por cento.

Entre as moedas, o euro era transacionado a 1,4215 dólar, frente a 1,4190 dólar na sexta-feira. O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, registrava variação negativa de 0,17 por cento. Em relação à moeda japonesa, o dólar era transacionado a 80,77 ienes ante 80,41 ienes na última sessão.

No segmento de commodities, o petróleo nas operações eletrônicas em Nova York desvalorizava-se 0,61 por cento, a 90,60 dólares. Em Londres, o Brent cedia 1,02 por cento, a 104,05 dólares. Ainda na City londrina, o cobre era cotado em baixa de 0,21 por cento.

A cena doméstica destaca números do balanço de pagamentos do país apurados pelo Banco Central, em particular os indicadores de conta corrente e de investimentos estrangeiros diretos, mas também dados de inflação corrente e expectativas, com a prévia do IPC-S e o INCC-M, além do relatório Focus.

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