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Mercados da Europa encerram pregão em forte alta

Os investidores viram com otimismo a disposição da Grécia em acertar um acordo com credores

Nesta segunda-feira, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou que a Grécia apresentou uma nova proposta de reformas (Martijn Beekman/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 14h36.

São Paulo - As principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta segunda-feira, 22, em forte alta, com o generalizado otimismo que tomou conta dos mercados financeiros internacionais após a Grécia apresentar nova proposta de reformas aos credores. Papéis de bancos e telecomunicações se destacaram entre os ganhos em todo o continente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve avanço de 2,25%, encerrando em 394,25 pontos.

Nesta segunda-feira, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou que a Grécia apresentou uma nova proposta de reformas, classificando-a de passo positivo no processo de negociações de Atenas com seus credores internacionais.

Segundo fontes, a nova proposta tem como base uma combinação de redução das exceções nos sistemas de tributação e de seguridade social, elevação dos impostos sobre lucros de empresas e sobre a renda da classe média e o controle de gastos, incluindo a restrição da aposentadoria antecipada. Dessa forma, o governo pretende reduzir os gastos com pensões a cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto, em vez de 1% do PIB, o que era exigido pelos credores.

Embora as negociações só sejam retomadas na quarta ou na quinta-feira, os investidores viram com otimismo a disposição da Grécia em acertar um acordo com credores. Atenas tem até 30 de junho para combinar a extensão da ajuda internacional e evitar ter de dar um calote no Fundo Monetário Internacional ( FMI ).

"Ambas as partes mostraram nos últimos dois dias que é do seu interesse encontrar um acordo, algo que adiciona confiança na comunidade de investidores", disse o analista da Russell Investments David Vickers.

Com tamanho otimismo, a Bolsa de Atenas avançou 9,00%, encerrando em 749,17 pontos. O rendimento do título governamental de 2 anos caiu 4,5 pontos porcentuais, para 22,25%. O yield do bônus de 10 anos recuou 1,3 ponto porcentual, para 10,98%. Quando os juros caem, os preços sobem, em um sinal de interesse por parte dos investidores.

A Bolsa de Frankfurt teve uma das maiores altas nesta segunda-feira. O índice DAX subiu 3,81%, encerrando em 11.460,50 pontos. Com a possibilidade de um acordo grego com credores, as ações bancárias tiveram forte desempenho - Deutsche Bank avançou 3,55% e Commerzbank ganhou 3,30%.

Também ajudada por bancos, a Bolsa de Milão fechou na máxima aos 23.485,95 pontos, com valorização de 3,47%. Os papéis do Intesa Sanpaolo avançaram 5,09%, do Monte dei Paschi di Siena ganharam 5,09% e do UniCredit subiram 5,69%.

Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 3,81%, a 4.998,61 pontos. As ações de telefonia foram destaque entre as altas, após a Altice confirmar oferta para compra da concorrente Bouygues Telecom. A oferta prevê pagamento em torno de 10 bilhões de euros em dinheiro, de acordo com fontes próximas às negociações. Os papéis da Bouygues avançaram 13,24%, já os da Altice, negociados em Amsterdã, ganharam 12,64%. Outras empresas do setor também tiveram consideráveis altas na França - Orange subiu 7,49% e Iliad teve valorização de 10,39%.

O avanço das ações de empresas de telecomunicação também ajudaram no desempenho da Bolsa de Madri. O índice IBEX-35 avançou 3,87%, encerrando em 11.368,20 pontos, com destaque para a alta de 4,41% das ações da Telefónica.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou na máxima aos 6.825,67 pontos, com alta de 1,72%. A Bolsa de Lisboa subiu 2,18%, a 5.743,96 pontos. *Com informações da Dow Jones Newswires

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Nesta segunda-feira, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, confirmou que a Grécia apresentou uma nova proposta de reformas, classificando-a de passo positivo no processo de negociações de Atenas com seus credores internacionais.

Segundo fontes, a nova proposta tem como base uma combinação de redução das exceções nos sistemas de tributação e de seguridade social, elevação dos impostos sobre lucros de empresas e sobre a renda da classe média e o controle de gastos, incluindo a restrição da aposentadoria antecipada. Dessa forma, o governo pretende reduzir os gastos com pensões a cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto, em vez de 1% do PIB, o que era exigido pelos credores.

Embora as negociações só sejam retomadas na quarta ou na quinta-feira, os investidores viram com otimismo a disposição da Grécia em acertar um acordo com credores. Atenas tem até 30 de junho para combinar a extensão da ajuda internacional e evitar ter de dar um calote no Fundo Monetário Internacional ( FMI ).

"Ambas as partes mostraram nos últimos dois dias que é do seu interesse encontrar um acordo, algo que adiciona confiança na comunidade de investidores", disse o analista da Russell Investments David Vickers.

Com tamanho otimismo, a Bolsa de Atenas avançou 9,00%, encerrando em 749,17 pontos. O rendimento do título governamental de 2 anos caiu 4,5 pontos porcentuais, para 22,25%. O yield do bônus de 10 anos recuou 1,3 ponto porcentual, para 10,98%. Quando os juros caem, os preços sobem, em um sinal de interesse por parte dos investidores.

A Bolsa de Frankfurt teve uma das maiores altas nesta segunda-feira. O índice DAX subiu 3,81%, encerrando em 11.460,50 pontos. Com a possibilidade de um acordo grego com credores, as ações bancárias tiveram forte desempenho - Deutsche Bank avançou 3,55% e Commerzbank ganhou 3,30%.

Também ajudada por bancos, a Bolsa de Milão fechou na máxima aos 23.485,95 pontos, com valorização de 3,47%. Os papéis do Intesa Sanpaolo avançaram 5,09%, do Monte dei Paschi di Siena ganharam 5,09% e do UniCredit subiram 5,69%.

Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 3,81%, a 4.998,61 pontos. As ações de telefonia foram destaque entre as altas, após a Altice confirmar oferta para compra da concorrente Bouygues Telecom. A oferta prevê pagamento em torno de 10 bilhões de euros em dinheiro, de acordo com fontes próximas às negociações. Os papéis da Bouygues avançaram 13,24%, já os da Altice, negociados em Amsterdã, ganharam 12,64%. Outras empresas do setor também tiveram consideráveis altas na França - Orange subiu 7,49% e Iliad teve valorização de 10,39%.

O avanço das ações de empresas de telecomunicação também ajudaram no desempenho da Bolsa de Madri. O índice IBEX-35 avançou 3,87%, encerrando em 11.368,20 pontos, com destaque para a alta de 4,41% das ações da Telefónica.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou na máxima aos 6.825,67 pontos, com alta de 1,72%. A Bolsa de Lisboa subiu 2,18%, a 5.743,96 pontos. *Com informações da Dow Jones Newswires

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