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Mercado reduz apostas em inflação à espera de medidas

Enquanto operadores esperam medidas do governo para conter os preços, economistas elevam suas estimativas para a inflação em 2013

Banco Central: após a entidade ter admitido a piora do balanço de riscos para a alta dos preços, a taxa implícita de inflação caiu (REUTERS/Ueslei Marcelino)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h50.

A previsão de inflação embutida nas taxas do mercado de títulos da dívida do Tesouro está no menor nível em cinco meses. A queda reflete a expectativa de que o governo vai tomar mais medidas para conter as altas de preços.

A chamada taxa implícita de inflação caiu 0,4 ponto percentual desde 24 de janeiro, quando o Banco Central disse na Ata do Copom que o balanço de riscos para a inflação piorou. As taxas do México, Turquia e Chile subiram em média 0,18 ponto percentual no mesmo período. Na semana passada, a taxa brasileira chegou a bater em 5,34 por cento, a menor desde setembro. A taxa implícita de inflação é medida pela diferença entre títulos prefixados e aqueles atrelados a índices de preços.

O otimismo de operadores se contrapõe à visão de economistas, que elevaram suas estimativas para a inflação de 2013 por seis semanas consecutivas. Os operadores estão apostando em mais medidas para segurar a alta dos preços depois que o governo da presidente Dilma Rousseff reduziu as tarifas de energia e aprovou um aumento menor que o previsto para a gasolina, disse Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimento, em entrevista por telefone de São Paulo.

“No curto prazo, houve algumas surpresas negativas em relação à inflação”, disse Santos. “Essas surpresas acabam só tornando mais provável a possibilidade de uma antecipação na reversão da política monetária. Por isso os traders estão começando a embutir nas suas expectativas uma projeção de inflação um pouco mais baixa.”

O Banco Central não quis fazer comentários sobre a perspectiva para a política monetária. O Ministério da Fazenda também não quis fazer novos comentários sobre esforços para conter a inflação.

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A previsão de inflação embutida nas taxas do mercado de títulos da dívida do Tesouro está no menor nível em cinco meses. A queda reflete a expectativa de que o governo vai tomar mais medidas para conter as altas de preços.

A chamada taxa implícita de inflação caiu 0,4 ponto percentual desde 24 de janeiro, quando o Banco Central disse na Ata do Copom que o balanço de riscos para a inflação piorou. As taxas do México, Turquia e Chile subiram em média 0,18 ponto percentual no mesmo período. Na semana passada, a taxa brasileira chegou a bater em 5,34 por cento, a menor desde setembro. A taxa implícita de inflação é medida pela diferença entre títulos prefixados e aqueles atrelados a índices de preços.

O otimismo de operadores se contrapõe à visão de economistas, que elevaram suas estimativas para a inflação de 2013 por seis semanas consecutivas. Os operadores estão apostando em mais medidas para segurar a alta dos preços depois que o governo da presidente Dilma Rousseff reduziu as tarifas de energia e aprovou um aumento menor que o previsto para a gasolina, disse Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimento, em entrevista por telefone de São Paulo.

“No curto prazo, houve algumas surpresas negativas em relação à inflação”, disse Santos. “Essas surpresas acabam só tornando mais provável a possibilidade de uma antecipação na reversão da política monetária. Por isso os traders estão começando a embutir nas suas expectativas uma projeção de inflação um pouco mais baixa.”

O Banco Central não quis fazer comentários sobre a perspectiva para a política monetária. O Ministério da Fazenda também não quis fazer novos comentários sobre esforços para conter a inflação.

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