Escolha de Barbosa para Fazenda não agrada Mercado
A saída de Levy traz mais espaço para quedas na Bolsa?
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 18h36.
São Paulo - Depois de uma longa semana de rumores sobre a saída de Joaquim Levy , que se intensificaram nesta sexta-feira (18), veio a confirmação de que Nelson Barbosa, até então ministro do Planejamento, deve ocupar o cargo de ministro da Fazenda.
O mercado reagiu mal aos rumores ao longo do pregão desta sexta-feira e fechou em queda de 2,98% com 43.910 pontos, o menor nível desde abril de 2009. E abaixo dos 44 mil pontos que nos últimos tempos tem sido a “margem de segurança”.
Segundo analistas consultados por EXAME.com o mercado não viu a troca de ministros com bons olhos e investidores, tanto do Brasil quanto de fora, devem pressionar o Ibovespa ainda mais. As estimativas apontam para uma oscilação entre os 41 mil e 44 mil pontos.
“A impressão que dá é de que o governo arranjou uma saída caseira e a saída não é bem vista pelo mercado porque indica a continuidade de políticas adotadas no passado, que foram responsáveis pela crise atual ”, comenta Luis Gustavo Pereira, estrategista-chefe da Guide Investimentos.
Nelson Barbosa já foi Secretário de Acompanhamento Econômico (2007-08), Secretário de Política Econômica (2008-10) e Secretário Executivo do Ministério da Fazenda (2011 a 2013), ou seja, está há bastante tempo no governo.
“Toda aquela “boa intenção” do Levy que o mercado precificou quando ele entrou no governo, achando que grandes mudanças viriam não serviu de nada. A saída de Levy é uma notícia péssima para o mercado e demonstra que o governo não está disposto a realizar os ajustes necessários a economia”, explica Pedro Paulo Afonso diretor de investimentos da Tov Corretora.
A mesma opinão é compartilhada por Flavio Conde, analista da consultoria de investimentos WhatsCall. Ele afirma que escolha de Barbosa é uma confirmação de que o governo “nunca quis realizar o ajuste fiscal.”
“O Levy merece todo o apreço do mercado porque ele poderia ter saído antes. Não deixaram ele fazer o trabalho dele. Ele foi sabotado dentro do próprio governo.”
Para Alexandre Cabral, economista da NeoValue, a escolha de Barbosa para o cargo deve complicar ainda mais a situação da bolsa. Ele acredita que o cenário dependerá muito do que o novo ministro afirmará ao assumir a pasta.
“Se ele não der nenhuma declaração muito diferente, falar algo que convença o mercado, a Bolsa vai cair e o dólar vai subir ainda mais. Tudo depende do que ele vai falar”, comenta Cabral.
Dólar
O dólar, segundo analistas consultados, deve chegar a 4 reais com a mudança de ministros. A alta não deve simbolizar grandes mudanças, já que analistas já projetam esse preço da moeda, hoje negociada a 3,95 reais, há algum tempo.
Declarações de Barbosa
Em entrevista coletiva realizada na noite desta sexta-feira, Barbosa disse que "o compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo". Ao ser questionado sobre a queda ocorrida na Bolsa hoje ele disse o movimento é comum no mercado. "Na medida em que os resultados financeiros começarem a aparecer isso vai se refletir numa melhora das avaliações de risco e também numa melhora dos ativos brasileiros", concluiu.
*Atualizado às 19h30
Setor | Petróleo |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 561,79 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 394,83 milhões |
Setor | Mineração |
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Volume médio em dezembro 2014 | R$ 303,05 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 250,13 milhões |
Setor | Mineração |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 137,91 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 87,16 milhões |
Setor | Energia |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 56,69 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 33,94 milhões |
Setor | Vestuário |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 35,02 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 7,05 milhões |
Setor | Telecomunicações |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 32,48 milhõs |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 26,76 milhões |
Setor | Telecomunicações |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 32,17 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 7,91 milhões |
Setor | Aéreo |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 25,34 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 3,28 milhões |
Setor | Fumo |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 24,56 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 8,53 milhões |
Setor | Transportes |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 23,28 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 5,17 milhões |
Setor | Construção |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 13,26 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 550 mil |
Setor | Materias básicos |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 13,06 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 8,57 milhões |
Setor | Educação |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 11,14 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 2,40 milhões |
Setor | Construtora |
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Volume médio em dezembro de 2014 | R$ 10,47 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 4,34 milhões |
Setor | Sucroalcooleiro |
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Volume médio em dezembro em 2014 | R$ 6,39 milhões |
Volume médio em novembro de 2015 | R$ 1,24 milhão |