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Mercado de juros abre estável atento a Tombini e EUA

Os investidores aguardam sinais sobre os próximos passos do Banco Central na condução da política monetária


	BM&FBovespa: às 9h29, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) tinha taxa de 9,520%, ante 9,521% no ajuste de ontem
 (Nacho Doce/Reuters)

BM&FBovespa: às 9h29, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) tinha taxa de 9,520%, ante 9,521% no ajuste de ontem (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 10h10.

São Paulo - Os juros futuros abriram a sexta-feira praticamente estáveis, com ligeiro viés de alta entre os contratos de longo prazo. O volume de negócios é reduzido.

Os investidores aguardam sinais sobre os próximos passos do Banco Central na condução da política monetária que poderiam vir de eventos dos quais participam o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Luiz Awazu, e o presidente do BC, Alexandre Tombini, em Washington. Além disso, os investidores monitoram as negociações políticas nos Estados Unidos em torno do teto da dívida do país.

Ontem, as taxas de curto prazo subiram com a leitura de que o BC deve elevar em mais 0,50 ponto porcentual o juro básico em novembro, podendo, inclusive, estender o ciclo de aperto monetário até o início de 2014.

Tal possibilidade ganhou força após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentar em 0,50 pp a Selic na última quarta-feira - para 9,50% ao ano - e repetir o comunicado que usou em decisões semelhantes anteriormente.

Tombini participa nesta manhã de reuniões com investidores em Washington. Às 10h45, estará na reunião de ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G20, no edifício do Fundo Monetário Internacional (FMI) na capital dos EUA.


Ele participará ainda da sessão introdutória "Global Economic and Financial Prospects and Policies" (às 14h) e da sessão "Early Warning Exercise" (às 15h30). Às 17 horas, irá proferir palestra no "Itaú Latin American Panel" (fechado à imprensa).

O diretor de assuntos internacionais do BC, Luiz Awazu, acompanha Tombini na viagem e assessora o presidente na reunião do G-20. Mais cedo, faz palestra no JP Morgan Investor Seminar (fechado à imprensa) e, mais tarde, na sessão "Dealing with Multiple Spillovers: New Frontiers of Policy Coordination?", promovida pelo FMI e pelo Instituto Reinventing Bretton Woods, às 14 horas.

A agenda doméstica de indicadores econômicos está esvaziada. Os únicos números previstos para o dia já saíram. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 0,5% em setembro, na comparação com o mês anterior, com ajuste, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), por sua vez, avançou menos (0,1%) no mesmo período.

Às 9h29, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) tinha taxa de 9,520%, ante 9,521% no ajuste de ontem, com apenas 205 contratos negociados. O DI para janeiro de 2015 apontava 10,33%, de 10,28% e o DI para janeiro de 2021 marcava 11,20%, de 11,16%. O dólar à vista no balcão, com ligeiro avanço, ajudava a sustentar os contratos longos. Às 9h32, a moeda subia 0,05%, a R$ 2,180.

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