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Medo de crise cresce e bolsas europeias têm perdas

Por Álvaro Campos Londres - As bolsas europeias fecharam em queda, com o aumento dos receios sobre a crise da dívida soberana da zona do euro. Os mercados da periferia do bloco tiveram um desempenho pior, embora as perdas tenham diminuído levemente no fim da sessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,12 pontos (0,42%), […]

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 15h24.

Por Álvaro Campos

Londres - As bolsas europeias fecharam em queda, com o aumento dos receios sobre a crise da dívida soberana da zona do euro. Os mercados da periferia do bloco tiveram um desempenho pior, embora as perdas tenham diminuído levemente no fim da sessão. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,12 pontos (0,42%), fechando a 266,60 pontos. Os volumes de negociação foram menores do que o comum por causa do feriado prolongado de Ação de Graças nos EUA. Os mercados norte-americanos estavam fechados ontem e hoje funcionaram apenas por meio período.

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O Financial Times Deutschland noticiou que os membros da zona do euro estão pressionando Portugal a buscar ajuda externa para evitar que a Espanha tenha de fazer o mesmo. Um porta-voz do governo português negou as informações. O Parlamento do país aprovou hoje o orçamento do ano que vem, com as medidas de austeridade propostas pelo governo. Já o primeiro-ministro espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, afirmou que não existe "absolutamente" qualquer chance de o país buscar um socorro da União Europeia (UE).

"Os mercados estão tentando forçar Portugal a aceitar ajuda para aliviar a pressão sobre a Espanha", disse Heino Ruland, estrategista da Ruland Research. "O problema é que com cada vez mais países precisando de ajuda do fundo de estabilidade da UE, menos membros estão contribuindo com ele. Se Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha precisarem recorrer ao fundo, a contribuição da Alemanha, da França e da Itália aumentará muito", explicou.

Madri

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 174,60 pontos (1,80%), a 9.547,20 pontos. O setor bancário liderou a retração, com o BBVA perdendo 2,39% e o Santander recuando 3,68%. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 recuou 46,38 pontos (0,61%), fechando em 7.581,80 pontos. Na Irlanda, o índice ISEQ, da Bolsa de Dublin, fechou em leve alta de 12,09 pontos (0,46%), a 2.666,77 pontos, após operar em queda durante boa parte da sessão. As voláteis ações do Allied Irish Banks subiram 14,00%.

Na Hungria, o índice BUX, da Bolsa de Budapeste, perdeu 601,00 pontos (2,81%), fechando a 20.763,54, com o aumento dos receios sobre os problemas fiscais do país. O governo aprovou uma plano para forçar os cidadãos que possuem planos privados de previdência, que são a maior parte da população economicamente ativa, a contribuírem com o sistema público de previdência. Segundo um operador, as medidas do governo são "imprevisíveis, rápidas e agressivas".

Londres

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 perdeu 30,23 pontos (0,53%), a 5.668,70 pontos. Ações consideradas defensivas, como do setor farmacêutico e de alimentos, tiveram um desempenho melhor (GlaxoSmithKline +1,41%, Astrazeneca +0,80%). Mas o setor bancário registrou fortes perdas (Barclays -3,19%, HSBC -0,76%, Lloyds -4,40%, RBS -5,31%). As mineradoras também fecharam em queda, com a Vedanta Resources perdendo 3,17% e a BHP Billiton 1,61%.

Frankfurt

O índice DAX-30, da Bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 30,68 pontos (0,45%), a 6.848,98 pontos. A Siemens teve perda de 0,69%. O Deutsche Bank recuou 1,66% e o Commerzbank perdeu 1,17%. Entre as montadoras, investidores aproveitaram para realizar lucros após os ganhos dos últimos dias (BMW -1,09%, MAN -0,18%, Daimler -0,75% e Volkswagen -0,24%). A siderúrgica ThyssenKrupp ganhou 1,82%, após ter seu preço-alvo elevado por uma corretora.

Paris e Milão

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 31,77 pontos (0,84%), a 3.728,65 pontos. A Alcatel, do setor de tecnologia, teve desvalorização de 3,20%. A Peugeot recuou 2,75% e a Renault caiu 2,10%. O Société Générale caiu 0,93% e o BNP Paribas 2,19%. No campo positivo, o Carrefour subiu 0,52% e a Schneider Electric avançou 0,27%.

O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, perdeu 101,63 pontos (0,51%), fechando em 19.844,31 pontos. As informações são da Dow Jones.

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