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Mau humor internacional enfraquece mercados domésticos

São Paulo - As bolsas voltaram a recuar nesta segunda-feira, após fracos dados econômicos nos Estados Unidos desanimarem o mercado. Investidores digeriram ainda questões envolvendo a crise de dívida na zona do euro e o teto da dívida norte-americana. A bolsa brasileira até chegou subir pela manhã, estimulada pelo exercício de opções sobre ações, mas […]

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 18h24.

São Paulo - As bolsas voltaram a recuar nesta segunda-feira, após fracos dados econômicos nos Estados Unidos desanimarem o mercado. Investidores digeriram ainda questões envolvendo a crise de dívida na zona do euro e o teto da dívida norte-americana.

A bolsa brasileira até chegou subir pela manhã, estimulada pelo exercício de opções sobre ações, mas abandonou os ganhos conforme os mercados internacionais pioraram.

As opções de Vale e Petrobras foram as preferidas pelos investidores no exercício. A ação PNA da mineradora recuou, mas a PN da petrolífera conseguiu se manter em alta, limitando as perdas do Ibovespa. OGX < e Hipermarcas foram destaques negativos.

Na safra de balanços, a companhia aérea TAM divulgou lucro de 128,8 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo um ano antes [ID:nN16295133]. Já a Light informou lucro de 166,3 milhões de reais no período, menos que no mesmo período de 2010 [ID:nN13213708].

Ainda na pauta doméstica, o relatório Focus mostrou nova queda na projeção para o IPCA neste ano, o que permitiu leve baixa nas projeções de juros [ID:nN16262870].

O dólar praticamente zerou as perdas ante o real, reagindo à maior aversão a risco que conduziu os principais índices de ações em Nova York para território negativo.

A informação de que o índice "Empire State", que acompanha o setor manufatureiro norte-americano, caiu de 21,70 em abril para 11,88 em maio, no menor nível desde dezembro de 2010, frustrou o mercado [ID:nN16271979].

O noticiário sobre o limite de dívida dos EUA também pesou.

O país deve atingir o teto legal de obrigações ainda nesta segunda-feira e começar a acessar os fundos de aposentadoria federais para obter mais espaço para tomada de empréstimos, segundo uma autoridade do Tesouro norte-americano.

As preocupações envolvendo a crise de dívida na zona do euro deram uma trégua nesta sessão, após os ministros de Finanças da zona do euro aprovarem um programa emergencial de empréstimos a Portugal no valor de 78 bilhões de euros [ID:nN16296814]. O euro se recuperava das mínimas em sete semanas frente ao dólar, ao mesmo tempo em que a moeda norte-americana caía ante uma cesta de divisas <.DXY>.

Os players aguardam para terça-feira a segunda prévia de maio do IPC-Fipe e dados de emprego formal do Caged de abril.

Veja a variação dos principais mercados nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,632 real, com variação negativa de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA <.BVSP> O Ibovespa caiu 0,64 por cento, para 62.829 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 8,09 bilhões de reais, inflado por 2,21 bilhões de dólares do exercício de opções sobre ações.

ADRs BRASILEIROS <.BR20> O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 0,35 por cento, a 34.873 pontos.

JUROS <0#2DIJ:> No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 12,49 por cento ao ano, ante 12,51 por cento no ajuste anterior.

EURO A moeda comum europeia era cotada a 1,4156 dólar, ante 1,4118 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 136,438 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,001 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS <11EMJ> O risco Brasil cedia 2 pontos, para 165 pontos-básicos. O EMBI+ tinha estabilidade a 277 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> perdeu 0,38 por cento, a 12.548 pontos; o S&P 500 <.SPX> teve queda de 0,62 por cento, a 1.329 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> registrou baixa de 1,63 por cento, a 2.782 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo caiu 2,28 dólares, ou 2,29 por cento, a 97,37 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 3,1470 por cento ante 3,169 por cento no fechamento anterior.

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