Lula irá à Bovespa acompanhar a capitalização da Petrobras
A Petrobras elevou nesta sexta o tamanho de sua oferta de ações, ao aumentar o limite para o lote adicional de papéis de 10% para 20% do lote inicial
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2010 às 20h12.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (17) que vai pessoalmente à BMFBovespa na semana que vem para acompanhar a operação de venda de ações da Petrobras.
"Não vou dizer o nome do santo, mas vou contar um milagre. Dia 24 este País vai acordar vendo acontecer uma coisa que jamais vocês imaginaram que pudesse acontecer. Nós vamos na Bolsa de Valores de São Paulo. Este País vai presenciar a maior capitalização de uma empresa na história da humanidade", disse Lula em discurso na cidade de Juiz de Fora (MG), durante inauguração de instalações da universidade local.
A Petrobras elevou nesta sexta o tamanho de sua oferta de ações, ao aumentar o limite para o lote adicional de papéis de 10% para 20% do lote inicial.
A operação, agora, poderá chegar a um valor de aproximadamente R$ 135 bilhões, o que seria de longe a maior do tipo já realizada no mundo.
O presidente contrapôs o programa de capitalização da Petrobras às privatizações realizadas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A operação provavelmente ampliará a participação da União na estatal, hoje em pouco mais de 30% do capital total, "mostrando ao mundo, diferentemente daqueles que vieram antes de nós, que iam na bolsa para bater uma plaquinha para vender as empresas estatais, que nós vamos bater o martelinho para capitalizar a nossa querida Petrobras", afirmou.
De acordo com o cronograma da operação, no dia 24 a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concederá à Petrobras o registro de sua oferta. No dia 27, uma segunda, os bilhões de novos papéis emitidos pela estatal começarão a ser negociados na Bovespa.
Lula acrescentou que a operação vai garantir que os recursos do petróleo da camada pré-sal possam ser utilizados em fundos de combate à pobreza, em investimento em educação, em cultura e em ciência e tecnologia.
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