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Locais adotam cautela por exterior, à espera de Copom

São Paulo - A cautela predominava nos mercados financeiros globais nesta quarta-feira, por temores sobre a recuperação econômica, após o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, ter feito considerações sobre a economia dos EUA, na véspera, que desagradaram os investidores. No Brasil, os principais ativos tinham leve desvalorização, na primeira sessão após a queda do […]

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 13h47.

São Paulo - A cautela predominava nos mercados financeiros globais nesta quarta-feira, por temores sobre a recuperação econômica, após o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, ter feito considerações sobre a economia dos EUA, na véspera, que desagradaram os investidores.

No Brasil, os principais ativos tinham leve desvalorização, na primeira sessão após a queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. Operadores minimizavam a influência da notícia sobre as cotações.

As projeções de juros operavam perto da estabilidade, à espera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na noite desta quarta-feira. A aposta do mercado é praticamente consenso de alta de 0,25 ponto percentual da Selic.

Na agenda interna, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,36 por cento na primeira prévia de junho, ante alta de 0,51 por cento no mês de maio.

Os agentes também souberam que o ingresso líquido de recursos ao Brasil em maio somou 5,256 bilhões de dólares, bem acima do valor registrado em abril, mas mostrando alguma desaceleração frente ao dado parcial do mês.

No front corporativo, investidores aguardam o julgamento da incorporação da Sadia pela Perdigão. O negócio que resultou na Brasil Foods , realizado há cerca de dois anos, está sendo avaliado nesta quarta-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

No lado acionário, a queda do Ibovespa só não era maior devido ao bom desempenho da blue chip Petrobras , que refletia a alta nos preços do petróleo depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não terem chegado a um acordo sobre o aumento da produção.

As matérias-primas como um todo se mantinham em alta, mesmo com a apreciação do dólar. O euro recuava abaixo de 1,46 dólar, o que ditava fraqueza do real ante a moeda norte-americana.

A maior cautela do mercado era estimulada por novos alertas sobre a situação fiscal dos EUA. A Fitch Ratings disse que pode reduzir os ratings soberanos dos Estados Unidos para "default restrito" se o governo não conseguir honrar o pagamento de Treasuries e alguns cupons que vencem em 15 de agosto.

Os problemas com a Grécia seguiam no radar, com divergências dentro da própria zona do euro. A missão do FMI e da UE afirmou que a recessão no país é mais profunda e longa do que o esperado inicialmente e que o PIB grego deve ter uma contração de 3,8 por cento este ano.

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