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Juros têm dia de acomodação à espera da ata do Copom

Mercado aguarda visão do BC sobre a inflação e sobre a questão fiscal

Bovespa: contrato do juro futuro para julho de 2013 encerrou as negociações a 7,07%, mesmo patamar do ajuste (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 16h11.

Depois da forte alta registrada na quinta-feira (17), as taxas futuras de juros tiveram um dia de acomodação, diante da agenda doméstica esvaziada e da cautela predominante no exterior, apesar dos bons indicadores vindos da China.

Enquanto isso, os investidores aguardam mais informações sobre a visão do Banco Central em relação à inflação e à atividade, na ata da última reunião do Copom, que sai na quinta-feira que vem. Nesse ambiente, os juros mais curtos ficaram de lado, enquanto os longos subiram.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro para julho de 2013 (22.430 contratos) estava em 7,07%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (183.775 contratos) marcava 7,18%, de 7,19% de quinta-feira. O DI para janeiro de 2015 (298.825 contratos) indicava 7,88%, ante 7,87% na véspera. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (199.470 contratos) tinha taxa de 8,70%, ante 8,66%, e o DI para janeiro de 2021 (10.255 contratos) apontava 9,41%, de 9,37% no ajuste.

"Ontem, o mercado já deu uma boa puxada nas taxas, sob a leitura de que o Banco Central pode ser um pouco mais conservador diante da inflação atual. Mas os agentes esperam por novos sinais antes de se reposicionarem de forma mais contundente", afirmou um operador. "O mercado também quer esperar para saber como o BC tratará a questão fiscal em seus cenários. Ninguém quer se arriscar muito", disso outra fonte, em referência a uma informação publicada nesta sexta-feira pela imprensa.

Segundo a matéria, a equipe econômica do governo estuda propor à presidente Dilma Rousseff redução da meta de superávit fiscal de 3,1% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao jornal, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse que "se o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pode ser abatido, posso fazer meta menor".


Além da carência de notícias internas, a cautela externa ajuda a manter as taxas de juros em ritmo lento. A maioria das bolsas e das commodities operava no terreno negativo, com os investidores deixando os dados positivos da China de lado e priorizando números ruins dos EUA. Além de balanços corporativos abaixo das expectativas, o índice de sentimento do consumidor dos EUA piorou em janeiro.

Durante a madrugada, a China divulgou crescimento econômico de 7,9% no quarto trimestre de 2012, ante igual período de 2011, acima da previsão (+7,8%). No acumulado do ano passado, o PIB chinês cresceu 7,8%, acima da estimativa oficial do governo chinês, de 7,5%, mas abaixo dos 9,3% de 2011.

Na agenda brasileira da próxima semana, além da ata do Copom, está previsto o anúncio do IPCA-15 de janeiro, na quarta-feira.

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Depois da forte alta registrada na quinta-feira (17), as taxas futuras de juros tiveram um dia de acomodação, diante da agenda doméstica esvaziada e da cautela predominante no exterior, apesar dos bons indicadores vindos da China.

Enquanto isso, os investidores aguardam mais informações sobre a visão do Banco Central em relação à inflação e à atividade, na ata da última reunião do Copom, que sai na quinta-feira que vem. Nesse ambiente, os juros mais curtos ficaram de lado, enquanto os longos subiram.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa do contrato futuro para julho de 2013 (22.430 contratos) estava em 7,07%, nivelado ao ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (183.775 contratos) marcava 7,18%, de 7,19% de quinta-feira. O DI para janeiro de 2015 (298.825 contratos) indicava 7,88%, ante 7,87% na véspera. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (199.470 contratos) tinha taxa de 8,70%, ante 8,66%, e o DI para janeiro de 2021 (10.255 contratos) apontava 9,41%, de 9,37% no ajuste.

"Ontem, o mercado já deu uma boa puxada nas taxas, sob a leitura de que o Banco Central pode ser um pouco mais conservador diante da inflação atual. Mas os agentes esperam por novos sinais antes de se reposicionarem de forma mais contundente", afirmou um operador. "O mercado também quer esperar para saber como o BC tratará a questão fiscal em seus cenários. Ninguém quer se arriscar muito", disso outra fonte, em referência a uma informação publicada nesta sexta-feira pela imprensa.

Segundo a matéria, a equipe econômica do governo estuda propor à presidente Dilma Rousseff redução da meta de superávit fiscal de 3,1% para 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao jornal, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse que "se o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pode ser abatido, posso fazer meta menor".


Além da carência de notícias internas, a cautela externa ajuda a manter as taxas de juros em ritmo lento. A maioria das bolsas e das commodities operava no terreno negativo, com os investidores deixando os dados positivos da China de lado e priorizando números ruins dos EUA. Além de balanços corporativos abaixo das expectativas, o índice de sentimento do consumidor dos EUA piorou em janeiro.

Durante a madrugada, a China divulgou crescimento econômico de 7,9% no quarto trimestre de 2012, ante igual período de 2011, acima da previsão (+7,8%). No acumulado do ano passado, o PIB chinês cresceu 7,8%, acima da estimativa oficial do governo chinês, de 7,5%, mas abaixo dos 9,3% de 2011.

Na agenda brasileira da próxima semana, além da ata do Copom, está previsto o anúncio do IPCA-15 de janeiro, na quarta-feira.

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