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Juros recuam com dólar, IPCA-15 e boato sobre ministério

No fechamento da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (33.975 contratos) terminou em 11,355%, de 11,350% na véspera

Bovespa: movimento de queda das taxas de juros ganhou força à tarde (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 16h30.

São Paulo - O IPCA-15 abaixo do piso das projeções do mercado deu a senha para as taxas de juros caírem nesta quarta-feira, 19, mas o movimento ganhou força à tarde, sobretudo na ponta longa, em meio às especulações sobre a formação da equipe econômica do segundo governo Dilma Rousseff.

Os investidores passaram a acreditar que, depois da longa reunião entre a presidente e seu ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu conselheiro, na véspera, o nome do substituto de Guido Mantega poderia sair esta noite. Isso levou o dólar a ampliar a queda da sessão e influenciar diretamente a ponta longa dos juros.

A disputa, segundo os rumores que circularam nas mesas, estaria entre o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa.

Ainda assim, nomes como o de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro, e de Luiz Carlos Trabuco, atual presidente do Bradesco, continuam circulando.

Na ponta curta da curva a termo de juros, no entanto, o movimento foi limitado pelas declarações mais firmes do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, na tarde de ontem.

As palavras trouxeram a percepção de que o ritmo de aperto monetário pode ser ampliado.

Ontem, durante apresentação do Boletim Regional, em Florianópolis, Hamilton disse que, se necessário, o BC pode "recalibrar" sua estratégia.

"O BC deixou claro na ata do Copom que estará especialmente vigilante. O que adicionei (agora) é que o Copom não será complacente e, se for adequado, irá recalibrar a política monetária", reafirmou.

No fechamento da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (33.975 contratos) terminou em 11,355%, de 11,350% na véspera.

O DI para janeiro de 2016 (114.490 contratos) marcou 12,45%, ante 12,51% no ajuste anterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (141.200 contratos) registrou 12,56%, de 12,65% no ajuste de ontem, e o DI para janeiro de 2021 (105.850 contratos) ficou em 12,43%, ante 12,63%.

No mercado cambial, o dólar terminou em baixa de 0,35%, a R$ 2,58.

O IBGE anunciou que o IPCA-15 encerrou novembro com alta de 0,38%, ante +0,48% em outubro e abaixo do piso do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções (0,41% e 0,58%, com mediana de 0,49%).

Em 12 meses até novembro, o IPCA-15 acumulou 6,42%, voltando para abaixo do teto do intervalo do regime de metas (6,5%).

Não alteraram o comportamento das taxas a segunda prévia do IGP-M e tampouco a taxa de desemprego do IBGE.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país ficou em 4,7% em outubro, de 4,9% em setembro, e no piso das estimativas dos analistas (4,7% a 5,1%). Foi a menor para o mês da série histórica, iniciada em março de 2002.

Já a FGV informou que a segunda prévia do IGP-M de novembro teve elevação de 0,72%, ante avanço de 0,13% na segunda leitura do mesmo indicador em outubro.

A taxa anunciada hoje ficou dentro do intervalo das estimativas (0,68% a 0,88%) e praticamente em linha com a mediana das projeções (0,73%).

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São Paulo - O IPCA-15 abaixo do piso das projeções do mercado deu a senha para as taxas de juros caírem nesta quarta-feira, 19, mas o movimento ganhou força à tarde, sobretudo na ponta longa, em meio às especulações sobre a formação da equipe econômica do segundo governo Dilma Rousseff.

Os investidores passaram a acreditar que, depois da longa reunião entre a presidente e seu ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu conselheiro, na véspera, o nome do substituto de Guido Mantega poderia sair esta noite. Isso levou o dólar a ampliar a queda da sessão e influenciar diretamente a ponta longa dos juros.

A disputa, segundo os rumores que circularam nas mesas, estaria entre o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa.

Ainda assim, nomes como o de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro, e de Luiz Carlos Trabuco, atual presidente do Bradesco, continuam circulando.

Na ponta curta da curva a termo de juros, no entanto, o movimento foi limitado pelas declarações mais firmes do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, na tarde de ontem.

As palavras trouxeram a percepção de que o ritmo de aperto monetário pode ser ampliado.

Ontem, durante apresentação do Boletim Regional, em Florianópolis, Hamilton disse que, se necessário, o BC pode "recalibrar" sua estratégia.

"O BC deixou claro na ata do Copom que estará especialmente vigilante. O que adicionei (agora) é que o Copom não será complacente e, se for adequado, irá recalibrar a política monetária", reafirmou.

No fechamento da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (33.975 contratos) terminou em 11,355%, de 11,350% na véspera.

O DI para janeiro de 2016 (114.490 contratos) marcou 12,45%, ante 12,51% no ajuste anterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (141.200 contratos) registrou 12,56%, de 12,65% no ajuste de ontem, e o DI para janeiro de 2021 (105.850 contratos) ficou em 12,43%, ante 12,63%.

No mercado cambial, o dólar terminou em baixa de 0,35%, a R$ 2,58.

O IBGE anunciou que o IPCA-15 encerrou novembro com alta de 0,38%, ante +0,48% em outubro e abaixo do piso do intervalo de estimativas coletadas pelo AE Projeções (0,41% e 0,58%, com mediana de 0,49%).

Em 12 meses até novembro, o IPCA-15 acumulou 6,42%, voltando para abaixo do teto do intervalo do regime de metas (6,5%).

Não alteraram o comportamento das taxas a segunda prévia do IGP-M e tampouco a taxa de desemprego do IBGE.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país ficou em 4,7% em outubro, de 4,9% em setembro, e no piso das estimativas dos analistas (4,7% a 5,1%). Foi a menor para o mês da série histórica, iniciada em março de 2002.

Já a FGV informou que a segunda prévia do IGP-M de novembro teve elevação de 0,72%, ante avanço de 0,13% na segunda leitura do mesmo indicador em outubro.

A taxa anunciada hoje ficou dentro do intervalo das estimativas (0,68% a 0,88%) e praticamente em linha com a mediana das projeções (0,73%).

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