Exame Logo

Juros futuros sobem puxados pelo dólar

Em um ambiente de liquidez reduzida, as taxas dos contratos futuros de juros encontraram suporte mais cedo nos números fiscais

Bovespa: taxa do vencimento para janeiro de 2015 fechou a sessão regular em 10,78% (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 17h51.

São Paulo - O avanço do dólar ante o real foi determinante nesta segunda-feira, 30, para os negócios na renda fixa . Em um ambiente de liquidez reduzida, as taxas dos contratos futuros de juros encontraram suporte mais cedo nos números fiscais.

Mas como os dados do governo central, divulgados na última sexta-feira, já haviam provocado ajustes consistentes de alta, as taxas futuras não se afastaram tanto dos níveis anteriores.

Veja também

À tarde, porém, o dólar renovou cotações máximas no balcão e levou a reboque os juros, em especial entre os vencimentos com prazos mais longos.

A taxa do vencimento para janeiro de 2015 (24.140 contratos) fechou a sessão regular em 10,78%, ante 10,79% no ajuste de sexta-feira.

O DI para janeiro de 2016 (44.180 contratos) marcou 11,17%, ante 11,16% do pregão anterior.

Entre os vencimentos mais longos, a taxa do contrato para janeiro de 2017 (103.440 contratos) ficou em 11,54%, ante 11,50%, e o DI para janeiro de 2021 (23.895 contratos) marcou 12,06%, ante 12,00%.

Pela manhã, os dados ruins do setor público consolidado brasileiro fizeram preço. Em maio, conforme o BC, houve déficit de R$ 11,046 bilhões, o segundo pior da história.

O resultado só foi melhor que o de dezembro de 2008, quando o saldo foi negativo em mais de R$ 20 bilhões.

Em meses de maio, nunca havia sido registrado um resultado negativo. O superávit mais baixo, de R$ 487,1 milhões, foi visto em maio de 2010. Em abril, o resultado foi positivo em R$ 16,896 bilhões. Em maio do ano passado, houve superávit de R$ 5,681 bilhões.

Esse déficit primário consolidado de maio ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos na sexta-feira, 27, pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de R$ 11,700 bilhões a um déficit R$ 7,500 bilhões.

O resultado divulgado pelo BC foi pior do que a mediana de um déficit de R$ 9,300 bilhões.

À tarde, foi a vez de o Tesouro Nacional informar que a Dívida Pública Federal (DPF) de maio ficou em R$ 2,122 trilhões. Isso representa uma alta de 3,43% em relação a abril.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) atingiu R$ 2,029 trilhões, enquanto a Dívida Pública Federal Externa (DPFE) somou R$ 93,22 bilhões.

Estes números da dívida pública, no entanto, ficaram em segundo plano, com os juros reagindo mais ao avanço do dólar durante a tarde. O dólar fechou em alta de 0,64% no balcão, a R$ 2,2120. No mercado futuro, a moeda para agosto, a mais líquida, subia 0,65%, a R$ 2,2295.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasCâmbioDívida públicaDólarJurosMoedasrenda-fixaTaxas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame