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Juros futuros sobem junto com dólar e juros de títulos externos

Às 9h50, o contrato de DI para janeiro de 2019 estava em 6,82%, de 6,805% no ajuste de quinta-feira

B3: no radar dos investidores está a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos (Germano Lüders/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 11h07.

São Paulo - Os juros futuros operam em alta na manhã desta sexta-feira, 2, em sintonia com o desempenho positivo do dólar ante o real e no exterior nesta manhã.

No radar dos investidores está a divulgação do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos (às 11h30 pelo horário de Brasília).

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Os agentes financeiros esperam criação de 177 mil vagas em janeiro, com aumento do salário médio por hora de 0,20% e manutenção da taxa de desemprego em 4,1%.

Às 9h50, o contrato de DI para janeiro de 2019 estava em 6,82%, de 6,805% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2021 a 8,88%, de 8,81% no ajuste da véspera.

E o DI para janeiro de 2023 a 9,56%, de 9,47% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 1,04% neste mesmo horário, aos R$ 3,2023.

O dólar se recupera parcialmente nesta sexta, após acumular perdas ante o real de 4,40% em 2018 até quinta.

O ajuste ocorre em meio à mudança de humor lá fora. Além do dólar, os juros dos Treasuries, dos Gilts do Reino Unido e dos Bunds alemães avançam, contribuindo para as perdas no mercado acionário diante de expectativas de aceleração do ritmo de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) e especulações em torno da retirada de estímulos por parte do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ).

A próxima semana também justifica alguma ajuste de posição, porque o Congresso retoma na segunda-feira, 5, as atividades e o Copom decide sobre a Selic (quarta-feira, 7), que está em 7% ao ano.

O mercado dá como praticamente certo um corte do juro básico para 6,75% este mês, conforme quase todas as expectativas da pesquisa do Projeções Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Mais cedo, o presidente Michel Temer voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco. Segundo Temer, "sem ela os aposentados poderão ficar sem o benefício".

Na agenda, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, anuncia às 11h30 o decreto de programação orçamentária e financeira de 2018 sobre quanto os ministérios terão de recursos para gastar.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,46% em janeiro, desacelerando ante o aumento de 0,55% verificado em dezembro e também em relação ao avanço de 0,52% registrado na terceira quadrissemana do mês passado.

A taxa de janeiro ficou dentro de 11 projeções colhidas pelo Projeções Broadcast, que iam de alta de 0,42% a 0,72%, mas abaixo da mediana, de 0,57%.

O IPC-S Semanal acelerou em cinco das sete capitais pesquisadas entre a terceira quadrissemana de janeiro e o fechamento do mês. No geral, o IPC-S avançou de 0,59% para 0,69% no período.

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