Juros futuros encerram em baixa com PIB fraco dos EUA
Os contratos foram pressionados pelo crescimento abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 17h00.
São Paulo - Depois da reviravolta causada na véspera pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, ao mencionar a possibilidade de intensificar o uso da Selic, as taxas de juros , sobretudo as intermediárias e longas, caíram nesta sexta-feira, 26.
Os contratos foram pressionados pelo crescimento abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Tendo em vista que o Comitê de Política Monetária (Copom) fez ponderações sobre o cenário externo para adotar cautela na condução do aperto monetário, a fraqueza da economia norte-americana ganhou peso relevante nos negócios.
Ao término da negociação regular na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (185.000 contratos) marcava 7,42%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (834.665 contratos) apontava 7,91%, de 7,93% na quinta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (400.045 contratos) indicava mínima de 8,28%, de 8,36% antes. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (159.460 contratos) marcava mínima de 8,87%, ante 8,96% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (18.710 contratos) estava na mínima de 9,51%, ante 9,56% no ajuste.
"Os dados do PIB norte-americano trazem certo pessimismo para Bolsas e commodities, o que acabou puxando também os DIs", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB no Brasil, Luciano Rostagno.
Os EUA informaram um crescimento de 2,5% do PIB no primeiro trimestre deste ano, acima da expansão de 0,4% do trimestre anterior, mas bem abaixo da previsão de alta de 3,2%. O resultado sugere que o País possa ter um desempenho ainda mais fraco no segundo trimestre, segundo economistas.
Com toda a discussão, os indicadores domésticos acabaram em segundo plano. Pela manhã, o BC informou que o estoque de operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,8% em março, ante fevereiro, chegando a R$ 2,426 trilhões. No primeiro trimestre deste ano, a carteira cresceu 2,5% e, em 12 meses, 16,7%. Vale destacar que a inadimplência média no crédito livre caiu para 5,5% em março, de 5,6% em fevereiro.
No que tange à inflação, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,03% em março, depois de cair 0,35% no mês anterior (dado revisado, de -0,33% originalmente). O setor de alimentação impediu um avanço maior, com contribuição negativa de 0,24 ponto porcentual.
São Paulo - Depois da reviravolta causada na véspera pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, ao mencionar a possibilidade de intensificar o uso da Selic, as taxas de juros , sobretudo as intermediárias e longas, caíram nesta sexta-feira, 26.
Os contratos foram pressionados pelo crescimento abaixo do esperado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Tendo em vista que o Comitê de Política Monetária (Copom) fez ponderações sobre o cenário externo para adotar cautela na condução do aperto monetário, a fraqueza da economia norte-americana ganhou peso relevante nos negócios.
Ao término da negociação regular na BM&F, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (185.000 contratos) marcava 7,42%, igual ao ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (834.665 contratos) apontava 7,91%, de 7,93% na quinta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (400.045 contratos) indicava mínima de 8,28%, de 8,36% antes. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (159.460 contratos) marcava mínima de 8,87%, ante 8,96% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (18.710 contratos) estava na mínima de 9,51%, ante 9,56% no ajuste.
"Os dados do PIB norte-americano trazem certo pessimismo para Bolsas e commodities, o que acabou puxando também os DIs", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB no Brasil, Luciano Rostagno.
Os EUA informaram um crescimento de 2,5% do PIB no primeiro trimestre deste ano, acima da expansão de 0,4% do trimestre anterior, mas bem abaixo da previsão de alta de 3,2%. O resultado sugere que o País possa ter um desempenho ainda mais fraco no segundo trimestre, segundo economistas.
Com toda a discussão, os indicadores domésticos acabaram em segundo plano. Pela manhã, o BC informou que o estoque de operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,8% em março, ante fevereiro, chegando a R$ 2,426 trilhões. No primeiro trimestre deste ano, a carteira cresceu 2,5% e, em 12 meses, 16,7%. Vale destacar que a inadimplência média no crédito livre caiu para 5,5% em março, de 5,6% em fevereiro.
No que tange à inflação, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,03% em março, depois de cair 0,35% no mês anterior (dado revisado, de -0,33% originalmente). O setor de alimentação impediu um avanço maior, com contribuição negativa de 0,24 ponto porcentual.