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Juros futuros cedem com cenário político

O apoio do PMDB os ajustes fiscais propostos pela equipe econômica traz alívio aos negócios

Bovespa: às 9h25, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,18%, na mínima (Bloomberg News/Paulo Fidman)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 11h20.

São Paulo - O apoio do PMDB, maior partido da base aliada do governo federal, aos ajustes fiscais propostos pela equipe econômica traz alívio aos negócios com dólar e juros futuros na abertura da sessão desta terça-feira, 24. P

orém, as incertezas ainda remanescentes sobre a aprovação no Congresso das medidas do pacote fiscal, apesar do suporte declarado, combinadas com fatores vindos do exterior, com Grécia e política monetária dos Estados Unidos em foco, jogam na contramão e tendem a pressionar os mercados domésticos para cima.

Já o resultado ligeiramente acima da mediana projetada do IPCA-15 de fevereiro não trouxe surpresas.

Às 9h25, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,18%, na mínima, de 13,23% no ajuste de segunda-feira, 23; o DI para janeiro de 2017 estava em 13,08%, também na mínima, de 13,14% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 12,62%, na mínima, de 12,71% no ajuste da véspera.

É válido lembrar que o Tesouro Nacional realiza hoje um leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis atrelados ao IPCA, com uma oferta de até 1,500 milhão de papéis, divididos em dois grupos.

Ontem à noite, o PMDB anunciou apoio às medidas provisórias que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas, como o abono salarial e o seguro-desemprego, e adiou a votação do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015, que seria votada hoje.

Relatos dos presentes no jantar realizado na residência oficial da vice-presidência da República, dão conta de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez uma das defesas mais "contundentes" da necessidade de ajuste fiscal, apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Na agenda econômica do dia, o IBGE informou que o IPCA-15 subiu 1,33% em fevereiro, no resultado mais elevado desde fevereiro de 20013 (+2,19%) e acelerando-se ante a alta de 0,89% apurada em janeiro, que também mostrara maior pressão nos preços em relação a dezembro de 2014 (+0,79%).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 1,30%, e dentro do intervalo previsto, com taxa entre 1,21% e 1,38%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula altas de 2,23% no ano e de 7,36% nos últimos 12 meses até fevereiro - na taxa mais elevada para o período em 12 meses desde junho de 2005 (+7,72%).

Conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o IPCA-15 ainda mais "salgado" no mês é resultado de pressões oriundas do grupo Educação, da alta ainda resistente do grupo Alimentação e Bebidas e de resquícios de aumentos recentes nos preços administrados.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,50% em fevereiro, mostrando desaceleração ante a alta de 0,70% registrada em janeiro.

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,45% a 0,61%, e abaixo da mediana, de 0,54%.

Até fevereiro, o INCC-M acumula altas de 1,21% no ano e de 6,80% em 12 meses. Logo mais, às 10h30, o Banco Central publica a nota do setor externo referente ao mês de janeiro.

No exterior, as atenções estão divididas entre a Grécia e a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.

Ela fará um depoimento no Senado norte-americano, a partir do meio-dia, e as expectativas são de que Yellen ecoe as preocupações com o nível baixo da inflação nos EUA, bem como o fortalecimento do mercado de trabalho no país, dando pistas sobre a trajetória da política monetária norte-americana neste ano.

Já no Velho Continente, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, informou que o governo grego entregou na noite de ontem uma proposta de reformas econômicas, em tentativa de garantir o aval final a um acordo provisório, fechado no fim da semana passada, para estender o programa de resgate financeiro a Atenas por mais quatro meses.

Os ministros de Finanças da zona do euro, que formam o Eurogrupo, vão realizar uma teleconferência, a partir das 10h (de Brasília), para discutir as medidas propostas pela Grécia e a possível extensão do financiamento ao país.

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Já o resultado ligeiramente acima da mediana projetada do IPCA-15 de fevereiro não trouxe surpresas.

Às 9h25, na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 13,18%, na mínima, de 13,23% no ajuste de segunda-feira, 23; o DI para janeiro de 2017 estava em 13,08%, também na mínima, de 13,14% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 12,62%, na mínima, de 12,71% no ajuste da véspera.

É válido lembrar que o Tesouro Nacional realiza hoje um leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B), papéis atrelados ao IPCA, com uma oferta de até 1,500 milhão de papéis, divididos em dois grupos.

Ontem à noite, o PMDB anunciou apoio às medidas provisórias que endurecem o acesso a benefícios trabalhistas, como o abono salarial e o seguro-desemprego, e adiou a votação do veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015, que seria votada hoje.

Relatos dos presentes no jantar realizado na residência oficial da vice-presidência da República, dão conta de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez uma das defesas mais "contundentes" da necessidade de ajuste fiscal, apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Na agenda econômica do dia, o IBGE informou que o IPCA-15 subiu 1,33% em fevereiro, no resultado mais elevado desde fevereiro de 20013 (+2,19%) e acelerando-se ante a alta de 0,89% apurada em janeiro, que também mostrara maior pressão nos preços em relação a dezembro de 2014 (+0,79%).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 1,30%, e dentro do intervalo previsto, com taxa entre 1,21% e 1,38%. Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 acumula altas de 2,23% no ano e de 7,36% nos últimos 12 meses até fevereiro - na taxa mais elevada para o período em 12 meses desde junho de 2005 (+7,72%).

Conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o IPCA-15 ainda mais "salgado" no mês é resultado de pressões oriundas do grupo Educação, da alta ainda resistente do grupo Alimentação e Bebidas e de resquícios de aumentos recentes nos preços administrados.

Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,50% em fevereiro, mostrando desaceleração ante a alta de 0,70% registrada em janeiro.

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,45% a 0,61%, e abaixo da mediana, de 0,54%.

Até fevereiro, o INCC-M acumula altas de 1,21% no ano e de 6,80% em 12 meses. Logo mais, às 10h30, o Banco Central publica a nota do setor externo referente ao mês de janeiro.

No exterior, as atenções estão divididas entre a Grécia e a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen.

Ela fará um depoimento no Senado norte-americano, a partir do meio-dia, e as expectativas são de que Yellen ecoe as preocupações com o nível baixo da inflação nos EUA, bem como o fortalecimento do mercado de trabalho no país, dando pistas sobre a trajetória da política monetária norte-americana neste ano.

Já no Velho Continente, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, informou que o governo grego entregou na noite de ontem uma proposta de reformas econômicas, em tentativa de garantir o aval final a um acordo provisório, fechado no fim da semana passada, para estender o programa de resgate financeiro a Atenas por mais quatro meses.

Os ministros de Finanças da zona do euro, que formam o Eurogrupo, vão realizar uma teleconferência, a partir das 10h (de Brasília), para discutir as medidas propostas pela Grécia e a possível extensão do financiamento ao país.

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