Juros futuros caem com dólar e aposta em Lula fora da eleição
Taxas futuras estendem o movimento de quarta-feira, 24, em reação ao julgamento da apelação do ex-presidente
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 09h59.
Na volta do feriado em São Paulo, os juros futuros recuam na manhã desta sexta-feira, 26, pressionados pela persistente queda do dólar à vista e também a reabertura mais fraca do dólar futuro de fevereiro, acompanhando a desvalorização externa da divisa norte-americana.
As taxas futuras estendem o movimento de quarta-feira, 24, em reação ao julgamento da apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, derrotado por 3 a 0. O recuo se dá ainda em meio ao ambiente externo favorável, observou um operador de renda fixa.
Mantida a condenação de Lula, cuja pena foi aumentada para 12 anos e 1 mês de prisão, o mercado enxerga o petista já fora da disputa presidencial.
A defesa do ex-presidente deve entregar o passaporte do petista na manhã desta sexta, na sede da Polícia Federal, em São Paulo.
Já em Brasília, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou, pela manhã, que a possível ausência do petista na disputa eleitoral de 2018 deverá beneficiar os candidatos de centro.
"Independentemente da minha decisão sobre candidatura, não há dúvida que a ausência de Lula (na eleição) beneficia os candidatos de centro. Isso porque os candidatos extremistas têm dificuldades de voto, e os eleitores de Lula que não são militantes do PT tendem a votar em candidatos de centro", afirmou Meirelles, em entrevista à rádio CBN.
Às 9h29 desta sexta, o DI para janeiro de 2019 marcava 6,80%, na máxima, de 6,829% no ajuste de quarta-feira.
O DI para janeiro de 2020 exibia 7,94%, de 7,99%, enquanto o DI para janeiro de 2021 estava em 8,75%, máxima, de 8,84%.
Já o DI para janeiro de 2023 estava em 9,46%, de 9,62% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,24%, aos R$ 3,1319. O dólar futuro de fevereiro recuava 0,52%, aos R$ 3,1340.
Mais cedo, a FGV informou que o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) ficou em 0,28% em janeiro após subir 0,14% em dezembro.