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Juros fecham estáveis com investidores à espera do Copom

Mercado continua projetando manutenção da Selic na próxima reunião do Copom e ao longo do ano

Bovespa: taxa do juro com vencimento para janeiro de 2014 era de 7,11% ao fim das negociações desta sexta-feira (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 15h53.

São Paulo - Em dia de agenda fraca no Brasil e com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem em vista, os investidores deixaram as taxas futuras de juros praticamente estáveis, com leve viés de baixa no período da tarde. Mesmo porque, as notícias externas foram mistas, contribuindo para a baixa oscilação das taxas.

Nesse ambiente, a curva de juros segue indicando de forma majoritária a manutenção da Selic em 7,25% não apenas no próximo encontro, mas também ao longo de todo o ano de 2013.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (67.145 contratos) projetava taxa de 7,11%, de 7,12% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (152.495 contratos) indicava 7,73%, de 7,74% na véspera. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (91.000 contratos) tinha taxa de 8,51%, ante 8,53% ontem, e o contrato para janeiro de 2021 (4.990 contratos) marcava mínima de 9,20%, ante 9,24% no ajuste.

"Sem notícias relevantes no mercado doméstico e com o Copom pela frente, os investidores não fizeram movimentos significativos no mercado de juros. O viés de baixa, especialmente no trecho longo, só ocorreu devido à cautela externa", afirmou um operador.

Os diretores da autoridade monetária brasileira se reúnem na próxima semana e quase ninguém acredita que haverá alguma alteração da Selic e até mesmo do comunicado, no primeiro encontro do ano. Levantamento do AE Projeções com 80 instituições indica que 78 casas apostam que a taxa básica seguirá em 7,25%. Apenas duas aguardam um cenário diferente: a Modal Asset, que prevê diminuição de 0,50 ponto porcentual, para o patamar de 6,75%, e a AGK Corretora, que aguarda corte de 0,25 ponto para 7,00%.


O quadro de Selic estável ganha ainda mais força com os índices de inflação pressionados e a atividade fraca, segundo analistas, pois limita o espaço para mudanças vindas do BC. Nesta sexta-feira, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, teceu comentários sobre o comportamento da inflação. Segundo ele, a alta dos preços acelerou no fim de 2012 devido aos alimentos. Barbosa afirmou também que "a inflação vai ficar mais um ano dentro do intervalo estabelecido pelo governo (2,5% a 6,5%). A expectativa para 2013 é de que ela continue caindo e se aproxime mais do centro da meta", disse, em Brasília.

No que diz respeito à atividade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira que o emprego na indústria teve crescimento zero em novembro de 2012, ante outubro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com novembro de 2011, houve queda de 1,0%. Na análise do pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta, o comportamento do emprego industrial segue melhor do que o da produção, indicando que os empresários ainda estão otimistas com a recuperação econômica.

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São Paulo - Em dia de agenda fraca no Brasil e com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem em vista, os investidores deixaram as taxas futuras de juros praticamente estáveis, com leve viés de baixa no período da tarde. Mesmo porque, as notícias externas foram mistas, contribuindo para a baixa oscilação das taxas.

Nesse ambiente, a curva de juros segue indicando de forma majoritária a manutenção da Selic em 7,25% não apenas no próximo encontro, mas também ao longo de todo o ano de 2013.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o juro com vencimento em janeiro de 2014 (67.145 contratos) projetava taxa de 7,11%, de 7,12% no ajuste. O juro para janeiro de 2015 (152.495 contratos) indicava 7,73%, de 7,74% na véspera. Entre os vencimentos mais longos, o DI para janeiro de 2017 (91.000 contratos) tinha taxa de 8,51%, ante 8,53% ontem, e o contrato para janeiro de 2021 (4.990 contratos) marcava mínima de 9,20%, ante 9,24% no ajuste.

"Sem notícias relevantes no mercado doméstico e com o Copom pela frente, os investidores não fizeram movimentos significativos no mercado de juros. O viés de baixa, especialmente no trecho longo, só ocorreu devido à cautela externa", afirmou um operador.

Os diretores da autoridade monetária brasileira se reúnem na próxima semana e quase ninguém acredita que haverá alguma alteração da Selic e até mesmo do comunicado, no primeiro encontro do ano. Levantamento do AE Projeções com 80 instituições indica que 78 casas apostam que a taxa básica seguirá em 7,25%. Apenas duas aguardam um cenário diferente: a Modal Asset, que prevê diminuição de 0,50 ponto porcentual, para o patamar de 6,75%, e a AGK Corretora, que aguarda corte de 0,25 ponto para 7,00%.


O quadro de Selic estável ganha ainda mais força com os índices de inflação pressionados e a atividade fraca, segundo analistas, pois limita o espaço para mudanças vindas do BC. Nesta sexta-feira, o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, teceu comentários sobre o comportamento da inflação. Segundo ele, a alta dos preços acelerou no fim de 2012 devido aos alimentos. Barbosa afirmou também que "a inflação vai ficar mais um ano dentro do intervalo estabelecido pelo governo (2,5% a 6,5%). A expectativa para 2013 é de que ela continue caindo e se aproxime mais do centro da meta", disse, em Brasília.

No que diz respeito à atividade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira que o emprego na indústria teve crescimento zero em novembro de 2012, ante outubro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com novembro de 2011, houve queda de 1,0%. Na análise do pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta, o comportamento do emprego industrial segue melhor do que o da produção, indicando que os empresários ainda estão otimistas com a recuperação econômica.

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