Juro futuro sobe na BM&F após decisão do Copom
São Paulo - Os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) de médio e longo prazos foram destaque hoje, com alta expressiva das projeções das taxas, não somente em reação ao resultado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem, como também a fatores adicionais trazidos pelo noticiário desta quinta-feira. Entre eles, a entrevista do […]
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2011 às 19h55.
São Paulo - Os contratos futuros de depósito interfinanceiro (DI) de médio e longo prazos foram destaque hoje, com alta expressiva das projeções das taxas, não somente em reação ao resultado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) ontem, como também a fatores adicionais trazidos pelo noticiário desta quinta-feira. Entre eles, a entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na qual informou que o Tesouro Nacional fará um aporte de R$ 55 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); a sinalização do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, de que os juros na zona do euro podem subir em abril; e o novo avanço dos juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries).
Já as taxas dos DIs futuros de curtos prazo tiveram leve baixa na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), refletindo ajustes às apostas residuais na curva de uma elevação da taxa Selic em 0,75 ponto porcentual.
Ao término da negociação normal da BM&F, a projeção do DI de janeiro de 2013 (295.440 contratos negociados) subia de 12,73% no ajuste de ontem para 12,83% ao ano; o DI de janeiro de 2012 (544.530 contratos negociados) estava na máxima de 12,55% ao ano, ante 12,53% ontem. Nos vencimentos de longo prazo, o DI de janeiro de 2017 (62.020 contratos negociados) avançava de 12,41% para 12,56% ao ano (máxima) e o DI de janeiro de 2021 (11.647 contratos negociados), também na máxima, projetava 12,47% ao ano, de 12,32% ontem. Nos curtos, o DI de julho de 2011 (900.295 contratos) apontava taxa de 12,07%, de 12,09% ontem.
O mercado já esperava por um ajuste de alta dos vencimentos de médio e longo prazos, por causa da reunião do Copom, que, apesar de ter sancionado a aposta majoritária de alta de 0,5 ponto na taxa Selic, para 11,75% ao ano, trouxe um comunicado muito breve, de apenas uma linha, frustrando aqueles que esperavam por uma sinalização mais firme do BC em relação ao combate à inflação.