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JBS cai com possível atividade de controlador na Lava Jato

Documento encontrado sugere que Paulo Roberto da Costa teria firmado contrato para prestar serviços de consultoria para o grupo controlador da JBS


	Uma planilha teria sido encontrada no computador do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Uma planilha teria sido encontrada no computador do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 12h01.

São Paulo - As ações da JBS lideravam as perdas do Ibovespa na manhã desta terça-feira, caindo 5,26% na mínima.

Os papéis são impactados pela notícia de que o Grupo J&F, controlador da JBS, estaria envolvido na Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo, uma planilha teria sido encontrada no computador do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O documento sugere que ele teria firmado contrato para prestar serviços de consultoria para o Grupo J&F.

O jornal afirma ainda que a polícia encontrou anotações na agenda de Paulo Roberto Costa que citam como os valores supostamente recebidos do Grupo J&F seriam divididos. Nessa indicação de partilha, há a sugestão de que parte do dinheiro seria devolvida ao grupo controlador da JBS.

Em nota enviada ao jornal, o Grupo J&F Investimentos afirmou que “não tem, nem nunca teve, nenhum contrato assinado com o sr. Paulo Roberto Costa ou com sua empresa Costa Global”.

A nota diz também que não se responsabiliza por anotações em cadernetas pessoais de Costa, “com quem não tem qualquer relacionamento”. O grupo afirmou que “não tem nem nunca teve serviço prestado à Petrobras”.

Recentemente, a JBS refutou "de forma veemente"  notícia veiculada na imprensa nacional que associou a companhia com contas bancárias envolvidas na operação Lava Jato e informou que os pagamentos realizados "não são objeto de nenhum esquema".

Hoje, as ações da Petrobras registravam perdas de 2,90%.

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