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Em primeiro IPO do ano Alliar pode levantar R$ 1 bi na bolsa

Se todos aderirem à oferta, apenas cerca de R$ 300 milhões do total levantado, relativos à oferta primária, iriam para o caixa da empresa

Alliar: R$ 300 milhões do total levantado iriam para o caixa da empresa, o resto para acionistas (Reprodução/YouTube/Alliar/Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2016 às 12h09.

São Paulo - O laboratório de diagnóstico por imagem Alliar, do fundo de private equity Pátria, promete ser a primeira empresa a fazer oferta inicial de ações ( IPO , na sigla em inglês) este ano.

A expectativa é de que a companhia de saúde levante até R$ 1 bilhão no mercado, considerando o teto da faixa de preço estimado para oferta, de R$ 19 a R$ 25.

Fontes ligadas à operação afirmaram ao Estado que a companhia está em processo de "road show", apresentação da oferta para investidores, mas ainda há resistência de parte desses potenciais interessados.

De acordo com o último prospecto divulgado pela Alliar, a companhia pretende distribuir inicialmente 30,7 milhões de ações ordinárias, que serão divididas em uma oferta primária (com 13,9 milhões de ações) e outra secundária (de 16,7 milhões de ações).

Na prática, isso significa que, se todos aderirem à oferta, apenas cerca de R$ 300 milhões do total levantado, relativos à oferta primária, iriam para o caixa da empresa.

O restante iria para o bolso dos acionistas . Os recursos destinados para o caixa da empresa serão usados para expansão orgânica do laboratório de diagnóstico.

Entre os acionistas vendedores na oferta secundária estão o fundo Kinea, do Itaú Unibanco, e os cerca de 80 médicos sócios da companhia. Com isso, considerando um cenário de adesão total (incluindo lotes adicionais), o Pátria, que criou o Alliar, reduziria sua participação dos atuais 25,4% para 22,4%. A fatia do Kinea sairia de 7% para 1,6% ao final da oferta. Os médicos também seriam diluídos.

A apresentação aos potenciais investidores vai até o dia 26 deste mês e a expectativa é de que o Alliar faça sua estreia no Novo Mercado da Bolsa no dia 28 de outubro.

Aquisições

Com um faturamento de cerca de R$ 950 milhões em 2015, o Alliar tem crescido nos últimos anos por meio de aquisições e já é o terceiro maior laboratório do País, atrás do Dasa e do Fleury. A empresa estaria olhando, segundo fontes, novos ativos no Rio de Janeiro e cidades do interior de Minas Gerais. Procurada, a Alliar não se manifestou sobre o assunto.

Neste primeiro semestre, a empresa registrou receita líquida de R$ 438,8 milhões, alta de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de unidades de atendimento chegou a 104 no fim de junho, ante 86 nos primeiros seis meses de 2015.

Em um dos setores que sofrem menos impacto com a crise econômica, o Alliar tem como referência de mercado o laboratório Fleury. "Embora o Fleury tenha uma atuação mais diversificada, o Alliar se espelha no modelo do concorrente brasileiro para tentar atrair investidores", disse uma fonte do mercado financeiro.

No entanto, há alguns pontos frágeis na companhia que podem limitar a entrada de investidores. Um deles é a questão societária da empresa. É que, além do Pátria, fundador do grupo, há cerca de 80 médicos acionistas na companhia. A outra questão é se a margem de lucro do negócio é sustentável, afirmou outra fonte ouvida pelo Estado.

Otimismo

A melhora do cenário econômico abriu uma janela para as empresas irem à Bolsa. Fontes de bancos de investimento afirmaram que nas últimas semanas o movimento tem sido intenso, o que abre espaço para que outras empresas possam ir para a Bolsa ainda este ano.

Além da Alliar, a Log Comercial, controlada da MRV, está com pedido de oferta em análise junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas ainda precisa atualizar seu prospecto para poder aproveitar a janela de outubro. A última oferta na Bolsa foi da Par Corretora há 15 meses. Em 2014, só a empresa Ourofino, do setor veterinário, abriu o capital.

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De acordo com o último prospecto divulgado pela Alliar, a companhia pretende distribuir inicialmente 30,7 milhões de ações ordinárias, que serão divididas em uma oferta primária (com 13,9 milhões de ações) e outra secundária (de 16,7 milhões de ações).

Na prática, isso significa que, se todos aderirem à oferta, apenas cerca de R$ 300 milhões do total levantado, relativos à oferta primária, iriam para o caixa da empresa.

O restante iria para o bolso dos acionistas . Os recursos destinados para o caixa da empresa serão usados para expansão orgânica do laboratório de diagnóstico.

Entre os acionistas vendedores na oferta secundária estão o fundo Kinea, do Itaú Unibanco, e os cerca de 80 médicos sócios da companhia. Com isso, considerando um cenário de adesão total (incluindo lotes adicionais), o Pátria, que criou o Alliar, reduziria sua participação dos atuais 25,4% para 22,4%. A fatia do Kinea sairia de 7% para 1,6% ao final da oferta. Os médicos também seriam diluídos.

A apresentação aos potenciais investidores vai até o dia 26 deste mês e a expectativa é de que o Alliar faça sua estreia no Novo Mercado da Bolsa no dia 28 de outubro.

Aquisições

Com um faturamento de cerca de R$ 950 milhões em 2015, o Alliar tem crescido nos últimos anos por meio de aquisições e já é o terceiro maior laboratório do País, atrás do Dasa e do Fleury. A empresa estaria olhando, segundo fontes, novos ativos no Rio de Janeiro e cidades do interior de Minas Gerais. Procurada, a Alliar não se manifestou sobre o assunto.

Neste primeiro semestre, a empresa registrou receita líquida de R$ 438,8 milhões, alta de 31,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de unidades de atendimento chegou a 104 no fim de junho, ante 86 nos primeiros seis meses de 2015.

Em um dos setores que sofrem menos impacto com a crise econômica, o Alliar tem como referência de mercado o laboratório Fleury. "Embora o Fleury tenha uma atuação mais diversificada, o Alliar se espelha no modelo do concorrente brasileiro para tentar atrair investidores", disse uma fonte do mercado financeiro.

No entanto, há alguns pontos frágeis na companhia que podem limitar a entrada de investidores. Um deles é a questão societária da empresa. É que, além do Pátria, fundador do grupo, há cerca de 80 médicos acionistas na companhia. A outra questão é se a margem de lucro do negócio é sustentável, afirmou outra fonte ouvida pelo Estado.

Otimismo

A melhora do cenário econômico abriu uma janela para as empresas irem à Bolsa. Fontes de bancos de investimento afirmaram que nas últimas semanas o movimento tem sido intenso, o que abre espaço para que outras empresas possam ir para a Bolsa ainda este ano.

Além da Alliar, a Log Comercial, controlada da MRV, está com pedido de oferta em análise junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas ainda precisa atualizar seu prospecto para poder aproveitar a janela de outubro. A última oferta na Bolsa foi da Par Corretora há 15 meses. Em 2014, só a empresa Ourofino, do setor veterinário, abriu o capital.

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