IOF atrapalha emissões de ações de pequenas empresas, diz BM&Fbovespa
Para o presidente da bolsa, Edemir Pinto, governo precisa mudar a legislação para incentivar novas aberturas de capital
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2010 às 10h10.
São Paulo – O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), debitado na entrada de recursos estrangeiros no país precisa ser removido para incentivar a abertura de capital das pequenas e médias empresas na bolsa brasileira, disse hoje o presidente da BM&Fbovespa, Edemir Pinto, durante a cerimônia que marca o início das negociações dos novos papéis da Petrobras.
"Não faz sentido a existência desse custo”, explicou o executivo em discurso direcionado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também presente ao evento. "O imposto afeta as empresas de pequeno e médio porte que poderiam estar acessando a bolsa de valores", ressalta.
Segundo ele, seria desejável mudar a maneira de tributar a operação de ações de taxar cada negociação para incentivar o reinvestimento nas companhias. "Temos uma meta de atrair mais 200 companhias na bolsa, o que é uma meta modesta.. Acreditamos que os custos regulatórios e tributos deveriam ser reduzidos, especialmente para as pequenas e médias, para incentivar os empreendedores do país", destacou.
O presidente destacou ainda que seria desejável mudar a maneira de tributar as negociações de ações para incentivar o reinvestimento nas companhias.
Vale destacar que as novas ações da Petrobras começarão a ser negociadas hoje na bolsa de Nova York (NYSE). O preço de emissão das ADSs (American Depositary Shares) foi fixado em 34,49 dólares para os papéis representativos das ações ordinárias e em30,49 dólares para as preferenciais.
A quantidade de ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 187,997,094 ações, equivalentes a até 5% da oferta. Os papéis começam a ser negociados na BM&F Bovespa na segunda-feira.