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Investidor ainda não precificou o crescimento da Marisa, diz Credit Suisse

Preocupações com a inflação não deveriam afetar o desempenho dos papéis, afirmam analistas

As ações da Marisa têm alta de 33% no ano (Marisa)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 16h38.

São Paulo – Os investidores ainda não entenderam e deixaram de colocar no preço das ações o potencial de aceleração do crescimento das operações da Marisa ( AMAR3 ), avalia o Credit Suisse em um relatório.

Os analistas Claudio Lensing, Gustavo Wigman, Paulo Albano e Antonio Gonzalez reiteraram a recomendação de desempenho acima da média (outperform) das ações da varejista de vestuário. O preço-alvo é de 28 reais, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 30%.

Após um encontro com a administração da Marisa e investidores nos últimos dias, o banco notou que a atenção estava voltada para três temas. O primeiro é o ambiente para o consumidor brasileiro e a aceleração potencial nos próximos trimestres, depois vem a evolução do plano de eficiência anunciado no final do ano passado e, por fim, o efeito líquido da redução nos spreads de crédito no médio prazo.

“De uma forma geral, acreditamos que os níveis atuais de preço oferecem aos investidores um ponto de entrada interessante diante de uma aceleração macro cíclica, que coincide como uma maturação da área de vendas e um orçamento menor de custos”, dizem.

Segundo os analistas, a empresa negocia na bolsa a um desconto de 20% em relação aos papéis da Hering ( HGTX3 ) e Lojas Renner ( LREN3 ) quando considerado os múltiplos do preço da ação sobre o lucro projetado para 2013.

Economia

Segundo o banco, os investidores não deveriam se preocupar com as pressões inflacionárias.


Os analistas lembram que os preços dos alimentos, que são um fator chave para o poder de compra das pessoas com baixos salários, continuam controlados no médio prazo. Além disso, com os grandes aumentos nos salários mínimos e uma aceleração real no valor dos salários, o cenário continua construtivo, principalmente para o segundo semestre.

Eficiência

Além de cortar custos indiretos no final do ano passado, o Credit Suisse ressalta que a empresa está operando com um orçamento curto para o ano. Os gastos com vendas gerais e administrativas por metro quadrado caíram 6% na passagem anual no trimestre encerrado em março.

O potencial, contudo, é muito maior, ressaltam os analistas. A Marisa está ainda aumentando a disponibilidade de produtos, principalmente com a introdução de sapatos. Os novos produtos deverão chegar a 100 lojas até o final do ano.

Queda nos juros

O Credit Suisse não espera um impacto nas receitas com spreads menores na área de serviços financeiros no curto prazo. E, além disso, a empresa poderia aumentar ainda mais a oferta desse tipo de serviços em suas lojas.

Os analistas calcularam que para uma queda de 100 pontos-base na margem de juros do portfólio de crédito pessoal e private label da Marisa, e com todas as outras estimativas iguais, o Ebitda de serviços financeiros esperado para 2013 cairia entre 12% e 13%, o Ebitda consolidado de 4% a 5% e o lucro líquido entre 6% a 7%. Os analistas não consideraram um potencial efeito nos volumes a partir de taxas mais competitivas.

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São Paulo – Os investidores ainda não entenderam e deixaram de colocar no preço das ações o potencial de aceleração do crescimento das operações da Marisa ( AMAR3 ), avalia o Credit Suisse em um relatório.

Os analistas Claudio Lensing, Gustavo Wigman, Paulo Albano e Antonio Gonzalez reiteraram a recomendação de desempenho acima da média (outperform) das ações da varejista de vestuário. O preço-alvo é de 28 reais, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 30%.

Após um encontro com a administração da Marisa e investidores nos últimos dias, o banco notou que a atenção estava voltada para três temas. O primeiro é o ambiente para o consumidor brasileiro e a aceleração potencial nos próximos trimestres, depois vem a evolução do plano de eficiência anunciado no final do ano passado e, por fim, o efeito líquido da redução nos spreads de crédito no médio prazo.

“De uma forma geral, acreditamos que os níveis atuais de preço oferecem aos investidores um ponto de entrada interessante diante de uma aceleração macro cíclica, que coincide como uma maturação da área de vendas e um orçamento menor de custos”, dizem.

Segundo os analistas, a empresa negocia na bolsa a um desconto de 20% em relação aos papéis da Hering ( HGTX3 ) e Lojas Renner ( LREN3 ) quando considerado os múltiplos do preço da ação sobre o lucro projetado para 2013.

Economia

Segundo o banco, os investidores não deveriam se preocupar com as pressões inflacionárias.


Os analistas lembram que os preços dos alimentos, que são um fator chave para o poder de compra das pessoas com baixos salários, continuam controlados no médio prazo. Além disso, com os grandes aumentos nos salários mínimos e uma aceleração real no valor dos salários, o cenário continua construtivo, principalmente para o segundo semestre.

Eficiência

Além de cortar custos indiretos no final do ano passado, o Credit Suisse ressalta que a empresa está operando com um orçamento curto para o ano. Os gastos com vendas gerais e administrativas por metro quadrado caíram 6% na passagem anual no trimestre encerrado em março.

O potencial, contudo, é muito maior, ressaltam os analistas. A Marisa está ainda aumentando a disponibilidade de produtos, principalmente com a introdução de sapatos. Os novos produtos deverão chegar a 100 lojas até o final do ano.

Queda nos juros

O Credit Suisse não espera um impacto nas receitas com spreads menores na área de serviços financeiros no curto prazo. E, além disso, a empresa poderia aumentar ainda mais a oferta desse tipo de serviços em suas lojas.

Os analistas calcularam que para uma queda de 100 pontos-base na margem de juros do portfólio de crédito pessoal e private label da Marisa, e com todas as outras estimativas iguais, o Ebitda de serviços financeiros esperado para 2013 cairia entre 12% e 13%, o Ebitda consolidado de 4% a 5% e o lucro líquido entre 6% a 7%. Os analistas não consideraram um potencial efeito nos volumes a partir de taxas mais competitivas.

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