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Wall Street têm pior semana do ano com dados de emprego

Houve desaceleração na criação de empregos nos Estados Unidos, suscitando dúvidas no mercado financeiro sobre o crescimento americano

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 18h58.

Nova York - Os principais índices acionários norte-americanos fecharam nesta sexta-feira sua pior semana no ano, com uma forte liquidação após a desaceleração na criação de empregos nos Estados Unidos, suscitando dúvidas no mercado quanto às perspectivas de crescimento do país.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,27 por cento, para 13.038 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,61 por cento, para 1.369 pontos. E o termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,25 por cento, para 2.956 pontos.

Na semana, o Dow Jones acumulou queda de 1,4 por cento, enquanto o S&P 500 recuou 2,4 por cento e o Nasdaq perdeu 3,7 por cento. Com isso, o S&P 500 registrou sua pior desvalorização semanal desde dezembro de 2011, e o Nasdaq, a maior queda desde novembro no mesmo período de comparação.

A pior performance nesta sexta-feira coube aos papéis ligados à área de energia, com o índice S&P do setor em baixa de 2,2 por cento, em meio a temores de que a demanda poderia ser minada com a piora da economia.

Os contratos futuros do petróleo nos EUA, por exemplo, fecharam com queda de quase 4 por cento nesta sexta-feira.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho norte-americano informou que empregadores acrescentaram apenas 115 mil vagas a suas folhas de pagamento no mês passado. A taxa de desemprego atingiu a mínima de três anos de 8,1 por cento.

A expectativa do mercado era de abertura de 170 mil vagas, e economistas previam que a taxa de desemprego ficasse em 8,2 por cento.

O recuo acentuado nesta semana nos índices dos EUA representou um golpe para os investidores que esperavam que o S&P atingisse novos patamares de recuperação. O índice está agora se distanciando do nível de 1.400 pontos depois de tentar, sem sucesso, superar essa barreira.

"Quando entramos no segundo trimestre, pensamos que seria um período de consolidação/correção para o mercado simplesmente porque ele estava sobrecomprado ... e nós vimos que as economias não estavam melhorando, e esse ainda é o caso", afirmou o estrategista-chefe de investimentos da Robert W. Baird & Co em Nashville, Bruce Bittles.

Investidores também se mostraram cautelosos com o segundo turno das eleições francesas e o pleito grego, ambos no domingo, enquanto formuladores de políticas europeus se esforçam para colocar um ponto final na crise da dívida da região e nos protestos populares contra as medidas de austeridade.

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