Índices europeus têm maior recuo em 3 meses por causa dos EUA
Ações de empresas de tecnologia caíram diante dos sinais de desaceleração da demanda da indústria de semicondutores
Reuters
Publicado em 10 de outubro de 2018 às 14h27.
Última atualização em 10 de outubro de 2018 às 14h27.
Londres - Nesta quarta-feira, 10, os índices acionários europeus tiveram seu pior dia desde junho, com preocupações com o aumento dos rendimentos da dívida nos EUA afetando os mercados acionários em todo o mundo, enquanto as ações de tecnologia caíram diante dos sinais de desaceleração da demanda da indústria de semicondutores.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 1,57 por cento, a 1.443 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 1,61 por cento, a 367 pontos, para o menor nível desde 4 de abril.
Os índices acionários dos Estados Unidos também apresentavam uma queda acentuada, conforme os rendimentos dos Treasuries subiam para a máxima de quase sete anos.
"Os aumentos nos rendimentos têm sido especialmente rápidos... Um movimento tão acentuado sempre foi complicado para ações digerirem", disseram estrategistas do Goldman Sachs.
O setor de tecnologia recuou 4,3 por cento, registrando seu pior dia desde o referendo do Brexit , com os investidores vendendo os papéis do setor diante de sinais de um enfraquecimento da demanda por chips.
A fabricante de chips austríaca AMS caiu 5,9 por cento e a STMicroelectronics recuou 5,8 por cento depois que o VAT Group informou que está reduzindo o horário de trabalho em uma de suas fábricas devido à queda na demanda dos fabricantes de chips.
As ações do grupo VAT recuaram 10,3 por cento.
PRINCIPAIS ÍNDICES
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,27 por cento, a 7.145 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,95 por cento, a 11.729 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,11 por cento, a 5.206 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,71 por cento, a 19.719 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,05 por cento, a 9.162 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,19 por cento, a 5.035 pontos.