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Ibovespa cai 1,3% com pressão do cenário externo e elétricas

Os papeis da Eletrobras despencaram 9,35 por cento em meio a uma queda generalizada de ações do setor elétrico

Bovespa: o principal índice da bolsa registrou queda de 1,3 por cento ao fim das negociações desta terça-feira, fazendo com que os ganhos do ano caíssem para 0,3 por cento (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 21h36.

O principal índice brasileiro de ações encerrou os negócios desta terça-feira em queda, pressionado pelo clima de cautela no exterior e por um cenário que muitos analistas consideram "crítico" para o setor elétrico brasileiro.

O Ibovespa perdeu 1,3 por cento, a 61.127 pontos.

Com o novo recuo, o índice reduziu os ganhos acumulados no ano para 0,3 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,45 bilhões de reais.

Companhias elétricas voltaram a liderar as perdas do índice, com destaque para a estatal federal Eletrobras, cuja preferencial classe B afundou 9,35 por cento, a 9,69 reais.

Essa foi a pior queda diária de fechamento desde 21 de novembro, quando o papel derreteu 20 por cento, com o mercado temendo os impactos da renovação antecipada de concessões do setor.

Desta vez, a preocupação é com a situação crítica dos reservatórios de hidrelétricas e a escassez de chuvas, o que tem motivado o mercado a especular sobre a possibilidade de racionamento de energia, o que implicaria em perda de receita para companhias do setor.

O governo nega a hipótese. Nas últimas 42 horas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o secretário-executivo do Ministério, Márcio Zimmermann, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartaram um racionamento de energia no país.

O clima externo negativo também pesou na Bovespa, com investidores mais cautelosos à espera do início da temporada de balanços do quarto trimestre.

"Se os resultados corporativos acompanharem o crescimento da economia no Brasil e no mundo, fica difícil imaginar que teremos balanços muito bons pela frente", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ariovaldo Santos, em São Paulo.


"Eu estava começando a ficar otimista com a bolsa nos primeiros dois dias do ano, mas já estou mais pessimista de novo", disse Santos. "Não temos notícias boas o suficiente para alimentar e firmar uma alta da bolsa."

Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras caiu 2,89 por cento, a 19,50 reais. OGX teve baixa de 4,36 por cento, a 4,83 reais. A preferencial da mineradora Vale perdeu 0,62 por cento, a 40,10 reais.

Em sentido oposto, o setor bancário foi o destaque positivo da sessão. Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch recomendaram redução de exposição a ações de segmentos industriais do Brasil e substituição de parte destes papéis por ações de companhias do setor financeiro.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha queda de 0,4 por cento às 18h28 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 perdia 0,3 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em baixa de 0,12 por cento. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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O principal índice brasileiro de ações encerrou os negócios desta terça-feira em queda, pressionado pelo clima de cautela no exterior e por um cenário que muitos analistas consideram "crítico" para o setor elétrico brasileiro.

O Ibovespa perdeu 1,3 por cento, a 61.127 pontos.

Com o novo recuo, o índice reduziu os ganhos acumulados no ano para 0,3 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 7,45 bilhões de reais.

Companhias elétricas voltaram a liderar as perdas do índice, com destaque para a estatal federal Eletrobras, cuja preferencial classe B afundou 9,35 por cento, a 9,69 reais.

Essa foi a pior queda diária de fechamento desde 21 de novembro, quando o papel derreteu 20 por cento, com o mercado temendo os impactos da renovação antecipada de concessões do setor.

Desta vez, a preocupação é com a situação crítica dos reservatórios de hidrelétricas e a escassez de chuvas, o que tem motivado o mercado a especular sobre a possibilidade de racionamento de energia, o que implicaria em perda de receita para companhias do setor.

O governo nega a hipótese. Nas últimas 42 horas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o secretário-executivo do Ministério, Márcio Zimmermann, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartaram um racionamento de energia no país.

O clima externo negativo também pesou na Bovespa, com investidores mais cautelosos à espera do início da temporada de balanços do quarto trimestre.

"Se os resultados corporativos acompanharem o crescimento da economia no Brasil e no mundo, fica difícil imaginar que teremos balanços muito bons pela frente", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ariovaldo Santos, em São Paulo.


"Eu estava começando a ficar otimista com a bolsa nos primeiros dois dias do ano, mas já estou mais pessimista de novo", disse Santos. "Não temos notícias boas o suficiente para alimentar e firmar uma alta da bolsa."

Dentre as blue chips, a preferencial da Petrobras caiu 2,89 por cento, a 19,50 reais. OGX teve baixa de 4,36 por cento, a 4,83 reais. A preferencial da mineradora Vale perdeu 0,62 por cento, a 40,10 reais.

Em sentido oposto, o setor bancário foi o destaque positivo da sessão. Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch recomendaram redução de exposição a ações de segmentos industriais do Brasil e substituição de parte destes papéis por ações de companhias do setor financeiro.

Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha queda de 0,4 por cento às 18h28 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 perdia 0,3 por cento. Mais cedo, o principal índice europeu de ações fechou em baixa de 0,12 por cento. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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