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Ibovespa abre março em queda, após PIB abaixo do esperado

Os interesses perderam o apetite por risco na sessão desta sexta-feira com o desempenho fraco da economia, que cresceu somente 0,9 por cento em 2012

Bovespa: Vale, MMX e OGX contribuíram para as perdas do Ibovespa no pregão de hoje (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 18h30.

O principal índice acionário da Bovespa iniciou março no campo negativo, após fracos dados econômicos no Brasil e no exterior terem reforçado preocupações com as perspectivas de recuperação da atividade global.

O Ibovespa caiu 0,94 por cento, a 56.883 pontos, após ter acumulado baixa de 3,91 por cento em fevereiro --no pior desempenho mensal desde maio. O giro financeiro do pregão foi de 7,46 bilhões de reais.

O fraco desempenho da economia brasileira no ano passado minou o apetite de investidores por risco. Embora tenha mostrado alguma recuperação no quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2012 com crescimento anual de apenas 0,9 por cento, o pior resultado em três anos.

"Esse número não é bom. Estamos com um PIB fraco e ao mesmo tempo estamos tendo um problema de inflação. Isso é preocupante, muito ruim para o mercado", disse o economista-chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.

Dados fracos de atividade industrial de China e Europa também pesaram nos mercados, somando-se a preocupações com o impasse político na Itália e cortes automáticos de gastos públicos nos Estados Unidos, no total de 85 bilhões de dólares, que entraram em vigor nesta sexta-feira.

Apesar disso, a inesperada melhora da indústria e do sentimento dos consumidores nos Estados Unidos trouxe alívio a Wall Street, ajudando os principais índices a reverter as perdas verificadas no início do pregão.

Por aqui, a preferencial da mineradora Vale pesou no índice, com queda de 3,56 por cento, a 35,25 reais, devolvendo os ganhos verificados na véspera, após a divulgação dos resultados da companhia no quarto trimestre.

MMX, mineradora controlada pelo empresário Eike Batista, foi a principal baixa do índice, com queda de 5,69 por cento, a 3,15 reais.

A petrolífera OGX, também do grupo de Eike, caiu 3,49 por cento, a 3,04 reais, diante de desconfianças do mercado sobre as perspectivas para as companhias do grupo.

Ainda no setor de petróleo e gás, a preferencial da estatal Petrobras teve alta de 1,75 por cento, a 16,90 reais.

Papéis de bancos também tiveram um dia de ganhos, com destaque para Banco do Brasil e Bradesco, que subiram 1,82 e 1,22 por cento, respectivamente.

Foi anunciado nesta sexta-feira que o Brasil permitirá que os bancos utilizem créditos tributários e letras financeiras em períodos de crise para compor o capital prudencial, dentro do cronograma de implementação de Basileia 3. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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O principal índice acionário da Bovespa iniciou março no campo negativo, após fracos dados econômicos no Brasil e no exterior terem reforçado preocupações com as perspectivas de recuperação da atividade global.

O Ibovespa caiu 0,94 por cento, a 56.883 pontos, após ter acumulado baixa de 3,91 por cento em fevereiro --no pior desempenho mensal desde maio. O giro financeiro do pregão foi de 7,46 bilhões de reais.

O fraco desempenho da economia brasileira no ano passado minou o apetite de investidores por risco. Embora tenha mostrado alguma recuperação no quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2012 com crescimento anual de apenas 0,9 por cento, o pior resultado em três anos.

"Esse número não é bom. Estamos com um PIB fraco e ao mesmo tempo estamos tendo um problema de inflação. Isso é preocupante, muito ruim para o mercado", disse o economista-chefe da Corretora Souza Barros, Clodoir Vieira.

Dados fracos de atividade industrial de China e Europa também pesaram nos mercados, somando-se a preocupações com o impasse político na Itália e cortes automáticos de gastos públicos nos Estados Unidos, no total de 85 bilhões de dólares, que entraram em vigor nesta sexta-feira.

Apesar disso, a inesperada melhora da indústria e do sentimento dos consumidores nos Estados Unidos trouxe alívio a Wall Street, ajudando os principais índices a reverter as perdas verificadas no início do pregão.

Por aqui, a preferencial da mineradora Vale pesou no índice, com queda de 3,56 por cento, a 35,25 reais, devolvendo os ganhos verificados na véspera, após a divulgação dos resultados da companhia no quarto trimestre.

MMX, mineradora controlada pelo empresário Eike Batista, foi a principal baixa do índice, com queda de 5,69 por cento, a 3,15 reais.

A petrolífera OGX, também do grupo de Eike, caiu 3,49 por cento, a 3,04 reais, diante de desconfianças do mercado sobre as perspectivas para as companhias do grupo.

Ainda no setor de petróleo e gás, a preferencial da estatal Petrobras teve alta de 1,75 por cento, a 16,90 reais.

Papéis de bancos também tiveram um dia de ganhos, com destaque para Banco do Brasil e Bradesco, que subiram 1,82 e 1,22 por cento, respectivamente.

Foi anunciado nesta sexta-feira que o Brasil permitirá que os bancos utilizem créditos tributários e letras financeiras em períodos de crise para compor o capital prudencial, dentro do cronograma de implementação de Basileia 3. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)

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