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Impeachment de Trump? História sugere que mercado não deveria se preocupar

Possível queda precisa passar pelo Senado, onde a maioria é do mesmo partido do presidente americano

Donald Trump: com maioria no Senado, presidente americano tem pouca chance de ser expulso do cargo (Tom Pennington / Equipa/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 13h21.

Última atualização em 25 de setembro de 2019 às 16h53.

A iniciativa dos democratas no Congresso dos Estados Unidos na terça-feira de iniciar um inquérito formal de impeachment contra o presidente Donald Trump causou nervosismo em Wall Street , mas a história sugere que os investidores não precisam se preocupar.

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, anunciou uma investigação sobre os relatos de que Trump procurou ajuda estrangeira para prejudicar um rival político. O índice S&P 500 fechou em queda de 0,84% na terça-feira, afetado em parte pela antecipação do anúncio de Pelosi.

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Embora a incerteza criada pela ação tenha afetado o mercado, os investidores disseram que a guerra comercial entre EUA e China e os danos que ela pode causar à economia global continuam sendo os problemas mais urgentes.

A remoção de Trump, um republicano, de seu cargo parece improvável, pois exigiria que o Senado --controlado pelos republicanos-- o condenasse em um julgamento por maioria de dois terços.

"Isso não vai acontecer, um Senado republicano condenar um presidente republicano em exercício", disse o vice-presidente sênior da BB&T Wealth Management, Bucky Hellwig, caracterizando a tentativa de impeachment de 1998 do presidente Bill Clinton como "insignificante".

Wall Street caiu e o dólar despencou nos meses que antecederam a renúncia do presidente Richard Nixon em 1974, quando ele estava sob ameaça de impeachment devido ao escândalo de Watergate.

Mas essa volatilidade do mercado também enfrentou as consequências da decisão de Nixon de suspender a conversibilidade do dólar em ouro e uma recessão após uma crise do petróleo no final de 1973, segundo John Normand, do JPMorgan.

Após uma volatilidade inicial, Wall Street também resistiu ao processo de impeachment de Clinton em 1998. O então presidente foi mais tarde absolvido pelo Senado.

O S&P 500 caiu 10% nos 11 dias úteis até 8 de outubro de 1998, quando foram enviados à Câmara os artigos do impeachment de Clinton. Mas o índice recuperou essas perdas até 21 de outubro e continuou subindo no resto do ano, encerrando 1998 em alta de 27%.

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