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Impasse em guerra comercial também puxará Ibovespa para baixo?

Acordo entre Estados Unidos e China pode ficar para o ano que vem, o que levou índices asiáticos a caírem nesta quinta

Bolsas chinesas: mercados na Ásia fecharam em baixa nesta quinta-feira (VCG/VCG/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 07h25.

Última atualização em 21 de novembro de 2019 às 07h30.

São Paulo — No vaivém do acordo comercial entre China e Estados Unidos, a quinta-feira tende a ser um dia de pessimismo. Declarações dos dois lados aumentaram as suspeitas de que um acordo deve ficar para o ano que vem, ampliando os temores de investidores em todo o mundo.

Esta nova leva de pessimismo derrubou as bolsas americanas, ontem, e os índices asiáticos, hoje, e deve puxar para baixo o Ibovespa nesta quinta-feira, após o feriado pela Consciência Negra.

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O ministro chinês do comércio, Gao Feng, afirmou nesta quinta-feira que vai se esforçar por um acordo com os americanos e pela manutenção dos canais abertos entre os dois países. Mas a fala foi vista como nova tentativa de afastar as tensões sobre negociações que não evoluem. Na quarta-feira, segundo a agência Bloomberg, o principal negociador chinês, o vice-premier Liu He, afirmou que seguir confuso com as demandas americanas.

O novo impasse envolve Hong Kong , palco há cinco meses de manifestações por liberdade. Na quarta-feira Pequim requeriu ao principal diplomata americano na ilha que Washington se recuse a expressar apoio aos manifestantes, agora entrincheirados na universidade politécnica.

Em visita a uma fábrica a Apple, ontem, Donald Trump, claro, culpou os chineses pelos impasses nas negociações. "Não acredito que eles estejam se comprometendo no nível que eu gostaria", afirmou o presidente americano. Em 15 de dezembro entra em vigor um nova leva de tarifas americanas sobre 156 bilhões de dólares em produtos chineses, incluindo eletrônicos usualmente comprados como presentes de natal.

Para analistas americanos, Trump pode mudar de postura caso as chances de sua reeleição, no ano que vem. Ele enfrenta crescentes desafios na economia, que perde tração apesar dos recordes nas bolsas e do desemprego na menor taxa da história. E também vem sendo pressionado pelo avanço nas investigações do impeachment. Ontem, este foi um dos principais temas de um debate entre pré-candidatos democratas. A divisão na oposição, até aqui, tem jogado a favor do presidente americano.

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