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Ibovespa volta ao azul no ano com especulações econômicas

O desempenho nesta sessão colocava o Ibovespa novamente no campo positivo no acumulado do ano, pouco, mas no azul, com acréscimo de 0,45%

Bovespa: às 15h22, o principal índice da bolsa paulista subia 2,44%, a 51.738 pontos (Yasuyoshi/AFP Photo)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 14h38.

São Paulo - A bolsa brasileira seguia em alta na tarde desta terça-feira, em sessão influenciada por expectativas sobre o futuro ministro da Fazenda e com a cena externa positiva, recuperando parte das perdas da véspera após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Às 15h22, o principal índice da bolsa paulista subia 2,44 por cento, a 51.738 pontos. O volume financeiro do pregão somava 5,9 bilhões de reais.

O desempenho nesta sessão colocava o Ibovespa novamente no campo positivo no acumulado do ano, pouco, mas no azul, com acréscimo de 0,45 por cento.

Em dólar, o índice ainda registra queda em 2014, de 4,5 por cento.

Dados sobre o capital externo na Bovespa mostraram nesta terça-feira que o saldo voltou a ficar positivo em outubro até o dia 24, com sete pregões seguidos de entradas líquidas.

Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,55 por cento, com fortes resultados corporativos e recuperação da confiança do consumidor, que ofuscaram dados mais fracos que o esperado de vendas de imóveis e do setor industrial.

Profissionais do mercado ouvidos pela Reuters também citavam expectativas de novas medidas para a economia brasileira, particularmente após Dilma, em entrevista à TV Globo, prometer que novas medidas serão tomadas a partir de novembro, depois de um amplo diálogo com setores produtivos e financeiros.

"Ela sinalizou que pensa em mudar, o mercado vai voltar e aguardar", disse o operador de renda variável de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado.

Quanto à substituição de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, saíram na mídia nomes como do presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, do ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa e do ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão.

"O mercado estava muito pessimista com a chance de reeleição de Dilma, com motivos como o desempenho fraco da economia, e quando aparece a possibilidade de vir uma inesperada notícia boa, como Meirelles na Fazenda, o mercado corrige", avaliou o gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos.

As ações da Petrobras mostravam algum alívio, após recuarem dois dígitos na véspera, com as preferenciais em alta de 3,36 por cento e as ordinárias ganhando 3,09 por cento.

Também repercutiu cedo notícia do jornal O Estado de S.Paulo, de que o governo federal está perto de autorizar um aumento nos preços de combustíveis para a companhia.

O BTG Pactual acha que um reajuste é improvável neste momento e mesmo se vier seria bem pouco e não deveria trazer grande impacto no preço da ação.

"Se não reduzir investimento, achamos que a piora do balanço continua mesmo com paridade de importação", afirmou o BTG em nota a clientes.

Ainda entre as estatais, Eletrobras e Banco do Brasil também estavam no azul.

A queda do dólar frente ao real, enquanto isso, amparava a correção de baixa em papéis que ocuparam a ponta de alta na véspera, com destaque para o setor de papel e celulose e outras exportadoras, enquanto ajudava GOL.

O papel da companhia aérea ainda teve sua recomendação pela Raymon James elevada para "outperform" (acima da média do mercado), ante "market perform" (na média do mercado).

No caso de Klabin, a empresa reportou antes da abertura da bolsa queda de 96 por cento no lucro na comparação anual, diante de maiores perdas com variações cambiais.

Também da safra de balanços, Duratex subia apenas 0,5 por cento após o lucro do terceiro trimestre cair pela metade ante igual período do ano passado, sob o peso de vendas fracas e maiores despesas operacionais e financeiras.

Após o fechamento do mercado, CCR, que estava entre as maiores altas do índice, e Cielo divulgam seus números referentes ao período de julho a setembro.

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São Paulo - A bolsa brasileira seguia em alta na tarde desta terça-feira, em sessão influenciada por expectativas sobre o futuro ministro da Fazenda e com a cena externa positiva, recuperando parte das perdas da véspera após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Às 15h22, o principal índice da bolsa paulista subia 2,44 por cento, a 51.738 pontos. O volume financeiro do pregão somava 5,9 bilhões de reais.

O desempenho nesta sessão colocava o Ibovespa novamente no campo positivo no acumulado do ano, pouco, mas no azul, com acréscimo de 0,45 por cento.

Em dólar, o índice ainda registra queda em 2014, de 4,5 por cento.

Dados sobre o capital externo na Bovespa mostraram nesta terça-feira que o saldo voltou a ficar positivo em outubro até o dia 24, com sete pregões seguidos de entradas líquidas.

Em Nova York, o S&P 500 avançava 0,55 por cento, com fortes resultados corporativos e recuperação da confiança do consumidor, que ofuscaram dados mais fracos que o esperado de vendas de imóveis e do setor industrial.

Profissionais do mercado ouvidos pela Reuters também citavam expectativas de novas medidas para a economia brasileira, particularmente após Dilma, em entrevista à TV Globo, prometer que novas medidas serão tomadas a partir de novembro, depois de um amplo diálogo com setores produtivos e financeiros.

"Ela sinalizou que pensa em mudar, o mercado vai voltar e aguardar", disse o operador de renda variável de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ter o nome citado.

Quanto à substituição de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, saíram na mídia nomes como do presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, do ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa e do ex-presidente do Banco do Brasil Rossano Maranhão.

"O mercado estava muito pessimista com a chance de reeleição de Dilma, com motivos como o desempenho fraco da economia, e quando aparece a possibilidade de vir uma inesperada notícia boa, como Meirelles na Fazenda, o mercado corrige", avaliou o gestor Joaquim Kokudai, da Effectus Investimentos.

As ações da Petrobras mostravam algum alívio, após recuarem dois dígitos na véspera, com as preferenciais em alta de 3,36 por cento e as ordinárias ganhando 3,09 por cento.

Também repercutiu cedo notícia do jornal O Estado de S.Paulo, de que o governo federal está perto de autorizar um aumento nos preços de combustíveis para a companhia.

O BTG Pactual acha que um reajuste é improvável neste momento e mesmo se vier seria bem pouco e não deveria trazer grande impacto no preço da ação.

"Se não reduzir investimento, achamos que a piora do balanço continua mesmo com paridade de importação", afirmou o BTG em nota a clientes.

Ainda entre as estatais, Eletrobras e Banco do Brasil também estavam no azul.

A queda do dólar frente ao real, enquanto isso, amparava a correção de baixa em papéis que ocuparam a ponta de alta na véspera, com destaque para o setor de papel e celulose e outras exportadoras, enquanto ajudava GOL.

O papel da companhia aérea ainda teve sua recomendação pela Raymon James elevada para "outperform" (acima da média do mercado), ante "market perform" (na média do mercado).

No caso de Klabin, a empresa reportou antes da abertura da bolsa queda de 96 por cento no lucro na comparação anual, diante de maiores perdas com variações cambiais.

Também da safra de balanços, Duratex subia apenas 0,5 por cento após o lucro do terceiro trimestre cair pela metade ante igual período do ano passado, sob o peso de vendas fracas e maiores despesas operacionais e financeiras.

Após o fechamento do mercado, CCR, que estava entre as maiores altas do índice, e Cielo divulgam seus números referentes ao período de julho a setembro.

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