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Ibovespa tem maior queda em 8 meses por temor sobre Grécia

O Ibovespa fechou em queda de 3,21 por cento, a 57.539 pontos

O giro financeiro do pregão foi de 6,32 bilhões de reais (©AFP / Yasuyoshi Chiba)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 06h35.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão desta segunda-feira com a maior queda em quase oito meses e atingiu o menor patamar de fechamento do ano, com temor sobre o impacto de eventual saída da Grécia da zona do euro para a crise da região.

O Ibovespa fechou em queda de 3,21 por cento, a 57.539 pontos. Esse é o menor patamar de fechamento desde 29 de dezembro, de 56.754 pontos. Foi também a maior queda diária desde 22 de setembro, quando caiu 4,83 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,32 bilhões de reais.

"Na Europa, além da Grécia em si, o que preocupa é o possível contágio da situação grega para outros países como Espanha", afirmou Marc Sauerman, que ajuda a gerir 650 milhões de reais na JMalucelli Investimentos.

O presidente grego dará continuidade aos esforços para formar um governo de coalizão na terça-feira, na tentativa de evitar novas eleições no país, após o pleito inconclusivo realizado no último dia 6.

No entanto, o partido radical de esquerda Syriza disse que manterá posição contra o resgate internacional.


Também na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirá com o novo presidente da França, François Hollande, crítico das políticas de austeridade defendidas por Merkel e defensor de medidas expansionistas para lidar com a crise.

No fim de semana, o partido de Merkel sofreu "amarga" derrota em eleição em um Estado crucial para os rumos políticos da Alemanha.

"A política europeia não é mais tão clara como era antes das eleições na França, agora você tem a Merkel de um lado e Hollande do outro, e ainda não está claro para os investidores qual vai ser a posição do Hollande", disse Sauerman. "Essa será uma semana de alta volatilidade, com tendência de queda." Pela manhã, o dado de produção industrial na Europa mostrou recuo inesperado em março, em mais um sinal de que a recessão na zona do euro pode não ser tão branda como esperada. Investidores aguardam agora o PIB do primeiro trimestre da região, que será divulgado na terça-feira.

O clima de elevada aversão ao risco levou investidores a fugirem dos mercados acionários no mundo todo. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 0,98 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus fechou em baixa de 1,79 por cento.

No Ibovespa, o dia foi de perdas generalizadas, com apenas dois - Ambev e Souza Cruz dos 68 ativos que compõem o índice fechando no campo positivo.

Entre as blue chips, a preferencial da Vale recuou 1,68 por cento, a 37,36 reais, enquanto a preferencial da Petrobras caiu 2,22 por cento, a 18,90 reais. OGX teve queda de 3,97 por cento, a 13,05 reais.

A ação da Brookfield derreteu na sessão e fechou em queda de 14,87 por cento, a 4,18 reais. Esse é o menor preço desde julho de 2009, após a incorporadora ter reportado queda de 94 por cento no lucro do primeiro trimestre, com revisão de custos de obras.

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São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou o pregão desta segunda-feira com a maior queda em quase oito meses e atingiu o menor patamar de fechamento do ano, com temor sobre o impacto de eventual saída da Grécia da zona do euro para a crise da região.

O Ibovespa fechou em queda de 3,21 por cento, a 57.539 pontos. Esse é o menor patamar de fechamento desde 29 de dezembro, de 56.754 pontos. Foi também a maior queda diária desde 22 de setembro, quando caiu 4,83 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,32 bilhões de reais.

"Na Europa, além da Grécia em si, o que preocupa é o possível contágio da situação grega para outros países como Espanha", afirmou Marc Sauerman, que ajuda a gerir 650 milhões de reais na JMalucelli Investimentos.

O presidente grego dará continuidade aos esforços para formar um governo de coalizão na terça-feira, na tentativa de evitar novas eleições no país, após o pleito inconclusivo realizado no último dia 6.

No entanto, o partido radical de esquerda Syriza disse que manterá posição contra o resgate internacional.


Também na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirá com o novo presidente da França, François Hollande, crítico das políticas de austeridade defendidas por Merkel e defensor de medidas expansionistas para lidar com a crise.

No fim de semana, o partido de Merkel sofreu "amarga" derrota em eleição em um Estado crucial para os rumos políticos da Alemanha.

"A política europeia não é mais tão clara como era antes das eleições na França, agora você tem a Merkel de um lado e Hollande do outro, e ainda não está claro para os investidores qual vai ser a posição do Hollande", disse Sauerman. "Essa será uma semana de alta volatilidade, com tendência de queda." Pela manhã, o dado de produção industrial na Europa mostrou recuo inesperado em março, em mais um sinal de que a recessão na zona do euro pode não ser tão branda como esperada. Investidores aguardam agora o PIB do primeiro trimestre da região, que será divulgado na terça-feira.

O clima de elevada aversão ao risco levou investidores a fugirem dos mercados acionários no mundo todo. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 0,98 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus fechou em baixa de 1,79 por cento.

No Ibovespa, o dia foi de perdas generalizadas, com apenas dois - Ambev e Souza Cruz dos 68 ativos que compõem o índice fechando no campo positivo.

Entre as blue chips, a preferencial da Vale recuou 1,68 por cento, a 37,36 reais, enquanto a preferencial da Petrobras caiu 2,22 por cento, a 18,90 reais. OGX teve queda de 3,97 por cento, a 13,05 reais.

A ação da Brookfield derreteu na sessão e fechou em queda de 14,87 por cento, a 4,18 reais. Esse é o menor preço desde julho de 2009, após a incorporadora ter reportado queda de 94 por cento no lucro do primeiro trimestre, com revisão de custos de obras.

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