Ibovespa tem 6ª queda seguida e zera ganhos no ano
O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,26 por cento, a 56.237 pontos, menor patamar desde 19 de dezembro
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2012 às 17h47.
São Paulo - O pessimismo com a Grécia mais uma vez contaminou os negócios na Bovespa e fez seu principal índice registrar a sexta queda seguida nesta terça-feira, revertendo os ganhos que acumulava no ano, pressionado pelo tombo dos papéis de OGX e de construtoras.
O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,26 por cento, a 56.237 pontos, menor patamar desde 19 de dezembro. Com isso, o índice reverteu os ganhos que acumulava no ano e agora registra queda de 0,9 por cento em 2012. O giro financeiro do pregão foi de 7,93 bilhões de reais.
"Vimos hoje uma debandada, houve venda generalizada de ações, nitidamente com estrangeiros saindo de bolsa e buscando ativos mais seguros", disse Henrique Kleine, analista-chefe na corretora Magliano.
Após várias tentativas fracassadas para formar um governo de coalizão, a Grécia informou que vai realizar novas eleições, que devem ocorrer até meados de junho.
Pesquisas de intenção de voto apontam para o partido radical de esquerda Syriza, que rejeita o pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), como provável vencedor do novo pleito.
"Mais do que a possibilidade da Grécia sair da zona do euro, o que seria ruim, a preocupação do mercado também é com um possível contágio para Espanha", afirmou William Alves, analista na XP Investimentos. "Com receio de um cenário que está se deteriorando, o mercado está vendendo ativos de risco."
O mau humor com a Grécia ofuscou a tentativa de recuperação esboçada pelos mercados no começo do dia, amparados na notícia de que a zona do euro conseguiu escapar de uma recessão, e em dados nos Estados Unidos, que apontaram para um crescimento continuado, embora mais lento.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,5 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus encerrou em queda de 0,65 por cento.
"Enquanto o cenário europeu não se definir, o cenário é de volatilidade para a bolsa, com tendência de curto prazo de baixa", afirmou Kleine.
No plano corporativo doméstico, OGX tombou 7,82 por cento, a 12,03 reais, e foi a maior pressão de baixa para o Ibovespa. A companhia de Eike Batista reportou prejuízo líquido de 144,8 milhões de reais no primeiro trimestre.
MRV Engenharia desabou 15,05 por cento, a 9,43 reais, após a construtora e incorporadora ter informado queda de 23,9 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, no ano a ano, abaixo das expectativas do mercado.
PDG Realty tombou 9,83 por cento, a 3,67 reais, seguindo a divulgação de um lucro líquido de 32,5 milhões de reais no primeiro trimestre, sete vezes inferior ao apurado um ano antes e bem abaixo da previsão do mercado.
Dentre as blue chips, a preferencial da Vale caiu 0,43 por cento, a 37,20 reais, enquanto a preferencial da Petrobras recuou 2,17 por cento, a 18,49 reais. A petrolífera divulgará resultado trimestral nesta terça-feira.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou um aumento nos preços da gasolina, possibilidade que vinha sendo cogitada em meio à valorização do barril de petróleo no mercado internacional.
São Paulo - O pessimismo com a Grécia mais uma vez contaminou os negócios na Bovespa e fez seu principal índice registrar a sexta queda seguida nesta terça-feira, revertendo os ganhos que acumulava no ano, pressionado pelo tombo dos papéis de OGX e de construtoras.
O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 2,26 por cento, a 56.237 pontos, menor patamar desde 19 de dezembro. Com isso, o índice reverteu os ganhos que acumulava no ano e agora registra queda de 0,9 por cento em 2012. O giro financeiro do pregão foi de 7,93 bilhões de reais.
"Vimos hoje uma debandada, houve venda generalizada de ações, nitidamente com estrangeiros saindo de bolsa e buscando ativos mais seguros", disse Henrique Kleine, analista-chefe na corretora Magliano.
Após várias tentativas fracassadas para formar um governo de coalizão, a Grécia informou que vai realizar novas eleições, que devem ocorrer até meados de junho.
Pesquisas de intenção de voto apontam para o partido radical de esquerda Syriza, que rejeita o pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), como provável vencedor do novo pleito.
"Mais do que a possibilidade da Grécia sair da zona do euro, o que seria ruim, a preocupação do mercado também é com um possível contágio para Espanha", afirmou William Alves, analista na XP Investimentos. "Com receio de um cenário que está se deteriorando, o mercado está vendendo ativos de risco."
O mau humor com a Grécia ofuscou a tentativa de recuperação esboçada pelos mercados no começo do dia, amparados na notícia de que a zona do euro conseguiu escapar de uma recessão, e em dados nos Estados Unidos, que apontaram para um crescimento continuado, embora mais lento.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,5 por cento. Mais cedo, o principal índice dos mercados europeus encerrou em queda de 0,65 por cento.
"Enquanto o cenário europeu não se definir, o cenário é de volatilidade para a bolsa, com tendência de curto prazo de baixa", afirmou Kleine.
No plano corporativo doméstico, OGX tombou 7,82 por cento, a 12,03 reais, e foi a maior pressão de baixa para o Ibovespa. A companhia de Eike Batista reportou prejuízo líquido de 144,8 milhões de reais no primeiro trimestre.
MRV Engenharia desabou 15,05 por cento, a 9,43 reais, após a construtora e incorporadora ter informado queda de 23,9 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, no ano a ano, abaixo das expectativas do mercado.
PDG Realty tombou 9,83 por cento, a 3,67 reais, seguindo a divulgação de um lucro líquido de 32,5 milhões de reais no primeiro trimestre, sete vezes inferior ao apurado um ano antes e bem abaixo da previsão do mercado.
Dentre as blue chips, a preferencial da Vale caiu 0,43 por cento, a 37,20 reais, enquanto a preferencial da Petrobras recuou 2,17 por cento, a 18,49 reais. A petrolífera divulgará resultado trimestral nesta terça-feira.
Pela manhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou um aumento nos preços da gasolina, possibilidade que vinha sendo cogitada em meio à valorização do barril de petróleo no mercado internacional.