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Ibovespa sobe 1% para 68 mil pontos, com destaque para Petrobras

O mercado manteve a tendências dos pregões anteriores e seguiu guiado principalmente pelo cenário interno, repercutindo dados recentes da economia

B3: na semana, os ganhos foram de 3,82%, marcando o melhor desempenho semanal desde o fim de dezembro do ano passado (Facebook/B3/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 12 de maio de 2017 às 18h34.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou com ganhos pelo quarto pregão seguido nesta sexta-feira, em sessão marcada por uma bateria de resultados corporativos, com as ações da Petrobras e da Qualicorp entre os destaques positivos.

O Ibovespa subiu 1,01 por cento, a 68.221 pontos, maior patamar de fechamento desde 22 de fevereiro. Na semana, os ganhos foram de 3,82 por cento, marcando o melhor desempenho semanal desde o fim de dezembro do ano passado.

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O volume financeiro deste pregão foi robusto, de 9,86 bilhões de reais, acima da média diária neste mês até a véspera, de 7,88 bilhões de reais e também superando a média diária para este ano, de 8,04 bilhões de reais.

A calmaria no front político após a conclusão nesta semana da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados também favoreceu o tom positivo no mercado, com investidores mais otimistas sobre o avanço da medida no Congresso Nacional.

O mercado acionário manteve a tendências dos pregões anteriores e seguiu guiado principalmente pelo cenário interno, repercutindo ainda dados recentes da economia brasileira, incluindo a desaceleração da inflação, que corroboram a expectativa pela manutenção dos cortes da taxa básica de juros, levando alguns agentes econômicos, inclusive, a apostar em cortes maiores da Selic.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 4,25 por cento e PETROBRAS ON avançou 3,98 por cento após a petroleira reportar lucro líquido de 4,45 bilhões de reais no primeiro trimestre, o melhor resultado em dois anos, impulsionado por um desempenho operacional histórico, apesar de uma menor demanda por derivados no mercado interno.

- QUALICORP ON ganhou 8,27 por cento, a 26,85 reais, maior cotação de fechamento para a empresa, e após subir 15,28 por cento no melhor momento do dia. A administradora de planos de saúde divulgou lucro líquido consolidado de 111,5 milhões de reais no primeiro trimestre, recuo de 43,8 por cento ante mesma etapa do ano passado. Analistas da corretora Coinvalores avaliam os dados como sólidos e destacam que a queda no lucro líquido refletiu benefício fiscal registrado no primeiro trimestre do ano passado e que excluindo esse impacto, o aumento do lucro líquido foi de 84 por cento.

- BRF ON avançou 2,12 por cento, após reportar dados do primeiro trimestre mostrando prejuízo líquido de 286 milhões de reais, conforme a receita operacional líquida encolheu em meio à queda dos preços e dos volumes produzidos. Para analistas do Credit Suisse, os números do período foram fracos, mas o banco destaca que a perspectiva para os próximos trimestres é de melhora.

- MARFRIG ON teve alta de 0,92 por cento, tendo como pano de fundo o anúncio da empresa de que sua subsidiária Keystone Foods submeteu à Securities and Exchange Comission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais norte-americano) registro inicial para abertura de capital nos Estados Unidos. Além disso, os números da empresa para o primeiro trimestre também estavam no radar.

- CCR ON avançou 2,15 por cento, após reportar lucro líquido de 329 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 32,9 por cento ante igual período do ano passado.

- LOJAS AMERICANAS PN caiu 3,27 por cento, após registrar prejuízo líquido consolidado de 132,9 milhões de reais no primeiro trimestre, ante resultado negativo de 23,9 milhões de reais em igual etapa do ano passado.

- JBS ON perdeu 2,92 por cento, após ceder 5,58 por cento na mínima do dia, diante de nova operação da Polícia Federal envolvendo a empresa. Nesta sessão, foi deflagrada operação que investiga suspeita de fraudes e irregularidades na liberação de apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à JBS no valor de 8 bilhões de reais, em mais uma investigação criminal a atingir o grupo empresarial da gigante de alimentação.

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