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Ibovespa segue ao maior ciclo de perda semanal em oito anos

Das 68 ações que compõem o índice brasileiro, 58 caíam, enquanto nove subiam e uma mostrava estabilidade

O índice acumula perda de 1,3% nesta semana e caminha para sua sexta queda semanal (Yasuyoshi Chiba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 11h58.

São Paulo - O Ibovespa caminha para o mais longo período de perdas semanais em oito anos após a expansão do Brasil frustrar as estimativas em meio à redução nos investimentos pelas empresas.

A Hypermarcas SA lidera as quedas. A Petróleo Brasileiro SA e a Vale SA acompanham as baixas do petróleo e dos metais após dados econômicos na China e nos Estados Unidos ficarem abaixo das estimativas, elevando os receios sobre o ritmo de recuperação global.

O Ibovespa recuava 1,3 por cento, aos 53.765,68, às 11:25. Das 68 ações que compõem o índice, 58 caíam, enquanto nove subiam e uma mostrava estabilidade. O índice acumula perda de 1,3 por cento nesta semana e caminha para sua sexta queda semanal. O dólar avançava 0,4 por cento, cotado a R$ 2,0320. O índice Standard & Poor’s GSCI de 24 matérias-primas perdia 2,1 por cento.

“Você olha para qualquer lugar do mundo, e não vê nenhuma notícia positiva em nenhum lugar”, disse Clodoir Vieira, economista da Souza Barros Corretora em São Paulo. “Não tem sinais de uma atividade econômica mais forte em absolutamente nenhum lugar. O Brasil também está sendo afetado, como mostraram os números do PIB hoje. É difícil imaginar uma recuperação sustentada para bolsa nesse cenário.”

Consumo doméstico

A economia brasileira cresceu 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação trimestral, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio de Janeiro. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,8 por cento. A projeção mediana dos economistas ouvidos pela Bloomberg era de expansão de 1,3 por cento em bases anuais e de 0,5 por cento em relação ao último trimestre de 2011. Apesar de os gastos dos consumidores terem aumentado 2,5 por cento na comparação anual, os investimentos das empresas caíram 2,1 por cento.

“O consumo doméstico ainda está razoavelmente alto, mas a maior parte dessa demanda está sendo atendida por importações”, disse Vieira. “A indústria local não está passando por um bom momento.”

As commodities caíram após o Índice de gerentes de compras da China recuar de 53,3 em abril para 50,4 em maio. O dado veio abaixo da estimativa mediana de 27 economistas ouvidos pela Bloomberg, que era de 52.

Nos EUA, as empresas abriram em maio o menor número de postos de trabalho em um ano e o desemprego no país aumentou inesperadamente.


A Petrobras recuava 1,2 por cento a R$ 18,91. A Vale, que tem a China como principal mercado de suas exportações, perdia 0,9 por cento, para R$ 36,38. A Hypermarcas tinha queda de 4,6 por cento, cotada a R$ 10,52.

Em 17 de maio, o Ibovespa entrou no chamado bear market após cair 21 por cento em relação à máxima deste ano, em 13 de março. O índice é negociado a 9,3 vezes a estimativa de ganhos dos analistas para os próximos quatro trimestres, comparado à taxa de 9,8 do índice MSCI Inc. das ações de 21 países em desenvolvimento, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os investidores negociaram R$ 10,4 bilhões na bolsa ontem. A média diária de movimentação este ano foi de R$ 7,27 bilhões até 25 de maio, segundo dados da própria BM&FBovespa.

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São Paulo - O Ibovespa caminha para o mais longo período de perdas semanais em oito anos após a expansão do Brasil frustrar as estimativas em meio à redução nos investimentos pelas empresas.

A Hypermarcas SA lidera as quedas. A Petróleo Brasileiro SA e a Vale SA acompanham as baixas do petróleo e dos metais após dados econômicos na China e nos Estados Unidos ficarem abaixo das estimativas, elevando os receios sobre o ritmo de recuperação global.

O Ibovespa recuava 1,3 por cento, aos 53.765,68, às 11:25. Das 68 ações que compõem o índice, 58 caíam, enquanto nove subiam e uma mostrava estabilidade. O índice acumula perda de 1,3 por cento nesta semana e caminha para sua sexta queda semanal. O dólar avançava 0,4 por cento, cotado a R$ 2,0320. O índice Standard & Poor’s GSCI de 24 matérias-primas perdia 2,1 por cento.

“Você olha para qualquer lugar do mundo, e não vê nenhuma notícia positiva em nenhum lugar”, disse Clodoir Vieira, economista da Souza Barros Corretora em São Paulo. “Não tem sinais de uma atividade econômica mais forte em absolutamente nenhum lugar. O Brasil também está sendo afetado, como mostraram os números do PIB hoje. É difícil imaginar uma recuperação sustentada para bolsa nesse cenário.”

Consumo doméstico

A economia brasileira cresceu 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação trimestral, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio de Janeiro. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,8 por cento. A projeção mediana dos economistas ouvidos pela Bloomberg era de expansão de 1,3 por cento em bases anuais e de 0,5 por cento em relação ao último trimestre de 2011. Apesar de os gastos dos consumidores terem aumentado 2,5 por cento na comparação anual, os investimentos das empresas caíram 2,1 por cento.

“O consumo doméstico ainda está razoavelmente alto, mas a maior parte dessa demanda está sendo atendida por importações”, disse Vieira. “A indústria local não está passando por um bom momento.”

As commodities caíram após o Índice de gerentes de compras da China recuar de 53,3 em abril para 50,4 em maio. O dado veio abaixo da estimativa mediana de 27 economistas ouvidos pela Bloomberg, que era de 52.

Nos EUA, as empresas abriram em maio o menor número de postos de trabalho em um ano e o desemprego no país aumentou inesperadamente.


A Petrobras recuava 1,2 por cento a R$ 18,91. A Vale, que tem a China como principal mercado de suas exportações, perdia 0,9 por cento, para R$ 36,38. A Hypermarcas tinha queda de 4,6 por cento, cotada a R$ 10,52.

Em 17 de maio, o Ibovespa entrou no chamado bear market após cair 21 por cento em relação à máxima deste ano, em 13 de março. O índice é negociado a 9,3 vezes a estimativa de ganhos dos analistas para os próximos quatro trimestres, comparado à taxa de 9,8 do índice MSCI Inc. das ações de 21 países em desenvolvimento, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os investidores negociaram R$ 10,4 bilhões na bolsa ontem. A média diária de movimentação este ano foi de R$ 7,27 bilhões até 25 de maio, segundo dados da própria BM&FBovespa.

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