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Ibovespa retoma 60 mil pontos após abertura do pregão

Informações sobre os Estados Unidos sustentam um viés positivo para os negócios, embora a cautela prevaleça entre os investidores

Bolsa brasileira deve exibir oscilações com indicadores dos EUA (Germano Lüders/EXAME.com)

Bolsa brasileira deve exibir oscilações com indicadores dos EUA (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 10h42.

São Paulo - Os grandes eventos desta sexta-feira estão previstos apenas para o começo da tarde e, até lá, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve exibir ligeiras oscilações. Mas os indicadores econômicos dos EUA anunciados nesta manhã sustentam um viés positivo para os negócios, embora a cautela prevaleça entre os investidores. O índice Bovespa (Ibovespa), às 10h08, subia 0,69%, aos 60.089,20 pontos, retomando os 60 mil pontos (ontem o Ibovespa fechou em queda de 1,63%, aos 59.679,35 pontos).

Hoje, os EUA anunciaram que o índice de preços ao consumidor (CPI) caiu dentro do previsto em junho ante maio, em -0,2%, ao passo que o núcleo do indicador subiu ligeiramente mais que o esperado, em +0,3% no período, ante previsão de +0,2%. Já o índice de atividade em Nova York subiu a -3,76 em julho, contrariando previsão de melhora para 4,2. Ainda por lá, às 10h15, sai a produção industrial norte-americana no mês passado e, às 10h55, a Universidade de Michigan publica o dado preliminar do índice de sentimento do consumidor neste mês.

Mas todas as atenções dos mercados internacionais estão voltadas para a Europa, onde serão anunciados os resultados dos testes de estresses dos bancos europeus, às 13 horas. Segundo relatos da mídia, mais de 10% dos bancos europeus foram reprovados. Um número maior que 20 instituições financeiras que não passaram nos testes pode renovar as preocupações sobre novos financiamentos, se necessário, ao mesmo tempo que um porcentual alto de aprovação pode alimentar dúvidas sobre o rigor dos testes.

Já do outro lado do Atlântico, as negociações sobre o aumento do teto do endividamento norte-americano prosseguem. Ontem à noite, a Standard & Poor's ecoou o alerta da Moody's e também colocou em revisão, para possível rebaixamento, o rating AAA dos EUA, dizendo que há 50% de chance de rebaixar a nota nos próximos três meses. Em abril, a agência já havia colocado a perspectiva do rating soberano norte-americano como negativa. Em comunicado, a S&P afirmou que "o debate político sobre a posição fiscal dos EUA tornou-se mais intrincado", mas que o risco de uma moratória (default), como resultado da não elevação do teto da dívida, é pequeno.

A falta de acordo entre o governo democrata e os líderes republicanos levou o presidente Barack Obama a convidar a imprensa para uma entrevista hoje, às 12 horas.

No noticiário corporativo doméstico, a Petrobras decidiu aplicar nova redução nos contratos de gás natural. A redução média é de 14,3% para os contratos com reajuste em 1º de agosto, "de modo a manter a atual competitividade do energético no mercado", cita a empresa em comunicado. O desconto anterior foi de 9,7%, em 1º de maio.

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