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Ibovespa recua pressionado por bancos e preocupações fiscais

No exterior, as principais bolsas da Ásia fecharam em alta e a Europa seguiu no mesmo tom, com números da China no radar, além de balanços corporativos

Bovespa: na visão de analista da CM Capital Markets, o risco de novo ajuste nas metas preocupa porque pode aproximar o país do segundo rebaixamento a grau especulativo por duas das três grandes agências de risco (Paulo Fridman/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 12h42.

A Bovespa firmava-se no vermelho na manhã desta sexta-feira, com o seu principal índice pressionado pela queda dos papéis de bancos, em meio a preocupações com o quadro fiscal.

Às 11h41, horário de Brasília, o Ibovespa caía 0,8 por cento, a 46.784,23 pontos. O volume financeiro era de 1,59 bilhão de reais.

Notícias na direção de potencial nova revisão das metas fiscais minavam o humor nos negócios, com o recuo do índice de atividade do Banco Central (IBC-BR) reforçando o cenário desafiador em termos de arrecadação do governo.

Na véspera, quatro fontes disseram à Reuters que o governo deve desistir da meta de superávit primário equivalente a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento deste ano e reconhecer que as contas serão deficitárias.

Na visão do analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, o risco de novo ajuste nas metas preocupa porque pode aproximar o país do segundo rebaixamento a grau especulativo por duas das três grandes agências de risco.

A Fitch Ratings, que rebaixou a nota de crédito do Brasil na véspera para "BBB-", com perspectiva negativa, realiza teleconferência por volta do meio-dia para explicar a decisão, o que deve concentrar atenções no mercado financeiro.

Do lado político, desdobramentos ligados a eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff permanecem no foco, assim como investigações envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No exterior, as principais bolsas da Ásia fecharam em alta e a Europa seguiu no mesmo tom, com números da China no radar, além de balanços corporativos.

Em Nova York, porém, o S&P 500 oscilava perto da estabilidade, com dados econômicos sobre os Estados Unidos também na pauta.

Destaques

Bradesco caía 2,4 por cento e Itapu Unibanco perdia 1,3 por cento, pressionando o Ibovespa, conforme o noticiário sobre a situação fiscal do país endossava apreensões sobre o risco de o país perder o selo de bom pagador por outra grande agência de classificação de risco, além da Standard & Poor's.

Vale abandonava os ganhos da abertura e tinha queda de 1,2 por cento nas preferenciais de classe A, em dia de nova queda dos preços do minério de ferro na China. O Conselho de Administração da mineradora aprovou o pagamento da segunda parcela de remuneração aos acionistas em 2015 no valor bruto de 500 milhões de dólares.

Petrobras também mudou de rumo e perdia 1,5 por cento nas preferenciais, conforme os preços do petróleo reduziam os ganhos.

Grupo Paõ de Açúcar perdia 5,5 por cento, com dados do terceiro trimestre do rival Carrefour no noticiário, mostrando resiliência de suas vendas no Brasil.

Souza Cruz cedia 0,33 por cento, após conclusão bem sucedida da oferta pública de ações feita pela controladora British American Tobacco, na véspera, para o cancelamento de registro da empresa na bolsa. A liquidação financeira das ações adquiridas na oferta ocorrerá em 26 de outubro.

Cirela Brazil Realty avançava 2,4 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, após divulgar na quinta-feira que manteve sua estratégia para reduzir estoques no terceiro trimestre, levando à queda dos lançamentos, enquanto as vendas subiram 1,7 por cento no período.

Braskem saltava 5,6 por cento, conforme o dólar apreciava-se ante o real e em meio a expectativas favoráveis para o resultado da companhia no terceiro trimestre, principalmente o Ebitda. FIBRIA ganhava 1 por cento, outro papel beneficiado pelo câmbio e projeções para o balanço.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição Alberto Alerigi Jr.)

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A Bovespa firmava-se no vermelho na manhã desta sexta-feira, com o seu principal índice pressionado pela queda dos papéis de bancos, em meio a preocupações com o quadro fiscal.

Às 11h41, horário de Brasília, o Ibovespa caía 0,8 por cento, a 46.784,23 pontos. O volume financeiro era de 1,59 bilhão de reais.

Notícias na direção de potencial nova revisão das metas fiscais minavam o humor nos negócios, com o recuo do índice de atividade do Banco Central (IBC-BR) reforçando o cenário desafiador em termos de arrecadação do governo.

Na véspera, quatro fontes disseram à Reuters que o governo deve desistir da meta de superávit primário equivalente a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento deste ano e reconhecer que as contas serão deficitárias.

Na visão do analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, o risco de novo ajuste nas metas preocupa porque pode aproximar o país do segundo rebaixamento a grau especulativo por duas das três grandes agências de risco.

A Fitch Ratings, que rebaixou a nota de crédito do Brasil na véspera para "BBB-", com perspectiva negativa, realiza teleconferência por volta do meio-dia para explicar a decisão, o que deve concentrar atenções no mercado financeiro.

Do lado político, desdobramentos ligados a eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff permanecem no foco, assim como investigações envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No exterior, as principais bolsas da Ásia fecharam em alta e a Europa seguiu no mesmo tom, com números da China no radar, além de balanços corporativos.

Em Nova York, porém, o S&P 500 oscilava perto da estabilidade, com dados econômicos sobre os Estados Unidos também na pauta.

Destaques

Bradesco caía 2,4 por cento e Itapu Unibanco perdia 1,3 por cento, pressionando o Ibovespa, conforme o noticiário sobre a situação fiscal do país endossava apreensões sobre o risco de o país perder o selo de bom pagador por outra grande agência de classificação de risco, além da Standard & Poor's.

Vale abandonava os ganhos da abertura e tinha queda de 1,2 por cento nas preferenciais de classe A, em dia de nova queda dos preços do minério de ferro na China. O Conselho de Administração da mineradora aprovou o pagamento da segunda parcela de remuneração aos acionistas em 2015 no valor bruto de 500 milhões de dólares.

Petrobras também mudou de rumo e perdia 1,5 por cento nas preferenciais, conforme os preços do petróleo reduziam os ganhos.

Grupo Paõ de Açúcar perdia 5,5 por cento, com dados do terceiro trimestre do rival Carrefour no noticiário, mostrando resiliência de suas vendas no Brasil.

Souza Cruz cedia 0,33 por cento, após conclusão bem sucedida da oferta pública de ações feita pela controladora British American Tobacco, na véspera, para o cancelamento de registro da empresa na bolsa. A liquidação financeira das ações adquiridas na oferta ocorrerá em 26 de outubro.

Cirela Brazil Realty avançava 2,4 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, após divulgar na quinta-feira que manteve sua estratégia para reduzir estoques no terceiro trimestre, levando à queda dos lançamentos, enquanto as vendas subiram 1,7 por cento no período.

Braskem saltava 5,6 por cento, conforme o dólar apreciava-se ante o real e em meio a expectativas favoráveis para o resultado da companhia no terceiro trimestre, principalmente o Ebitda. FIBRIA ganhava 1 por cento, outro papel beneficiado pelo câmbio e projeções para o balanço.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição Alberto Alerigi Jr.)

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