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Ibovespa recua com receios sobre eleição superando exterior favorável

O Ibovespa caiu 0,34 por cento, a 76.818,72 pontos, após oscilar da mínima de 76.381,27 pontos à máxima de 77.703,73 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 9,18 bilhões de reais (Juan Mabromata/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 18h13.

São Paulo - A bolsa paulista fechou em queda nesta quinta-feira, apesar do quadro externo favorável e abandonando os ganhos do começo da sessão, conforme segue vulnerável a especulações ligadas à disputa presidencial, com a campanha começando oficialmente.

O Ibovespa caiu 0,34 por cento, a 76.818,72 pontos, após oscilar da mínima de 76.381,27 pontos (-0,90 por cento) à máxima de 77.703,73 pontos (+0,81 por cento). O volume financeiro somou 9,18 bilhões de reais.

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"O mercado tem estado volátil porque estamos próximos de uma eleição presidencial muito indefinida e incerta", disse o gestor Marcelo Mesquita, da administradora de recursos Leblon Equities.

Nesta sessão, profissionais da área de renda variável citaram como fator para a piora reportagem publicada pelo portal G1 de que o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin , poderia ser alvo de denúncias do Ministério Público.

De acordo com esses profissionais, a notícia repercutiu mal, ainda mais com o tucano, benquisto pelo mercado, apresentando certa estagnação em pesquisas sobre a preferência dos eleitores.

Para a sexta-feira, está previsto o levantamento encomendado pela XP Investimentos.

Em nota publicada mais cedo, a corretora Mirae destacou que, passada a safra de resultados corporativos, a agenda política passa a ser o vetor mais importante para o comportamento do mercado acionário brasileiro.

No exterior, Wall Street encerrou no azul, em meio a resultados corporativos fortes e certo abrandamento no nervosismo com a disputa comercial entre Estados Unidos e China. O S&P 500 avançou 0,79 por cento.

Destaques

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiram 7,93 e 7,13 por cento, respectivamente, tendo de pano de fundo expectativas mais positivas da estatal de energia para o leilão de distribuidoras da empresa. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, contudo, decidiu retomar efeitos de uma liminar que exigiu da estatal estudos prévios sobre o impacto das desestatizações sobre trabalhadores.

- CEMIG PN avançou 4,43 por cento. Para a equipe do BTG Pactual, o papel está atrativo e, dependendo da implementação total do plano de desinvestimentos a ser adotado pela companhia, pode ter um desempenho melhor do que o mercado.

- EMBRAER valorizou-se 3,83 por cento, tendo no radar melhora na recomendação por analistas do Morgan Stanley para o ADR da fabricante de aviões para 'overweight', enxergando uma relação risco versus retorno atrativa.

- JBS recuou 3,16 por cento, após acumular 10,5 por cento nos últimos três pregões, sendo que na véspera subiu quase 3 por cento com investidores repercutindo positivamente o desempenho trimestral da companhia de alimentos. No setor, MARFRIG subiu 2,69 por cento, após cair mais de 6 por cento na terça-feira, também em meio à repercussão do balanço trimestral.

- CCR cedeu 2,46 por cento, tendo no radar notícia de que o fundo Mubadala fez uma nova proposta pelo controle da Invepar e que a CCR desistiu da oferta, segundo o jornal Valor Econômico.

- SUZANO fechou em baixa de 2,64 por cento, terceiro pregão no vermelho, com a perda no período alcançando pouco mais de 8 por cento. No ano, contudo, as ações ainda acumulam elevação de mais de 130 por cento, a maior do Ibovespa.

- PETROBRAS PN encerrou em baixa de 0,52 por cento, apesar do avanço dos preços do petróleo Brent, conforme os papéis seguem sensíveis a receios com o panorama eleitoral. PETROBRAS ON caiu 0,42 por cento.

- VALE desvalorizou-se 1,37 por cento, em dia de recuo do minério de ferro à vista na China.

- BRADESCO PN fechou estável e ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 0,14 por cento, em sessão sem viés único no setor, com SANTANDER BRASIL UNIT recuando 0,59 por cento e BANCO DO BRASIL subindo 0,31 por cento.

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