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Ibovespa recua com cenário político no centro das atenções

Também no radar está a decisão do PMDB de manter para o próximo dia 29 a reunião do diretório nacional do partido

Bovespa: os holofotes no Brasil estão voltados principalmente para a decisão da Odebrecht de fazer "colaboração definitiva" (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2016 às 11h03.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta quarta-feira, com o volumoso noticiário político no centro das atenções e tendo como pano de fundo a queda dos preços de commodities no mercado global.

Às 10:37, o Ibovespa caía 1,36%, a 50.315,17 pontos. O volume financeiro no pregão somava 494,3 milhões de reais.

O "protagonismo" do cenário político na sessão, conforme descreveu o Credit Suisse, se dá particulamente após determinação de ministro do Supremo Tribunal Federal para que o juiz Sérgio Moro envie ao STF as informações sobre a quebra de sigilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como todos os processos relacionados às interceptações.

As decisões da Odebrecht de fazer "colaboração definitiva" com a operação Lava Jato e do PMDB de manter para o próximo dia 29 a reunião do seu diretório nacional que discutirá o desembarque do partido do governo federal também colocavam a crise política sob os holofotes.

Na visão da equipe da Guide Investimentos, a bolsa deve seguir pressionada para baixo nesta sessão diante de um cenário de incertezas políticas no Brasil e sem ventos a favor do exterior, conforme nota distribuída a clientes.

Destaques

Petrobras mostrava as ações preferencias em queda de 3,2%, conforme os papéis seguem atrelados a expectativas no campo político, tendo ainda nesta sessão pressão negativa do declínio dos preços do petróleo .

Vale tinha as preferenciais de classe A em queda de 2%, na esteira do recuo dos preços do minério de ferro na China.

Banco do Brasil perdia 2,9%, também vulnerável as apostas na esfera política, em sessão de queda generalizada no setor bancario, com Itaú Unibanco perdendo 1,7% e Bradesco em baixa de 1,8%.

Usiminas e CSN passavam por ajuste negativo, com quedas de 2,6 e 1,7%, respectivamente enquanto ainda acumulam fortes ganhos em março, tendo no radar decisão da Standard & Poor's de cortar o rating de ambas as companhias. Gerdau, por sua vez, subia 0,6%.

Braskem perdia 4,4%, conforme agentes financeiros analisavam potenciais efeitos da decisão da Odebrecht de colaborar com os procuradores da Lava Jato. A petroquímica é controlada pela Odebrecht e tem a Petrobras como sócia.

Copel perdia 2,5%, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicar uma redução média de 11,5% para as tarifas da unidade de distribuição da estatal paranaense no quarto ciclo de revisão tarifária da concessionária.

JBS era destaque na ponta positiva, com alta de 0,8%, assim como as fabricantes de celulose Fibria e Suzano Papel e Celulose, com ganhos de 0,15 e 0,7%, conforme o dólar avançava cerca de 1%.

Matéria atualizada às 10h14

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São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta quarta-feira, com o volumoso noticiário político no centro das atenções e tendo como pano de fundo a queda dos preços de commodities no mercado global.

Às 10:37, o Ibovespa caía 1,36%, a 50.315,17 pontos. O volume financeiro no pregão somava 494,3 milhões de reais.

O "protagonismo" do cenário político na sessão, conforme descreveu o Credit Suisse, se dá particulamente após determinação de ministro do Supremo Tribunal Federal para que o juiz Sérgio Moro envie ao STF as informações sobre a quebra de sigilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como todos os processos relacionados às interceptações.

As decisões da Odebrecht de fazer "colaboração definitiva" com a operação Lava Jato e do PMDB de manter para o próximo dia 29 a reunião do seu diretório nacional que discutirá o desembarque do partido do governo federal também colocavam a crise política sob os holofotes.

Na visão da equipe da Guide Investimentos, a bolsa deve seguir pressionada para baixo nesta sessão diante de um cenário de incertezas políticas no Brasil e sem ventos a favor do exterior, conforme nota distribuída a clientes.

Destaques

Petrobras mostrava as ações preferencias em queda de 3,2%, conforme os papéis seguem atrelados a expectativas no campo político, tendo ainda nesta sessão pressão negativa do declínio dos preços do petróleo .

Vale tinha as preferenciais de classe A em queda de 2%, na esteira do recuo dos preços do minério de ferro na China.

Banco do Brasil perdia 2,9%, também vulnerável as apostas na esfera política, em sessão de queda generalizada no setor bancario, com Itaú Unibanco perdendo 1,7% e Bradesco em baixa de 1,8%.

Usiminas e CSN passavam por ajuste negativo, com quedas de 2,6 e 1,7%, respectivamente enquanto ainda acumulam fortes ganhos em março, tendo no radar decisão da Standard & Poor's de cortar o rating de ambas as companhias. Gerdau, por sua vez, subia 0,6%.

Braskem perdia 4,4%, conforme agentes financeiros analisavam potenciais efeitos da decisão da Odebrecht de colaborar com os procuradores da Lava Jato. A petroquímica é controlada pela Odebrecht e tem a Petrobras como sócia.

Copel perdia 2,5%, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicar uma redução média de 11,5% para as tarifas da unidade de distribuição da estatal paranaense no quarto ciclo de revisão tarifária da concessionária.

JBS era destaque na ponta positiva, com alta de 0,8%, assim como as fabricantes de celulose Fibria e Suzano Papel e Celulose, com ganhos de 0,15 e 0,7%, conforme o dólar avançava cerca de 1%.

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