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Ibovespa fecha em queda com incertezas sobre possível vacina

Especialistas contatados por site americano de notícias médicas contestam falta de dados

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 (NurPhoto / Colaborador/Getty Images/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 19 de maio de 2020 às, 17h25.

Última atualização em 19 de maio de 2020 às, 18h09.

Depois de permanecer no terreno positivo pela maior parte do dia, a bolsa brasileira encerrou em queda, nesta terça-feira, 19, após a notícia de que a vacina da Moderna, que fez os mercados subirem na véspera, pode não ser tão promissora. Com isso, o Ibovespa, principal índice de ações, passou a cair na última hora de pregão e encerrou em queda de 0,56%, em 80.742,35 pontos.

De acordo com site americano de notícias médicas Stat, a falta de dados precisos sobre os resultados dos testes da Moderna gera dúvidas no meio acadêmico. Especialistas contatados pelo site afirmam que ainda não dá pra saber se a vacina é realmente eficaz.

“Duvida sobre eficácia da vacina pode trazer de volta toda a discussão sobre a lentidão da reabertura das economias. A recessão pode ser mais prolongada, fazendo com que os ativos sejam mais sujeitos a revisões negativas de crescimento”, afirmou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.

Na véspera, quando a notícia sobre os testes  da vacina foram bem-sucedidos em seres humanos, o Ibovespa subiu 4,69% - a maior alta em seis semanas. A forte valorização das ações no dia anterior levou parte dos investidores a realizarem lucros de curtíssimo prazo, segundo Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. "É um movimento típico de crises. Quando sobe muito depois de algumas quedas, quem estava posicionado aproveita para colocar um pouco dos lucros de ontem no bolso", disse.

A bolsa só não caiu mais graças a da Vale, que tem o maior peso no Ibovespa. Nesta terça, as ações da mineradora subiram 2,30% e atenuaram o movimento de queda. Igor Ghellardi Cruvinel, sócio e diretor de investimentos da DOC Concierge, vê a valorização da companhia associada à demanda chinesa por minério de ferro e à alta do dólar, que voltou a fechar em alta. "O setor de mineração tende a ser um dos primeiros a se recuperarem, já que a China vem de uma recuperação muito forte no setor industrial. Isso já está refletindo no preço do minério de ferro, que sobe por cinco dias consecutivos", afirmou.

Apesar de ter encerrado em um cenário mais negativo, o clima que predominou no pregão desta terça foi o de incerteza. Isso porque até o início do período da tarde, gestores, analistas, estrategistas e todos aqueles que integram o mercado financeiro sequer sabiam se iriam trabalhar amanhã, já que a cidade de São Paulo decretou a antecipação dos feriados restantes para esta semana. A dúvida só encerrou quando a B3 informou, em comunicado, que manterá as atividades conforme programadas em seu calendário original.

A possibilidade de a bolsa permanecer fechada por 6 dias consecutivos assustou. A última vez que a bolsa havia ficado dias fechadas com o mercado internacional à pleno vapor havia sido no feriado de Carnaval. Na volta, o Ibovespa caiu 7%.

Destaques

As varejistas figuraram entre as maiores altas do Ibovespa. Na liderança, ficaram as ações da B2W, das marcas Americanas.com, Submarino e Shoptime, que avançaram 9,56%. A ação da empresa é a que mais se valorizou no ano entre os componentes do índice, acumulando valorização de 46,6%. Via Varejo e Magazine Luiza também encerraram com altas significativas de 5,08% e 4,74%, respectivamente.

Os grandes bancos, por outro lado, tiveram desempenhos fracos e foram os principais responsáveis pela queda da bolsa, tendo em vista a participação do setor no índice. Itaú, que possui o maior peso, também foi o que mais caiu, recuando 4,3%. Banco do Brasil, Bradesco e Santander tiveram respectivas quedas de 2,7%, 2,94% e 4,2%.

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