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Ibovespa cai 0,2% e Dow Jones afunda 2,3%, no pior pregão desde setembro

Bolsas caem com aumento de casos de coronavírus nos EUA e Europa e impasse das negociações sobre pacote de estímulos americano

Bolsa: mercado repercute aumento de casos de coronavírus, enquanto aguarda pacote de estímulo americano (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: mercado repercute aumento de casos de coronavírus, enquanto aguarda pacote de estímulo americano (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 09h38.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 17h55.

O Ibovespa fechou em queda de 0,24%, para 101.016 pontos, refletindo o tom negativo no exterior, com a alta do número de casos nos Estados Unidos e na Europa, onde países como Itália e Espanha retomaram medidas de isolamento para conter a segunda onda de contaminação. O mau humor também ocorre em meio ao impasse das negociações sobre o pacote de estímulos americano. Ibovespa a 100 mil pontos: saiba o que se pode esperar da bolsa e das principais ações com a EXAME Research

Por lá, as bolsas foram às mínimas nesta tarde depois que o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que as negociações sobre um pacote de ajuda com os democratas vão continuar, mas em um ritmo lento. No mercado, o sentimento é de que não haverá tempo hábil para o pacote ser aprovado antes das eleições americanas. O Dow Jones fechou em baixa de 2,29%, a maior queda desde 3 de setembro, enquanto o S&P500 e Nasdaq recuaram 1,86% e 1,64%, respectivamente.

(EXAME Research/Exame)

No mercado local, os principais contribuições negativas para o Ibovespa em pontos vieram das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), ambas pressionadas pela queda das commodities, além de Magazine Luiza (MGLU3). No exterior, tanto o contrato de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Dalian, na China, quanto os contratos de petróleo WTI, em Nova York, e Brent, em Londres, registraram quedas superiores a 3%. Do lado positivo, os bancos foram novamente o destaque positivo, além de Ambev (ABEV3), em meio às expectativas positivas pelos balanços do 3° trimestre. 

O Santander (SANB11), que reporta seu resultado amanhã, antes da abertura do pregão, teve sua sexta alta seguida, acumulando ganhos de 13,7% no período. Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), com ganhos de 0,71% e 1,24% hoje, marcaram a quinta sessão positiva em seis. Banco do Brasil (BBAS3), por sua vez, recuou 0,09%, mas ainda acumula no período alta de mais de 10%.     

Em variação, as ações do Santander, Cielo (CIEL3), que também divulga balanço na terça-feira, e NotreDame Intermédica (GNDI3), após sua subsidiária Clinipam comprar o Hospital e Maternidade Santa Brígida por 48,5 milhões de reais, puxaram as altas do índice, com ganhos de 3,40%, 3,30% e 3,20%, respectivamente. Na ponta oposta, Multiplan (MULT3) liderou as quedas, com 4,29%, seguida de CVC (CVCB3) e Gol (GOLL4), com perdas de 4,25% e 3,61%, em meio ao avanço dos casos de coronavírus na Europa e EUA.

O dólar futuro registrava leve alta de 0,04%, em R$ 5,625, às 17h40, em meio à queda das commodities e bolsas no exterior. No mundo, o dólar também se fortalecia contra divisas desenvolvidas. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra seus pares, subia 0,35%. 

Nesta semana, haverá decisão sobre a taxa de juros do Bank of Japan (BoJ), do Banco Central Europeu (BCE) e, aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) começa a reunião amanhã, 27, para a decisão de quarta-feira, 28. Ainda que tenha aumentado os temores sobre inflação, que vem superando as estimativas do mercado, os investidores seguem apostando na manutenção da taxa Selic a 2% ao ano.

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