Mercados

Ibovespa fecha estável após sessão volátil

A Bovespa fechou estável com o comportamento de Wall Street e dos preços do petróleo dividindo o foco com o noticiário corporativo e o cenário político


	Bovespa: o Ibovespa subiu 0,09 por cento, a 51.717 pontos
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: o Ibovespa subiu 0,09 por cento, a 51.717 pontos (Marcos Issa/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 18h10.

São Paulo - A Bovespa fechou praticamente estável nesta sexta-feira, após sessão volátil, com o comportamento de Wall Street e dos preços do petróleo dividindo o foco com o noticiário corporativo e o cenário político local.

O Ibovespa subiu 0,09 por cento, a 51.717 pontos, após oscilar entre 0,9 por cento de alta e de baixa durante o pregão. O volume financeiro na bolsa somou 5,67 bilhões de reais.

Na semana, o Ibovespa caiu 4 por cento.

As bolsas em Nova York se recuperaram da queda inicial e fecharam em alta, com os investidores avaliando os dados do mercado de trabalho norte-americano como menos decepcionantes do que percebido inicialmente. No Brasil, a comissão especial do impeachment no Senado aprovou parecer favorável à abertura do processo contra a presidente Dilma Rousseff, deixando o provável afastamento da petista mais próximo.

A decisão na véspera do STF de suspender o mandato de deputado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém, adicionou algum ruído, em razão de dúvidas sobre o seu efeito no aguardado governo do vice-presidente Michel Temer.

DESTAQUES

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em alta de 2,75 por cento, conforme os preços do petróleo avançaram no mercado internacional e tendo a cena política ainda no radar, o que atenuou a pressão vendedora no Ibovespa. Ainda assim, as ações fecharam a semana em queda de 1,47 por cento.

- VALE fechou com as preferenciais também em alta de 1,88 por cento, recuperando-se após quatro quedas consecutivas, a despeito do recuo do preço do minério de ferro. Na semana, os papéis da mineradora recuaram 14,1 por cento.

- BRADESCO subiu 0,4 por cento, em sessão volátil para os bancos, enquanto ITAÚ UNIBANCO fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,03 por cento. - LOJAS AMERICANAS caiu 4,84 por cento, liderando as perdas do Ibovespa, após prejuízo de 23,9 milhões de reais no primeiro trimestre, em sessão negativa para o setor de varejo como um todo. O Grupo Pão de Açúcar cedendo 1,22 por cento.

- EMBRAER caiu 3,87 por cento e BRASKEM cedeu 3,47 por cento, conforme o dólar acelerou a queda frente ao real à tarde. A petroquímica também sofreu com continuidade de realização de lucros após o balanço e teve no radar projeto de lei encaminhado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional que aumenta a velocidade de queda nos benefícios fiscais concedidos à indústria química.

- ESTÁCIO caiu 1,17 por cento, após divulgar resultado trimestral considerado fraco por alguns analistas.

- TRACTEBEL perdeu 1 por cento, em meio à análise do balanço trimestral, que mostrou crescimento do lucro do primeiros três meses do ano, mas menor geração de energia.

- CETIP subiu 1 por cento, após reportar lucro líquido de janeiro a março de 135,2 milhões de reais, alta de 12 por cento sobre um antes.

- SMILES avançou 4,61 por cento, recuperando-se de forte perda na véspera, mesmo com Gol, que não está no Ibovespa, tendo recuado 1,85 por cento, após a companhia aérea dizer que pode alterar o seu plano de reestruturação de dívida, rejeitado por um grupo de credores.

Texto atualizado às 18h09
Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em R$ 5,73, maior valor em mais de dois anos: pessimismo com Copom impactou a divisa

BTG retira Petrobras (PETR4) da carteira para agosto, mas ainda se mantém no setor de petróleo

Ibovespa recua em dia de aversão a risco enquanto dólar bate R$ 5,73

Meta anima investidores com vendas acima da expectativa

Mais na Exame