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Ibovespa fecha em queda de 1,87% por realização de lucros

A Bovespa fechou a primeira sessão da semana em queda, afetada por movimentos de realização de lucros após forte ganhos nos últimos pregões


	Entrada da Bovespa: de acordo com dados preliminares, o principal índice da bolsa paulista caiu 1,87%
 (Hugo Arce/Fotos Públicas)

Entrada da Bovespa: de acordo com dados preliminares, o principal índice da bolsa paulista caiu 1,87% (Hugo Arce/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 18h10.

São Paulo - A Bovespa fechou a primeira sessão da semana em queda, afetada por movimentos de realização de lucros após forte ganhos nos últimos pregões, mas ainda caminha para encerrar abril no azul.

O principal índice da bolsa paulista caiu 1,87 por cento, maior queda em um mês, a 55.534 pontos, após avanço de 5 por cento na semana anterior.

No mês, o Ibovespa ainda acumula alta de 8,6 por cento.

O volume financeiro nesta sessão somou 7,5 bilhões de reais.

A Petrobras exerceu uma das principais pressões negativas no índice nesta segunda-feira, conforme seguem os ajustes após a divulgação do resultado financeiro auditado da estatal de 2014, na última quarta-feira. O Morgan Stanley cortou para "underweight" o recibos da ação negociada nos Estados Unidos da estatal, as chamadas ADRs, destacando que a deficiência na estrutura de capital é uma preocupação chave e que o preço do papel não é atrativo.

A ação ordinária da petroleira estatal caiu 7,28 por cento, maior queda diária em três meses, mas ainda acumula alta de mais de 42 por cento no mês. A ação preferencial recuou 5,13 por cento, em sessão de queda também dos preços do petróleo.

Bancos foram outro alvo de embolso de lucros, com Itaú Unibanco perdendo 1,87 por cento e Bradesco cedendo 1,48 por cento. BB Seguridade caiu 4,43 por cento, após o Credit Suisse cortar a recomendação do papel para "neutra", uma vez que vê pouco espaço para a ação continuar subindo.

A queda de mais de 1 por cento do dólar frente ao real endossou um forte ajuste de baixa no setor de papel e celulose, com Fibria caindo 6,75 por cento. O Morgan Stanley reduziu o ADR da Fibria para "underweight", citando a alta acumulada das ações, nível de rentabilidade acima da média histórica (Ebitda/t), riscos ao fluxo de caixa com o projeto Três Lagoas e preços de celulose perto das máximas.

Ainda no setor, Klabin caiu 1,87 por cento, após divulgar prejuízo líquido de 729 milhões de reais no primeiro trimestre.

A mineradora Vale voltou a mostrar forte ganho na abertura, na esteira de nova alta do minério de ferro, com a ação ON subindo quase 7 por cento e a preferencial avançando mais de 5 por cento no melhor momento do dia. Mas o fôlego arrefeceu ao longo do dia.

A ação ordinária da Vale fechou em alta de 1,12 por cento, a 23,46 reais, maior patamar desde novembro de 2014, amparada também por cobertura de posições vendidas. A preferencial, por sua vez, encerrou em baixa de 0,48 por cento. Grupos siderúrgicos como CSN e Usiminas, que também produzem minério de ferro, acompanharam o movimento, com a primeira disparando 9,41 por cento ainda impulsionada por expectativas sobre venda de sua participação na Usiminas. A ação da Gerdau, por sua vez, caiu afetada pelo câmbio.

Os investidores também conferiam dados operacionais da Gol, a prévia do primeiro trimestre da Gafisa, além dos resultados trimestrais de Hypermarcas e da Tractebel, entre outras divulgações.

Fora do Ibovespa, Dasa subiu 4,08 por cento, após o acionista controlador Cromossomo Participações revelar intenção de realizar oferta voluntária de compra de ações da empresa em circulação no mercado.

*Texto atualizado às 18h10
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