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Ibovespa fecha em queda de 0,45% com declínio da Petrobras

O índice fechou em queda hoje após valorização de mais de 25% nos últimos cinco pregões, afetado pela queda das ações da Petrobras


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: preferenciais da Petrobras recuaram 3%
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: preferenciais da Petrobras recuaram 3% (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2015 às 18h25.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em queda nesta quinta-feira, afetado principalmente pelo declínio das ações da Petrobras, que romperam uma sequência de cinco dias de alta, com expectativas em relação à divulgação do resultado auditado e vendas de ativos da estatal.

O setor siderúrgico foi destaque no noticiário, particularmente CSN, que chegou a disparar mais de 9 por cento durante o pregão com a notícia sobre estudos para se desfazer de participação na rival Usiminas.

O Ibovespa fechou em queda de 0,45 por cento, a 54.674 pontos. O volume financeiro da sessão somou 7,16 bilhões de reais.

Depois de acumularem alta superior a 25 por cento em cinco sessões, as ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 3 por cento e as ordinárias com recuo de 1,86 por cento, enquanto crescem as expectativas com o balanço de 2014 que será avaliado pelo Conselho de Administração no dia 22 de abril e que trará baixas contábeis relativas ao escândalo de corrupção.

Durante o pregão, o papel preferencial da estatal chegou a recuar 5 por cento após a divulgação de notícia da Agência Estado de que a petroleira não deve pagar dividendos do resultado de 2014.

O analista Auro Rozenbaum, do Bradesco BBI, disse que já discutiu o assunto com a Petrobras e que a sua conclusão é que o dividendo para as preferenciais é obrigatório.

"Pode ser adiado por até dois anos, mas deve ser pago no terceiro ano, caso contrário, o acionista ganharia direito de voto", disse, em nota a clientes. Uma fonte com conhecimento do plano de negócios da Petrobras disse à Reuters que o escândalo de corrupção que envolve a companhia e importantes fornecedores levará a um corte de cerca de 20 por cento nos investimentos nos próximos cinco anos, o que deve ser anunciado em maio.

A queda das ações da mineradora Vale , em meio à manutenção das perspectivas negativas para o minério de ferro, também pesou no Ibovespa, assim como o declínio de 4,18 por cento da Gerdau, que foi rebaixada para "neutra" pelo Bank of America Merrill Lynch.

Em relatório sobre o setor siderúrgico, o BofA ML disse manter a visão cautelosa, citando demanda doméstica ainda débil, fraco poder de precificação, pressão de preços internacionais e custos altos de inflação, enquanto reiterou recomendação "underperform" para Usiminas e CSN e cortou os preços-alvos das três companhias.

CSN resistiu ao relatório e fechou em alta de 3,63 por cento após o jornal o Estado de S.Paulo noticiar que a siderúrgica pretende vender sua fatia na Usiminas a um dos controladores pedindo um prêmio em relação ao valor negociado em bolsa. A CSN não comentou o assunto.

A informação pesou nas ações ordinárias da Usiminas , que não estão no índice e caíram 8,93 por cento, também reagindo à liminar suspendendo a eleição do empresário Lírio Parisotto para vaga no Conselho de Administração.

Mas as preferenciais da Usiminas subiram 3,98 por cento. Embraer caiu 2,95 por cento, após informar que entregou 20 jatos comerciais e 12 executivos no primeiro trimestre, com sua carteira firme de pedidos terminando março com recuo de 500 milhões de dólares ante dezembro.

A queda do dólar ante o real referendou a baixa. A bolsa também divulgou nesta quinta-feira a segunda prévia do Ibovespa que irá valer a partir de maio, excluindo Even , enquanto manteve a inclusão de Smiles e as saídas de PDG Realty e Light, anunciadas na primeira prévia. 

*Texto atualizado às 18h25

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